terça-feira, 18 de março de 2008

EPCT?




Os motoristas que saem de Ceilândia e Taguatinga e seguem para Planaltina e Sobradinho tentam escapar do engarrafamento da Estrutural cortando caminho pela Estrada Parque Contorno (EPCT). A terra é bem batida nos dois primeiro quilômetros de um dos trechos da estrada. O percurso começou no Lago Oeste e foi até a saída para o Pistão Norte, em Taguatinga. No total, são 14 quilômetros sem pavimentação.

Em outra parte da EPCT é possível entender por quais motivos nem todos escolhem o atalho. O motorista de uma carreta teve que interromper a viagem porque o caminhão ficou atolado. O trajeto é arriscado: outro veículo de carga que seguia no sentido contrário só conseguiu descer porque era mais leve.

O motorista Juscelino Bispo Sousa contou que isso sempre acontece com os motoristas que usam o atalho para cortar caminho. “Passei aqui na quinta-feira passada e vi três carretas atoladas. Passam muitos caminhões por aqui por causa do engarrafamento da Estrutural”, disse.

Já o vendedor Sebastião Ribeiro acelerou na tentativa de escapar do atoleiro. Ele subiu com tudo, mas acabou atolando na hora de desviar da carreta. O motorista contou que está acostumado a usar a EPCT quando precisa ir para Inhumas, em Goiás. E achou que dava para encarar a lama desta vez. “Me deparei com esse caminhão, mas continuei na estrada. Para descer, todo santo ajuda, mas para subir, só com um cabo de aço que eu carrego para emergências”.

Por ser mais leve, o carro pode ser rebocado. Mas o processo para desatolar a carreta é um pouco mais complexo. “É preciso esperar secar. Se não secar, tem como um trator puxar, mas cadê ele? O problema é esse”, afirmou o caminhoneiro Ranieri Miranda Silva.

De acordo com o Departamento de Estradas de Rodagem (DER), existe um projeto para fazer da Estrada Parque Contorno uma via marginal. Mas como não é prioridade, o projeto ficou para o ano que vem. Por ser uma estrada irregular, a estrada ainda não consta no mapa.


Fonte: Rede Globo

Nenhum comentário: