sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Triste realidade

O Ministério da Saúde apontou o perfil da violência no Distrito Federal. A violência contra negros e o número de mortes no trânsito são alguns dos dados mais preocupantes.

Há sete anos o agente de portaria Toniel Silva perdeu o irmão assassinado. Tudo começou com uma discussão em um bar, na Estrutural. “Eu acho que se eu tivesse no dia, durante a discussão, teria apaziguado. A gente não teria brigado assim, eu teria tentado separar e conversar. A conversa seria o melhor caminho. Sem violência”, defende.

Até hoje, ele guarda o jornal com a notícia do crime, uma ferida difícil de cicatrizar. “Eu guardo também por lembrança. Era um irmão muito querido meu, caçula. Fica até difícil de falar...”. E se emociona.

O drama de Toniel é freqüente no Distrito Federal. De acordo com o Ministério da Saúde, estamos em terceiro lugar em homicídios de negros. Atrás da Paraíba e de Alagoas.

“O que esse indicador da raça/cor nos mostra é que esta é uma variável que funciona próximo ao nível social das pessoas. Então, aquelas de raça/cor negra têm um nível mais baixo do ponto de vista sócio-econômico e isso predispõe a um maior risco de morte”, explica o secretário de análise do Ministério da Saúde, Otaliba Lipane.

E não para por aí. O Distrito Federal aparece em outras estatísticas de mortes violentas. É a 13ª unidade federativa em que há mais mortes por acidentes de trânsito. As principais causas são: alta velocidade, falta de equipamento de segurança - como cinto obrigatório e a ingestão de bebidas alcoólicas pelo motorista.

Com a Lei Seca, o Detran já aplicou quase o dobro de multas por embriagueis que no ano passado. E 2008 ainda nem terminou.


Fonte: Rede Globo

Nenhum comentário: