Um dos espaços mais representativos da cultura nordestina em Brasília está pedindo socorro não é de hoje. Idealizada em 1986 pelo poeta e escritor cearense Gonçalo Gonçalves Bezerra, que foi buscar na sede piauiense inspiração para o projeto brasiliense, a Casa do Cantador, ponto de encontro de xilogravuristas, cantadores, repentistas, cordelistas, emboladores e violeiros de todo o país, está literalmente caindo aos pedaços. A reportagem do Correio, dando sequência à série de reportagens sobre o estado dos aparelhos culturais da cidade, foi ao local e constatou que a situação é precária.
Projetado pelo arquiteto Oscar Niemeyer, o Palácio da Poesia, como o lugar é conhecido, expõe problemas que vão desde infiltrações, portas totalmente destruídas e janelas enferrujadas, até partes hidráulica e de energia sucateadas. Nos banheiros o mau cheiro impera, principalmente por causa das infiltrações. Os nove dormitórios da casa precisam com urgência de mobílias novas, como cama, guarda-roupas e criados. Na parte externa os problemas continuam. Palco das apresentações dos artistas, o auditório Jorge Pelles, localizado a poucos metros da sede principal, apresenta bancos quebrados, sistema de iluminação precário, e pior, sem acesso adequado à portadores de deficiência física. O alambrado que cerca o espaço está deteriorado. A iluminação na parte externa é quase inexistente.
Segundo a coordenadora do espaço, Rosa Alves, um relatório com todos os problemas detectados foi apresentado a menos de dois meses ao secretário de Cultura, Silvestre Gorgulho. Ela comenta ainda que um projeto de reforma orçado em R$ 707 mil está em processo de licitação, mas até agora nenhuma posição foi apresentada pelo governo.
“Já peguei a casa em péssimo estado”, lamenta a coordenadora, há dois anos gerenciando o local. “Desde a inauguração, o lugar nunca passou por algum tipo de reforma e, naturalmente, foi se deteriorando com o tempo. Agora é preciso arrumar e reativar o espaço para os artistas e o público”, reivindica.
Oficialmente, a Casa do Cantador ainda continua ligada à Administração Regional de Ceilândia, mas a Secretaria de Cultura já se posicionou com relação à reforma da área. A subsecretária de Políticas Culturais do GDF, Ione Carvalho, reconhece o estado precário do lugar, mas explica que os trâmites para a reforma não dependem apenas da secretaria. “O que cabia a nós foi feito, que é o levantamento arquitetônico para conservação e restauro desse edifício. Já temos o orçamento da reforma e agora só aguardamos a parte mais importante, que é o financeiro, ou seja, a liberação da verba. Quem vai decidir que tem dinheiro ou não é a Secretaria de Planejamento”, detalha. “Todos os espaços culturais da cidade estão em estado similar, queremos arrumar, temos consciência dessa necessidade e estamos esperando o sinal verde para seguirmos adiante”, continua.
Fonte: Correio Braziliense
Projetado pelo arquiteto Oscar Niemeyer, o Palácio da Poesia, como o lugar é conhecido, expõe problemas que vão desde infiltrações, portas totalmente destruídas e janelas enferrujadas, até partes hidráulica e de energia sucateadas. Nos banheiros o mau cheiro impera, principalmente por causa das infiltrações. Os nove dormitórios da casa precisam com urgência de mobílias novas, como cama, guarda-roupas e criados. Na parte externa os problemas continuam. Palco das apresentações dos artistas, o auditório Jorge Pelles, localizado a poucos metros da sede principal, apresenta bancos quebrados, sistema de iluminação precário, e pior, sem acesso adequado à portadores de deficiência física. O alambrado que cerca o espaço está deteriorado. A iluminação na parte externa é quase inexistente.
Segundo a coordenadora do espaço, Rosa Alves, um relatório com todos os problemas detectados foi apresentado a menos de dois meses ao secretário de Cultura, Silvestre Gorgulho. Ela comenta ainda que um projeto de reforma orçado em R$ 707 mil está em processo de licitação, mas até agora nenhuma posição foi apresentada pelo governo.
“Já peguei a casa em péssimo estado”, lamenta a coordenadora, há dois anos gerenciando o local. “Desde a inauguração, o lugar nunca passou por algum tipo de reforma e, naturalmente, foi se deteriorando com o tempo. Agora é preciso arrumar e reativar o espaço para os artistas e o público”, reivindica.
Oficialmente, a Casa do Cantador ainda continua ligada à Administração Regional de Ceilândia, mas a Secretaria de Cultura já se posicionou com relação à reforma da área. A subsecretária de Políticas Culturais do GDF, Ione Carvalho, reconhece o estado precário do lugar, mas explica que os trâmites para a reforma não dependem apenas da secretaria. “O que cabia a nós foi feito, que é o levantamento arquitetônico para conservação e restauro desse edifício. Já temos o orçamento da reforma e agora só aguardamos a parte mais importante, que é o financeiro, ou seja, a liberação da verba. Quem vai decidir que tem dinheiro ou não é a Secretaria de Planejamento”, detalha. “Todos os espaços culturais da cidade estão em estado similar, queremos arrumar, temos consciência dessa necessidade e estamos esperando o sinal verde para seguirmos adiante”, continua.
Fonte: Correio Braziliense
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