quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Fim dos feirões de carro

Os feirões de automóveis que aconteciam em áreas públicas do Distrito Federal estão proibidos. A decisão foi assinada na última sexta-feira pelo governador em exercício Leonardo Prudente e publicada na tarde de ontem no Diário Oficial da União (DOU). A iniciativa foi tomada devido aos bons resultados apresentados em 2008, quando a norma foi adotada pela primeira vez.

O que era apenas uma portaria passou a ser decreto com validade até o fim deste ano. Segundo o secretário de governo, José Humberto Pires, a proibição do evento de venda de carros e motos no ano passado resultou no crescimento das empresas formais e o surgimento de novas lojas do setor. Além disso, diminuiu a utilização de áreas públicas do DF. “No inicio deste governo a entrada de Taguatinga era uma bagunça. Os feirões estragavam o gramado e a estrutura da cidade”, exemplificou.

Ruim para os adeptos ao feirões, vantagem para as lojas de veículos. Um dos locais mais beneficiados com o decreto é a cidade do automóvel, no Setor complementar de Industria e Abastecimento (SCIA). “O cliente esperava os feirões na ilusão de que lá iriam fazer um bom negócio”, disse a administradora do SCIA, Elizabeth Guilherme. “A decisão inibe o evento. As pessoas passam a frequentar locais destinados para a compra de automóveis, que pagam impostos e dão garantias, ou seja, contribuem com o cliente e com o governo”.

De acordo com José Humberto Pires, após a proibição, cerca de 38 lojas formais que estavam fechadas foram reabertas na cidade do automóvel. “A iniciativa foi tomada para atender uma reivindicação do sindicato da categoria”, explicou o secretário. Para aqueles que querem, mas não têm condições de regularizar os negócios, Pires informou que a Secretaria de Trabalho fornece até R$ 30 mil em financiamento às pequenas empresas. Outra solução dada pelo secretário são os cursos profissionalizantes.




A partir do decreto, as atividades do tipo que acontecerem nas áreas públicas do DF serão fiscalizadas e punidas pela Agência de Fiscalização (Agefis). Entretanto, a norma não inclui as áreas privadas. Sendo assim, a prática continuará a existir, porém, organizadas apenas pelo comércio legal. “As lojas podem continuar a fazer seus feirões. Para isso precisam apenas de um alvará emitido pelo GDF”, disse o secretário. No entanto, uma das lojas entrevistadas já afirmou que a prática será rara. “Estamos em época de crise. Com o imposto mais barato, as lojas provavelmente não farão estes eventos”, disse um empresário do setor.



Fonte: Tribuna do Brasil

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