quarta-feira, 8 de julho de 2009

Ambulantes não param

Fiscais da Agência de Fiscalização (Agefiz) apreenderam cerca de seis mil DVDs e CDs piratas de ambulantes em vários pontos de Ceilândia. Além disso, foram recolhidos outros produtos como celulares, frutas, óculos de sol e carteiras. A ação conjunta da Agefiz com a Polícia Militar foi realizada no Setor O, P Norte, P Sul e em Ceilândia Centro. Apesar das apreensões, apenas um homem foi detido, mas não pelo crime de pirataria, e sim por dificultar o trabalho dos servidores públicos incitando a multidão contra os fiscais. No total, participaram 13 pessoas da fiscalização, sendo dois fiscais da Agefiz, cinco PMs, e seis pessoas contratadas para dar apoio. O fiscal da Agefiz José Carlos Alves de Sousa disse que este tipo de ação é realizada rotineiramente pela agência e que, em Ceilândia, área onde atua, são feitas operações de segunda a sexta-feira. Em média, são apreendidos de 200 a cinco mil CDs e DVDs. “Na sexta-feira mesmo apreendemos cerca de dez mil mídias”.

José Carlos informa que as frutas recolhidas em condição de consumo foram doadas a instituições de caridade e os demais produtos apreendidos seguiram para o depósito da Agefiz, localizado no Trecho 4 do Setor de Indústria e Abastecimento (SIA) para posterior destruição do material. Durante a ação da Agefiz um homem foi detido por pertubação do sossego e trabalho e por falsa identidade, ambos crimes de menor potencial ofensivo. Na ocasião, um vigilante teria se apresentado como um servidor do GDF e teria incitado a população a impedir o trabalho dos fiscais.

“Acredito que ele não esperava ser preso por isso”, revela o delegado-chefe da 15ª DP, Plácido Sobrinho. Segundo o delegado, o vigilante assinou um termo circunstanciado, onde se compromete a comparecer em Juízo, sendo liberado logo em seguida. O crime de pertubação tem pena prevista de 15 dias a três meses de detenção e falsa identidade de três meses a um ano.





Todo o material recolhido pela Agefiz foi apreendido em apenas duas horas, entre as 10h e 12h. Apesar do alto número de mídias recolhidas, a ação dos ambulantes não para. O gerente de Fiscalização da Agefiz, Paulo Vieira Santos, explica que, em geral, os vendedores que trabalham na ilegalidade preferem abandonar o material para não serem presos. Caso deixem a atividade, logo aparece outra pessoa para substituí- los. Há ainda a contratação de olheiros para avisar sobre a chegada dos fiscais e a comunicação via celular, que informa a movimentação dos servidores públicos.

Paulo Vieira apresenta uma particularidade do mundo dos ambulantes. Apenas CDs e DVDs piratas são abandonados. Em geral, os vendedores de produtos como relógios, celulares e frutas oferecem resistência ao recolhimento do material. A cidade onde mais são registradas apreensões são Ceilândia, Taguatinga, Samambaia e Brazlândia. Paulo Vieira explica que, em todas as ações, o trabalho da polícia é fundamental para evitar que os fiscais sejam agredidos ou ameaçados. “Não posso passear com a minha família por aqui, por exemplo”.



No P Sul...

A Agência de Fiscalização precisa fazer uma visita aos quiosques no setor P Sul. Alguns quiosques estão funcionando em situação irregular. Dentre as irregularidades são os que transformaram as suas atividades em “boates” com som ao vivo alem do horário permitido por lei. Esta situação não é característica só do P Sul, em outros locais da cidade a situação é a mesma. O que precisa é fiscalização para separar o joio do trigo.


Fonte: PortalBrazlândia.Net.BR, ClicaBrasília e ACIC-DF

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