quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Perigo em cruzamento

Um cruzamento entre a QNO 16 e 17 da Expansão do Setor "O" preocupa a população local. A via não possui sinalização, motivo certo para os constantes acidentes.

Segundo relatos das pessoas que trabalham próximo ao cruzamento, os acidentes são quase diários. Não há quebra-molas e, muito menos, placas que indicam preferência.

A população relata que o problema existe há mais de vinte anos, mesmo assim ninguém se acostuma com as constantes batidas. Vários abaixo-assinados já foram feitos aos órgãos competentes, mas até hoje nenhuma providência foi tomada. Eles querem a colocação de quebra-molas antes do cruzamento dos quatros vias.

Segundo o mecânico Severino Liro Araújo, nada escapa das colisões. Bicicletas, pedestres, carros e motocicletas; todos correm riscos de colisão. "É uma via muito perigosa. Há muito perigo neste local", reclamou.

Já o proprietário de uma outra oficina, Jorge Ferreira, disse já está especializado em fazer os primeiros socorros nas pessoas acidentadas. Mesmo com isso, ele conta que não dá para saber se as vítimas são fatais. "Não sabemos se as pessoas morrem. Fazemos os primeiros atendimentos e o SAMU leva as vítimas em estado grave para o hospital. A única coisa que sabemos é que o cruzamento é muito perigoso", relatou. Segundo ele, os acidentes são tão constantes que as pessoas já chamam o local de "cruzamento da morte".

A via é tão perigosa que, em quanto a equipe de reportagem da Tribuna estava no local, duas paradas bruscas quase resultam em acidentes. "É sempre assim, quando ouvimos o barulho de freadas já vamos ver se aconteceu alguma coisa", relatou Jorge.

Mas são nos finais de semana que o problema se intensifica. O cruzamento fica perto da feira da Expansão do Setor "O" e muitas pessoas costumam voltar da feira embriagadas. Nesses casos os acidentes são inevitáveis.

As histórias de quem trabalha em volta do cruzamento também são as mais variadas possíveis. O caso do lanterneiro Raimundo de Araújo por pouco não terminou em tragédia. Ele quase foi atingido por uma motocicleta que se chocou contra um carro no local. Raimundo disse que estava trabalhando quando ouviu a batida. O impacto foi tão forte que o capacete do motociclista atingiu o ombro dele. "Por pouco não fui atingido pela moto, mas ela parou bem perto de mim", relatou. "Só ainda não bateu avião neste local, mas o resto, tudo já se colidiu", brincou.

O administrador da cidade, Leonardo Moraes, disse que não sabia da existência do problema. Mas mesmo assim, ele prometeu uma inspeção até o local para averiguar os fatos e depois encaminhar um relatório para o Detran. Segundo ele, apenas o órgão é responsável pela sinalização das vias.


Fonte: Tribuna do Brasil de 18/11/08

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