sexta-feira, 9 de maio de 2008

Descaso com a ADE



Empresários da Área de Desenvolvimento Econômico do Centro Norte de Ceilândia, que faz parte do Programa de Desenvolvimento do Distrito Federal (Pró-DF), reclamam da falta de infra-estrutura do local. O Governo do Distrito Federal já assinou a ordem de serviço para dar início às obras de infra-estrutura na Área, que previa o investimento de mais de R$ nove milhões para a construção de asfalto, de calçada e drenagem, mas os empresários dizem que os clientes se afastaram por causa das más condições do lugar.

Mesmo com o recém-chegado asfalto, os comerciantes ainda sofrem com problemas de poeira, lixo, entulhos, mau cheiro e a falta de segurança. Os vizinhos da área transformam os lotes vazios em verdadeiros lixões a céu aberto. Andando pelas quadras, pode-se encontrar montes de entulho. "Fazem parte do nosso cenário desde sofás velhos a animais mortos", denunciou um comerciante.

Segundos os empresários, os policiais não costumam fazer ronda pelo local, o que deixa as lojas vulneráreis aos constantes assaltos. Lá, não é difícil encontrar um estabelecimento que ainda não tenha sido assaltado ou arrombado. A loja da comerciante Meire Lúcia foi inaugura há apenas um ano e meio, mas segundo ela, já acarreta um histórico de prejuízos. "Os bandidos sabem da falta de policiamento e aproveitam para assaltar. O prejuízo a gente esquece, só nos resta trabalhar para recuperar o dinheiro perdido", concluiu. Segundo ela, a loja já foi assaltada quatros vezes.

Mas as reclamações não param por aí. A falta de rede de esgoto tratado e o não recolhimento do lixo também deixam a área em desvantagens em relação aos outros comércios. Segundo os comerciantes, o local não tem rede de esgoto e as fossas que deveriam resolver o problema transbordam constantemente, com isso, vaza esgoto para o meio da rua. Os mais prejudicados são os proprietários de restaurantes.

A área do Pró-DF da Ceilândia tem aproximadamente 600 lotes, mas nem todos têm empreendimentos construídos. Na época de sua criação, o Programa de Desenvolvimento do Distrito Federal oferecia incentivos aos empresários, como facilidade para comprar o terreno e descontos de até 70% no Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), mas os comerciantes dizem se sentir abandonados e lesados pelo programa. "Investi tudo que eu tinha aqui. Já tenho meu comércio há mais de cinco anos e ainda não tive nenhum retorno", desabafou um comerciante.


Fonte: Tribuna do Brasil

Nenhum comentário: