sábado, 10 de maio de 2008

Por enquanto, não!

Quem depende de ônibus ou do metrô não vê razão para o aumento do preço das passagens. "Não podem aumentar o preço das passagens. É preciso aumentar o número de ônibus na rua", reclama o comerciante Antônio Carlos Gomes.

"Não concordo com esse reajuste, a não ser que aumente o número de trens", diz o analista de sistemas Paulo Jorge.

O reajuste passou a ser discutido desde que o preço do óleo diesel subiu. Nessa quinta-feira (8), o secretário de Transportes, Alberto Fraga, chegou a falar de um aumento de 10% para as passagens de ônibus. E o presidente do Metrô/DF, José Gaspar, também anunciou um novo preço para o bilhete.

"O que nos buscamos, agora, é melhorar essa oferta de serviços, para conseguir atingir a nossa demanda esperada: 140 mil passageiros por dia. Possivelmente operando com a tarifa igual a dos ônibus, de R$ 3", explica Gaspar.

Mas, nessa sexta-feira (9), o governador José Roberto Arruda pôs um ponto final no assunto. Pelo menos, por enquanto. "No caso específico do metrô, eu não discuto tarifa enquanto não chegar os carros novos que vão melhorar o transporte para os usuários. E no caso dos ônibus, precisamos melhorar muito, ainda, o sistema de transportes", ressalta o governador.

Isso significa que a tarifa do metrô pode ser a primeira a ter aumento. E que não deve demorar muito. Os carros que o governador Arruda se refere são trens que estão quebrados, em manutenção, e ficam prontos no fim do mês, segundo o secretário de Transportes, Alberto Fraga. Além disso, o governo quer diminuir os custos do metrô. Por ano, o prejuízo chega a R$ 120 milhões.

A decisão do governo de manter o preço das tarifas de ônibus desagradou os donos das empresas de transporte público. Em nota, os empresários afirmam que há dois anos e meio as passagens não são reajustadas, período em que todos os custos subiram.

"Antes dos empresários reclamarem por aumento, é preciso prestar um serviço de qualidade, que por enquanto está muito ruim", enfatiza Fraga.

O estudo sobre os custos do transporte coletivo e o lucro das empresas ainda não ficou pronto. O levantamento vai dizer se o reajuste é necessário e de quanto seria.


Fonte: Rede Globo e Tribuna do Brasil

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