segunda-feira, 17 de março de 2008

Vigilante venceu

No terceiro turno da eleição no PT do Distrito Federal, para escolha de seu presidente, realizado ontem, o ex-deputado distrital Chico Vigilante teve uma vitória expressiva. Dos 1.428 petistas que foram às urnas, 1.299 votaram a favor de sua reeleição, para mais dois anos à frente da legenda. Lenildo Morais teve apenas 72 votos. Outros 57 eleitores optaram pelo voto em branco ou nulos. O resultado final, no entanto, não encerra a crise no partido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na capital do país.

Lenildo Moraes, da corrente Movimento PT, e seu principal aliado, Geraldo Magela, único deputado federal da legenda no Distrito Federal, não reconhecem a vitória de Vigilante e não o reconhecerão como presidente do partido. Como medida para boicotar a eleição de ontem — determinada pela comissão criada pela direção nacional para analisar os casos regionais em que houve questionamentos dos candidatos às presidências regionais — Lenildo orientou seus aliados e cabos eleitorais a não saírem de casa para votar. “Nós não participamos do processo eleitoral. Não mobilizamos nosso pessoal porque não concordávamos com o terceiro turno”, sustenta. “Agora o Chico Vigilante terá de arcar com um resultado pífio porque o PT é muito maior do que isso”, avalia.

Na eleição de ontem, menos de 1,5 mil petistas foram votar, o que representa apenas 25% do eleitorado que participou das votações no primeiro e segundo turnos, realizados, respectivamente, nos dias dois e 16 de dezembro. Vigilante saiu na frente na primeira rodada, mas não obteve metade dos votos e a disputa foi levada a nova votação. No segundo turno, Lenildo venceu, com uma pequena diferença de votos. Ele teve 2.627 eleitores, contra 2.505 de Vigilante. Houve, no entanto, denúncias de fraude dos dois lados e o caso foi deliberado pela direção nacional. “Muita gente deixou de votar hoje (ontem) porque o Lenildo avisou que havia desistido. Não tivemos muito tempo para mobilizar a militância”, justifica Vigilante.


Fonte: Correio Web e Jornal de Brasília

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