domingo, 18 de maio de 2008

Programa que dá certo

O gerente de projetos do Programa Parceiros da Escola, Ricardo Noronha, foi até Ceilândia na sexta-feira para falar com professores e empresários da cidade sobre as metas do projeto e fazer um balanço dos resultados na cidade. O projeto, que foi criado em julho de 2007 para inserir a sociedade organizada no contexto escolar, hoje faz a diferença nas escolas de todo DF. Em menos de um ano da sua criação, atualmente o programa conta com a colaboração de 1,5 mil parceiros e a meta, segundo Noronha, é que este número aumente em dois anos para 5 mil parceiros.

O administrador da cidade, Adauri da Silva Gomes, que também esteve no local, destacou a importância da ajuda de todos para o programa dar certo. "Precisamos da ajuda do empresariado porque, apesar da boa-vontade, sozinha a administração não tem condições de solucionar os problemas relacionados às escolas públicas da cidade", disse.

Somente em Ceilândia mais de 100 parceiros ajudam na manutenção das escolas. As contribuições são as mais diversas: pintura, manutenção na parte elétrica, contribuição com materiais de construção, manutenção em computadores... São contribuições simples, mas que têm um grande valor para a educação.

Ricardo Noronha falou da importância do projeto que, de acordo com ele, tem como principal objetivo tornar as escolas agradáveis e conseguir retirar os estudantes da ociosidade e da ruas. "É um programa maravilhoso, que não gasta dinheiro público. Tudo é conseguido por meio do voluntariado", comentou.

O trabalho é totalmente voluntário. Além dos empresários, a sociedade civil também participa do programa. Noronha salienta que não basta só a adesão ao programa. É preciso também que os padrinhos participem. "Bastava uma ação para justifica a eficiência do programa. Mas em quase um ano 1,5 mil só temos a comemorar".

O Centro de Ensino Médio 02 da Ceilândia Norte é um dos contemplados com o programa. Recentemente, as calçadas de passeio externa e interna foram construídas e muro da escola também foi pintado. Hoje até mesmo o serviço gráfico que a escola precisa é feito pelos parceiros da escola. O diretor da escola, Antônio Wilson Venâncio, avalia que o projeto é uma forma de fazer a parte que estava faltando ser feita pelo estado. Segundo ele, desde 2001 empresários da cidade já contribuíam com a melhoria da escola. E o projeto veio oficializar o trabalho que já havia sendo feito anteriormente. "Se fosse levado mais a sério tanto pelas empresas, como escolas e pelos pais de alunos, as escolas públicas passariam por uma transformação maior", avalia. Conforme o diretor, a colaboração dos pais ainda é tímida. "Os pais dizem que a obrigação é do estado. Mas se o estado não o faz, temos que fazer a nossa parte", diz.

As ações do projeto incluem doações de material de limpeza, pintura, construção, realização de pequenas reformas, pinturas de muros, sala de aulas e quadras de esportes. Segundo Noronha, algumas escolas já ganharam até piscina, computadores e ônibus para passeio dos estudantes. Os parceiros também podem colaborar no combate à repetência, na melhoria das instalações físicas e na oferta de materiais pedagógicos para portadores de necessidades especiais, além da melhoria dos cursos de idiomas.

Os interessados em colaborar com as escolas, tornando-se um parceiro, devem preencher um formulário de adesão, que pode ser encontrado no site dos parceiros da escola, na administração regional da sua cidade, na regional de ensino e nas próprias escolas.


Fonte: Tribuna do Brasil

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