segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Maioria dos museus está no Plano Piloto

Ceilândia ainda tem um...


Brasília ganhou fama de ser um museu a céu aberto pela quantidade de monumentos à vista. Os mais famosos pontos turísticos estão concentrados na área central da cidade, mas há preciosidades expostas em lugares pouco conhecidos da capital federal. O Distrito Federal é a região com o maior número de museus do Centro-Oeste. O Sistema Brasileiro de Museus registra 62 espaços no DF, 56 em Goiás, 44 em Mato Grosso do Sul e 23 no Mato Grosso (dados de janeiro de 2009). O Correio preparou um roteiro alternativo de museus, que pode ser aproveitado tanto por turistas quanto por quem mora aqui e busca um passeio diferente.

Objetos aparentemente sem valor e jogados no lixo pelos donos fazem parte do curioso acervo do Museu da Limpeza Urbana, mantido pelo Serviço de Limpeza Urbana (SLU) na usina de Ceilândia. Brinquedos, eletrodoméstico e até dinheiro encontrados nas ruas do DF ocupam as prateleiras do museu. “Os garis encontravam peças importantes no lixo e foram juntando. Depois, acharam por bem fazer o museu”, explicou a guia Maria Rodrigues, 62 anos.

Entre as peças inusitadas, estão uma televisão em preto e branco e uma série dos primeiros modelos de celulares que chegaram ao Brasil nos anos 90, os famosos “tijolões”. Há telefone movido a ficha, máquinas de escrever e uma mesa com máquina de costura embutida que ainda funciona. Um computador com acabamento em madeira e esculturas de sucata produzidas por artistas da Universidade de Brasília (UnB) completam o ambiente.

Um dos itens preferidos de Maria é uma boneca gigante, encontrada no lixo em 1997. Depois de ir para a usina, ela foi higienizada, ganhou cabelos novos, colares e uniforme do SLU. A boneca, apelidada de Elda, virou atração em eventos dos funcionários e hoje descansa no museu. Elda despertou em Maria a ideia de reaproveitar brinquedos achados na usina. No ano passado, a guia começou a juntar bonecas descartadas em bom estado e transformá-las. “Eu fazia um corpo novo com tecido, colocava os braços e as pernas, fazia uma roupa e elas ficavam como novas”, comentou. No fim do ano, ela terminou 42 bonecas e distribuiu para crianças da cidade. “Não deu para quem quis!”, lembrou.

Veja onde estão alguns dos museus do DF:

Museu da Limpeza Urbana
Material recolhido por garis ao longo dos anos.
QNP 28, Ceilândia (Usina do SLU)
Telefone: 3376-1043

Espaço Cultural Marcantônio Vilaça e Museu do TCU
SAFS, Quadra 4, Lote 1, edifício-sede do TCU
Telefone: 3316-5036

Espaço Cultural do Incra
O acervo do memorial conta a história da reforma agrária com objetos usados nos primeiros procedimentos de cartografia, documentos raros, títulos da dívida agrária e fotos.
SBN, Quadra 1, Bloco C, térreo
Telefone: 3411-7729/7676

Museu de Valores do Banco Central do Brasil
O visitante conhecerá a história das moedas usadas no Brasil ao longo dos anos.
SBS Quadra 3, Bloco B, 1º subsolo, edifício-sede do
Banco Central do Brasil
Telefone: 3414-2093

Museu de Artes e Tradição do Nordeste
Artesanato e objetos típicos do estado nordestino.
SGAN 910, Conjunto F (casa do Ceará)
Telefone: 3272-3833

Museu do Superior Tribunal de Justiça
O acervo do museu consiste em mobiliário antigo, fotos de ministros e processos.
SAFS, Quadra 6, Lote 1, edifício dos Plenários, 2º andar
Telefone: 3319-8373

Museu do Instituto Histórico e Geográfico do DF
A história da construção de Brasília está detalhada nos textos, fotografias e objetos do museu.
SEPS 703/903, Conjunto C
Telefone: 3226-7753

Memorial do Ministério Público Federal
Objetos, documentos e imagens contam a história da atuação dos procuradores.
SAF Sul, Quadra 4, Conjunto C, Bloco B, cobertura — Procuradoria Geral da República
Telefone: 3105-6496

Museu Histórico da OAB
Documentos e objetos de advogados ilustres da história da ordem, inclusive a petição de impeachment do ex-presidente Fernando Collor.
SAS Quadra 5, Lote 2, Bloco N, edifício OAB, térreo
Telefone: 2193-9710

Museu do Tribunal Superior Eleitoral
O espaço detalha a evolução do processo eleitoral com objetos que narram a história do tribunal.
Praça dos Tribunais Superiores, Bloco C — prédio do TSE
Telefone: 3316-3525



Fonte: Correio Braziliense

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