quinta-feira, 6 de agosto de 2009

A arte na argila

Artesanato que retrata o cotidiano do interior. Estátuas de mulheres amamentando, grávidas, o pescador. Cleziane conta que foi com a mãe que descobriu o dom que tinha para a arte em argila.

“Minha vida era no meio da zona rural. Então, era o pessoal trabalhando na roça, colhendo arroz. E eu convivi muito com isso. Através dessa experiência eu comecei a fazer as peças, retratando o cotidiano”, conta a artesã Cleziane Rbeiro.

É na varanda de casa, no Condominio Pôr-do-Sol na Ceilândia, que Cleziane encontra a traquilidade necessária para trabalhar. O silêncio ajuda na inspiração. Além disso, no condomínio ela passa o dia inteiro, e às vezes a noite, produzindo as peças.

“Você faz a peça, esculpe e depois de pronta ela fica mais ou menos uma semana secando. Precisa secar naturalmente. Depois de seca, ela vai para o forno para ser queimada. São oito horas de queima e só pode tirar no outro dia. Depois que tira, faz a pintura. São mais ou menos três horas pintando uma peça”, explica a artesã.

Algumas já estão prontas para a próxima exposição, marcada para o fim do mês de agosto. As esculturas em argila de Cleziane fazem sucesso no Plano Piloto, onde fica a maior parte da clientela. Não é à toa, pois cada produção é como se fosse a primeira e única.

“Por mais que você queira fazer igual, nunca sai. É um trabalho manual e depende do momento, da hora que você está fazendo. Então, cada peça é única. Única da gente e do cliente também”, explica a escultora.

São 15 anos dedicados às esculturas em argila. Cleziane chega a produzir três peças por dia, dependendo do trabalho. Debruçada nas criações, ela se diz realizada. “É muito bom você fazer o que gosta, porque faz com amor e carinho. Cada peça que você faz é uma vitória. É muito gratificante”, diz Cleziane.



Fonte: Rede Globo

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