domingo, 19 de julho de 2009

Opinião: As câmeras nos ônibus

Para tentar diminuir o número de assaltos a ônibus, que cobraram a vida de mais um trabalhador alguns dias atrás, a Secretaria de Transportes anuncia que instalará nos coletivos 2.850 kits com duas câmeras e uma unidade de gravação de vídeo digital (DVR). A instalação dos equipamentos terá um custo inicial de R$ 8.936.797,00 (oito milhões novecentos e trinta e seis mil setecentos e noventa e sete reais).

O marido de uma de minhas sobrinhas trabalhava como cobrador de ônibus. Ainda bem jovem e com um filho recém-nascido, teve sua vida alterada de uma hora para outra. Durante assalto em uma linha do Recanto das Emas, ocorrido dez anos atrás, recebeu um tiro na cabeça e ficou inválido.

A partir desta má experiência familiar, permito-me questionar alguns pontos da medida adotada pelo GDF, a começar pela eficácia das câmeras de vigilância. Elas decerto desestimulam os criminosos. Mas um assaltante que esteja sob efeito de drogas não se intimidará diante de um simples aparato eletrônico. Estão aí os lojistas da cidade sofrendo assaltos a toda hora, ainda que muitos estabelecimentos comerciais hoje em dia tenham mais câmeras do que clientes.

Nas cidades do mundo desenvolvido não se tem notícia de assaltos a ônibus. Não que elas estejam livres de criminosos. É que não só a segurança pública naquelas cidades é levada mais a sério, como não existe por lá esse chamariz para os assaltantes que é a figura do cobrador ou do motorista que, além de dirigir, exerce também essa função. Todo o sistema de cobrança de passagens é automatizado. O passageiro pode pagar pela viagem de três formas:

- através de cartões magnéticos de plástico, recarregáveis por meio da internet ou em postos de atendimento, como os que já existem no DF;

- com cartões magnéticos de papel, utilizáveis apenas uma vez, que podem ser comprados em quiosques ou bancas de revistas;

- por último, no caso de a pessoa, por alguma razão, preferir pagar a passagem em dinheiro, há embutida em cada ônibus, ao lado do motorista, uma pequena máquina blindada, parecida com as de venda automática de refrigerantes, onde podem ser introduzidas cédulas ou moedas. A máquina confere o dinheiro e libera a catraca, se a quantia estiver correta.

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Fonte: Ceilândia.com

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