A Constituição Federal garante que toda criança tem o direito a educação até a conclusão do Ensino Fundamental. Porém, para as crianças do Condomínio Privê em Ceilândia esse direito é dificultado. O condomínio existe há aproximadamente 20 anos, mas apenas uma escola, voltada a alunos do ensino infantil, que cursam até a terceira série, existe no local. As outras crianças em idade escolar têm que estudar em outros setores da cidade.
A Escola Classe 63 foi construída provisoriamente de madeira para atender à comunidade por no máximo dois anos. Onze anos se passaram, o número de crianças aumentou e nada mudou. Cerca de 500 estudantes estão matriculados no local, que não oferece condições de funcionamento. Com apenas nove salas, tudo é construído em chapas de madeira. Apenas parte da secretaria é de alvenaria.
O apelo para a construção de uma nova escola vem de todos. Pais, alunos, professores e comunidade pedem urgência para a instalação da nova sede que, segundo moradores do local, há muito foi prometida. Segundo o diretor da unidade, Joel Teles Ribeiro, além das más condições físicas da instituição, o prédio não comporta o número de crianças da comunidade em idade escolar.
Segundo Ribeiro, antes a escola atendia até a quarta série do Ensino Fundamental, mas como o número de crianças de 5 a 6 anos vem aumentando, as que cursavam a quarta série tiveram que ser removidas para as escolas do Setor "O". "Essa escola já deu o que tinha o que dar. Não tem mais condições de trabalharmos aqui", desabafou o diretor.
Além de pequeno, o local não oferece segurança. A escola é toda cercada com alambrado e sofre com assaltos, até mesmo a antena parabólica já foi roubada este ano.
Segundo o diretor, a promessa para construção da nova unidade sempre existiu, mas até hoje nada foi feito. "Eles disseram que as obras da construção iriam começar em julho, depois foram adiadas para agosto e setembro. Agora vêm as chuvas e será adiada novamente", disse. A nova escola atenderá até a oitava série do fundamental.
Mas quem sofre com a situação precária da escola não são apenas os alunos que a freqüentam. Quem precisa se deslocar até o Setor "O", também é prejudicado. A maior dificuldade está relacionada a falta de transporte. Hoje, aproximadamente duas mil crianças têm que ir diariamente para escolas dos bairros vizinhos.
Segundo relatos dos alunos, os microônibus disponibilizados para o condomínio não comportam o número de crianças e a comunidade. Como não tem catraca eletrônica, muitos disseram que os motoristas resistem em abrir as portas dos fundos. Outro agrave é a demora, quando passam estão sempre lotados. Boa parte das crianças tem que esperar a próxima viagem. Com isso, os alunos chegam atrasados nas escolas.
O problema de transporte está tão grave que os alunos e a comunidade estão organizando uma manifestação, ainda essa semana, para pedir mais ônibus para o setor. "Todo esse problema está relacionado a falta de escola, disse a dona-de-casa Maria Sandra Mota Machado, 39 anos, que sempre participou das discussões sobre a construção do novo prédio. Sandra tem seis crianças em idade escolar. Três deles estudam na Escola Classe 63, e os outras três, em escolas do Setor "O". Ela disse que não sabe distinguir qual das situações é mais constrangedora para as crianças. " Sempre lutei para a construção da nova unidade. Só descansarei quando sair do papel", disse.
Segundo os moradores, uma das justificativas para a demora na instalação de um novo estabelecimento de ensino está relacionada ao terreno. Eles disseram que um pastor de uma Igreja Evangélica alega que o lote onde a escola seria construída pertence à igreja e teria sido doado por um deputado.
A diretora da Regional de Ensino de Ceilândia, Ana de Fátima Dias Henriques, informou que a verba para a construção do novo prédio já está disponível. Segundo ela, as obras ainda não começaram devido a problemas na legalização da área, mas tudo indica que o serviço comece em dezembro. Segundo Ana de Fátima, o novo prédio custará cerca de R$ 4 milhões. A previsão da Secretaria de Educação é que a obra seja entregue para comunidade até dezembro de 2009. A diretora disse que o órgão e a administração da cidade desconhecem o questionamento do terreno pelo pastor.
Fonte: Tribuna do Brasil
A Escola Classe 63 foi construída provisoriamente de madeira para atender à comunidade por no máximo dois anos. Onze anos se passaram, o número de crianças aumentou e nada mudou. Cerca de 500 estudantes estão matriculados no local, que não oferece condições de funcionamento. Com apenas nove salas, tudo é construído em chapas de madeira. Apenas parte da secretaria é de alvenaria.
O apelo para a construção de uma nova escola vem de todos. Pais, alunos, professores e comunidade pedem urgência para a instalação da nova sede que, segundo moradores do local, há muito foi prometida. Segundo o diretor da unidade, Joel Teles Ribeiro, além das más condições físicas da instituição, o prédio não comporta o número de crianças da comunidade em idade escolar.
Segundo Ribeiro, antes a escola atendia até a quarta série do Ensino Fundamental, mas como o número de crianças de 5 a 6 anos vem aumentando, as que cursavam a quarta série tiveram que ser removidas para as escolas do Setor "O". "Essa escola já deu o que tinha o que dar. Não tem mais condições de trabalharmos aqui", desabafou o diretor.
Além de pequeno, o local não oferece segurança. A escola é toda cercada com alambrado e sofre com assaltos, até mesmo a antena parabólica já foi roubada este ano.
Segundo o diretor, a promessa para construção da nova unidade sempre existiu, mas até hoje nada foi feito. "Eles disseram que as obras da construção iriam começar em julho, depois foram adiadas para agosto e setembro. Agora vêm as chuvas e será adiada novamente", disse. A nova escola atenderá até a oitava série do fundamental.
Mas quem sofre com a situação precária da escola não são apenas os alunos que a freqüentam. Quem precisa se deslocar até o Setor "O", também é prejudicado. A maior dificuldade está relacionada a falta de transporte. Hoje, aproximadamente duas mil crianças têm que ir diariamente para escolas dos bairros vizinhos.
Segundo relatos dos alunos, os microônibus disponibilizados para o condomínio não comportam o número de crianças e a comunidade. Como não tem catraca eletrônica, muitos disseram que os motoristas resistem em abrir as portas dos fundos. Outro agrave é a demora, quando passam estão sempre lotados. Boa parte das crianças tem que esperar a próxima viagem. Com isso, os alunos chegam atrasados nas escolas.
O problema de transporte está tão grave que os alunos e a comunidade estão organizando uma manifestação, ainda essa semana, para pedir mais ônibus para o setor. "Todo esse problema está relacionado a falta de escola, disse a dona-de-casa Maria Sandra Mota Machado, 39 anos, que sempre participou das discussões sobre a construção do novo prédio. Sandra tem seis crianças em idade escolar. Três deles estudam na Escola Classe 63, e os outras três, em escolas do Setor "O". Ela disse que não sabe distinguir qual das situações é mais constrangedora para as crianças. " Sempre lutei para a construção da nova unidade. Só descansarei quando sair do papel", disse.
Segundo os moradores, uma das justificativas para a demora na instalação de um novo estabelecimento de ensino está relacionada ao terreno. Eles disseram que um pastor de uma Igreja Evangélica alega que o lote onde a escola seria construída pertence à igreja e teria sido doado por um deputado.
A diretora da Regional de Ensino de Ceilândia, Ana de Fátima Dias Henriques, informou que a verba para a construção do novo prédio já está disponível. Segundo ela, as obras ainda não começaram devido a problemas na legalização da área, mas tudo indica que o serviço comece em dezembro. Segundo Ana de Fátima, o novo prédio custará cerca de R$ 4 milhões. A previsão da Secretaria de Educação é que a obra seja entregue para comunidade até dezembro de 2009. A diretora disse que o órgão e a administração da cidade desconhecem o questionamento do terreno pelo pastor.
Fonte: Tribuna do Brasil
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