terça-feira, 18 de março de 2008
Blitz na Feira do Rolo
Neste domingo, dia 16, foi realizada uma blitz na Feira de Ceilândia, no Setor O. As mercadorias que estavam sendo vendidas em volta da feira foram recolhidas. Eram produtos eletrônicos, peças de carro e de banheiro, móveis, bicicletas, roupas, CDs piratas e celulares usados. Os fiscais também apreenderam algumas frutas que estavam expostas em bancas no meio da calçada e um carregamento de coco. Resultado: 19 caminhões ficaram lotados de produtos irregulares.
Segundo o coordenador da operação, Paulo César, os donos dos produtos não tinham autorização para montar as bancas na rua, nem notas fiscais. ”Essa feira que está se instalando aqui é oriunda da Feira do Rolo, que tinha no centro de Ceilândia. E a fiscalização não vai permitir a instalação desta feira aqui”, disse.
Dentro da feira, a polícia apreendeu produtos piratas. Todos os CDs, DVDs, equipamentos eletrônicos e peças de celulares de uma das bancas foram recolhidos e o dono foi levado para a delegacia. Apenas uma banca foi fechada, no entanto, o responsável pela operação policial afirmou que as irregularidades na feira são grandes. “Enquanto a população não se conscientizar que quem financia a pirataria é ela, nós teremos comerciantes vendendo este tipo de produto”, afirmou o tenente-coronel Edilson, do Batalhão da Ceilândia.
Uma pequena caminhada pela feira já basta para que outros problemas sejam facilmente encontrados. Muitos vendedores não seguem as normas sanitárias e comercializam carne quase sem refrigeração.
Mas há quem trabalhe com tudo regularizado em meio a tantas ilegalidades. É o caso do comerciante José Carlos, que trabalha na feira há quase dez anos. Segundo ele, é preciso mais ação por parte do governo e da polícia para que a feira melhore. “Pagamos todos os imposto direitinho, enquanto eles lá fora não pagam nada e nos prejudicam”, reclamou.
Para a feirante Marley Cardoso, o comércio irregular atrapalha os feirantes legalizados. “Prejudica a moralização da feira e de nos que pagamos nossos impostos”, contou.
“Tem que ter uma fiscalização constante na feira. Aqui só tem fiscalização uma vez ou outra”, declarou o dono de banca Adenalvo Lima de Oliveira.
As mercadorias apreendidas foram levadas para um depósito do governo. Os donos têm 30 dias para pegar os produtos de volta, mas precisam apresentar nota fiscal.
Vale ressaltar que em Ceilândia Centro continua a movimentação de "vendedores" próximo ao Restaurante Comunitário. Pelo visto, a "vista grossa" da fiscalização da administração de Ceilândia continua e os "vendedores" continuam a vender de tudo - relógios, celulares, bicicletas, óculos, entre outros - tudo sem nota fiscal, é claro.
Fonte: Rede Globo
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