sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Chegada do vencedor

De volta a Brasília após a conquista do bicampeonato da Maratona de Nova York, no início de novembro, Marilson dos Santos concedeu, ontem à tarde, uma entrevista coletiva para expor a medalha e explicar os motivos que o levaram a ter um péssimo resultado nas Olimpíadas de Pequim.

O atleta ceilandense garantiu que treinou bastante para os jogos da China, mas no dia da prova as coisas não saíram como o esperado. “Fiquei muito frustrado com meu desempenho, foi muito difícil superar. Mas a vitória nos EUA, na principal corrida de rua do mundo, renovou meu ânimo”, destacou o campeão.

O resultado no país do Tio Sam cravou de vez o nome de Marilson na história do atletismo, pois se tornou o único sul-americano a vencer duas edições da prova: 2006 e 2008. Questionado sobre qual das vitórias foi a mais difícil, o maratonista saiu pela tangente. “Não existe maratona fácil. Na primeira, consegui abrir uma boa vantagem logo no início da corrida. Nessa última, cheguei a estar 8km atrás do marroquino Abderrahim Goumri, mas consegui dar um sprint final e passá-lo a menos de 1km da linha de chegada”, lembrou o bi-campeão.

Com relação ao futuro, ele ainda não definiu o seu calendário para os próximos meses. Nem a São Silvestre, competição na qual também já faturou duas vezes (2003 e 2005), está garantida na sua agenda de competições. “Segundo os médicos, é necessário dois meses de recuperação entre duas maratonas, por isso, só irei voltar a competir se estiver em condições físicas ideais”, destacou.

Aos 32 anos, entre os principais corredores do mundo e com uma vida financeira estável, o ex-morador de Ceilândia diz ser um privilegiado no esporte. “Consegui ganhar algumas provas importantes e assegurar um bom dinheiro, nada comparado ao um jogador de futebol, mas vivo bem. Além disso, sou um dos poucos não africanos que consegue figurar no pelotão de frente nas principais corridas”, comemora Marilson, que recebeu R$100 mil de um dos seus patrocinadores pelo triunfo em Nova York. No entanto, o atleta ainda quer realizar um dos seus últimos sonhos como profissional: participar dos Jogos Olímpicos de Londres, em 2012. “Até lá estarei com 35, idade propícia nesse esporte”, finalizou Marilson.


Fonte: Tribuna do Brasil e JB Online

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