A conquista do primeiro emprego para os jovens não é tarefa fácil, ainda mais quando o candidato não possui qualificação profissional adequada. Pensado nnisso e em e proporcionar o primeiro contato com o computador às pessoas de baixa renda, o Programa de Inclusão Digital já capacitou mais de 2,5 mil alunos em Ceilândia. O programa foi implantado na cidade em junho de 2007 e hoje já fez a diferença para milhares de pessoas carentes da cidade.
Parceria entre a Secretaria de Ciência e Tecnologia e a Universidade de Brasília, o DF Digital tem hoje 25 unidades espalhadas pelo Distrito Federal, das quais duas estão em funcionamento na Ceilândia, onde oferecem 10 cursos de inclusão social e capacitação profissional aos matriculados.
Segundo o coordenador dos cursos na cidade, Deuselles Rocha, o programa trabalha em parceria com a Associação Comercial Empresa e Indústria de Ceilândia (Acic), que solicita ao DF Digital o perfil de pessoas que concluíram o curso para serem encaixadas, futuramente, no mercado de trabalho. Com o certificado na mão, fica mais fácil para os alunos conquistar o tão sonhado emprego. Outra forma de inserir os alunos que concluem os cursos no mercado de trabalho é encaminhá-los diretamente para Agência do Trabalhador, que fica ao lado da instituição. Só na Unidade que funciona na Praça do Cidadão, nos três turnos de funcionamento há 360 alunos matriculados.
Rocha fala da importância da inclusão da digital para as pessoas carentes, para que elas tenham igualdade de condições no momento de procurar emprego. "A visão do analfabeto mudou muito. Hoje o analfabeto não é mais aquele que não sabe ler e nem escrever. E, sim, aquele que não tem acesso à informática", resume.
Segundo ele, por causa do alto índice de desistência no início em que o curso foi implantado, hoje o centro procura matricular pessoas conhecidas umas das outras para incentivá-los a concluir o curso. "Muitos alunos que fazem o curso indicam para amigos e parentes ou até mesmo eles retornam para fazer outros cursos da grade". Depois do alto índice de desistência no início de implantação, segundo Rocha, hoje já há até lista de espera.
Mas não só alunos da cidade têm acesso aos cursos. Pessoas de outras cidades também procuram a Unidade de Ceilândia para ter a oportunidade de ingressar no mercado de trabalho. Esse é o caso da estudante Liliane Lopes. Desempregada e sem nunca ter trabalhado, a estudante de 17 anos da Cidade de Águas Lindas de Goiás vem três dias por semana para fazer o curso na cidade. Ela diz que procurou emprego, e não encontrou. "Hoje qualquer emprego precisa saber computação. Com o curso tenho certeza que vai me ajudar a conseguir o meu", acredita.
Casos são os mais variados. A dona de casa Ana Carla Cardoso da Silva, mãe de dois filhos, viu nos cursos a chance de arrumar um emprego melhor. Dos 10 cursos oferecidos, ela já concluiu quatro. Ana Carla, que está desempregada, procura um emprego melhor. Antes, trabalhava como garçonete. Com os certificados em mãos, ela promete que vai em busca de um melhor emprego. "O curso é muito bom. Hoje os donos de empresas dão preferências aos currículos mais recheados. Com o meu na mão, tenho certeza que será mais fácil arrumar um emprego".
O instrutor dos cursos, Anderson Souza, diz que há alunos matriculados com todos os graus de instrução. Uns são mais aplicados e outros já são mais lentos no aprendizado. Mas, segundo ele, são os alunos da turma da noite que são os mais interessados em aprender. "Temos alunos aqui que trabalha como porteiro e não conseguiu promoção no emprego por que não sabia computação", diz.
O curso é totalmente gratuito e aberto às pessoas que tenham a partir de 13 anos de idade.
Fonte: Tribuna do Brasil
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