quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Jornal faz balanço de obras I

Shopping Popular

Em um ano e meio, o GDF trouxe para a legalidade 2,8 mil ambulantes que ficavam espalhados pelas ruas de Ceilândia. Além da desordem urbana que causavam, os camelôs não tinham infra-estrutura adequada e não pagavam impostos. A reforma e a revitalização das feiras da cidade, que estavam abandonadas, e a construção do Shopping Popular (ao custo de R$ 11 milhões) foram medidas fundamentais para garantir a regularização destes trabalhadores e mudar a cara da cidade.

A retirada dos quase mil camelôs do centro de Ceilândia era considerada pelo governo um grande desafio. De acordo com o chefe do Núcleo de Feiras de Ceilândia, Jackson de Souza, desde os anos 90 eram realizados levantamentos sobre o número de feirantes, mas não havia espaço para transferi-los.

No início do ano passado, o GDF retomou as obras do Shopping Popular - um prédio de nove mil metros quadrados com dois andares, estacionamento e praça de alimentação - e transferiu os feirantes que se encaixavam nos critérios estabelecidos pelo governo. Entre as exigências, ser morador do DF há pelo menos cinco anos, não dever impostos ao governo e não ter concessão, permissão ou autorização de uso de nenhuma outra área pública no DF.

Os ceilandenses puderam comemorar a inauguração do espaço em agosto do ano passado. Hoje, o Shopping Popular é um espaço a mais para fazer compras e assistir a apresentações culturais. O local conta com rampas de acesso aos portadores de deficiência e segurança.
Um ano após a transferência dos feirantes, os novos microempresários estão se programando para trocar as barracas, ainda de ferro, por boxes de alvenaria padronizados. "Estão sendo negociadas linhas de crédito para que eles possam financiar os boxes, que custarão em média R$ 3,5 mil", explica Jackson.



Regularização dos camelôs

"A saída dos camelôs do centro da Ceilândia foi maravilhoso. Primeiro porque deixou a cidade com ótimo aspecto e muito mais limpa. Segundo porque a nossa clientela agora entra. Era uma concorrência muito desleal. Trabalho aqui há oito anos e só agora tenho a oportunidade de vender bem". Vaniscleide da Costa, 25anos, feirante

"Não tenho como agradecer essa mudança. Com a saída deles tudo mudou para mim. Vendo mais e posso investir mais também. Não posso esquecer também que aqui era muito perigoso, agora ficou mais tranqüilo. Como a cidade mudou com essa transferência!". Silvia Cruz, 50 anos, feirante

"Trabalho aqui há cinco anos e só agora posso ver como o centro da cidade é bonito. Aqui ficou bem mais limpo, mais seguro. As vendas melhoraram demais, a infra-estrutura também. É uma nova fase na vida de todos que trabalham e moram em Ceilândia". Jânio Bento, 27 anos, vendedor



Metrô muda vida de milhares de ceilandenses

A expansão do sistema de metrô mudou a vida de quem mora na Ceilândia. Os trens cortam a cidade de Norte a Sul desde abril passado, quando o governador Arruda e o presidente Lula inauguraram quatro novas estações e 4,5 quilômetros de linha. As obras foram retomadas no início de 2007, após 13 anos de paralisação, e são resultado do investimento de R$ 85 milhões bancados pelo GDF e pelo governo federal.

"Todo o esforço visa diminuir o uso de carros nas ruas do DF. Em oito anos dobrou o número de veículos individuais. Ou investimos no transporte coletivo ou a cidade fica, literalmente, entupida", explica o governador Arruda.

As estações Guariroba, Ceilândia Centro, Ceilândia Norte e Terminal Ceilândia levaram 13 meses para ficar prontas. Com o novo trecho, o total de passageiros transportados diariamente pelo sistema subiu 40%, elevando de 100 mil para 140 mil o número de usuários por dia. Antes, a cidade contava apenas com a estação Ceilândia Sul, que atendia a uma pequena parcela dos moradores da mais populosa cidade do Distrito Federal.


Vila Olímpica será inaugurada em fevereiro de 2009

Faltam seis meses para Ceilândia ganhar um dos mais completos complexos esportivos do DF. A Vila Olímpica da QNO 9 ficará pronta em 27 de fevereiro de 2009. As obras no terreno de 23 mil metros quadrados começaram em meados de julho. O investimento supera os R$ 7,5 milhões. A unidade oferecerá três piscinas e ginásio multiuso coberto para treinamentos esportivos e realização de eventos sociais. Também terá um campo de futebol soçaite com gramado sintético, quadra poliesportiva coberta e pista de atletismo com áreas para saltos em distância, em altura e com vara.

Quem gosta de andar de skate poderá aproveitar o circuito inspirado nas ruas para praticar manobras radicais. Os sete mil metros de área construída previstos para a vila contam, ainda, com quadra oficial de vôlei de areia, parque infantil, áreas ao ar livre para ginástica e mil metros de pista para caminhada.

A construção do complexo vai gerar cerca de 200 empregos diretos - 100 durante as obras e o restante quando estiver em funcionamento. As vagas de trabalho serão preenchidas preferencialmente por moradores da Ceilândia.

A segunda Vila Olímpica de Ceilândia, localizada no antigo Parque da Vaquejada, já está com licitação aberta. Além disso, a cidade deve ganhar mais três campos de futebol com grama sintética.



ADE agora vive inédita expansão

Muitos empresários duvidaram que a Área de Desenvolvimento Econômico (ADE) do P Sul pudesse ir para frente. Mato, poeira, insegurança e falta de infra-estrutura espantaram alguns empreendedores contemplados há mais de dez anos com terrenos no P Sul, próximo ao condomínio Pôr do Sol.

Atraídos pela promessa de crescer, alguns começaram a produzir, mas não suportaram as dificuldades, foram à falência e devolveram o terreno.

Este triste cenário começou a mudar neste ano. O Governo do Distrito Federal (GDF) investiu R$ 13 milhões em asfalto, drenagem e meios-fios. O local se transformou. O acesso melhorou e tudo ficou mais fácil. Quem ficou se deu bem. No início de agosto, o governador José Roberto Arruda reinaugurou a ADE do P Sul, que hoje já comporta 83 empresas instaladas e emprega quase mil pessoas. Em cinco anos, a área irá abrigar cerca de 500 estabelecimentos e contratar 10 mil trabalhadores.


Fonte: Tribuna do Brasil

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