Reforma e Denúncia (seria "vista grossa" da fiscalização da Administração Regional de Ceilândia?):
"Quem circula pela praça central da Ceilândia necessariamente percebe a diferença no local que antes era ocupado por muitas barracas e inúmeros ambulantes. Hoje na praça, só duas construções permanecem: uma pastelaria e, do lado oposto, uma banca que conjuga o espaço com outra loja. Ambas são previstas no projeto urbanístico que a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente (Seduma) coordena e está sendo aplicado ao local. Para a moradora da cidade, Maria Lúcia do Nascimento, as construções não deveriam permanecer. "Se tirou a feira todinha, não deve ficar nada aqui. O espaço tem que ter bancos para o povo sentar", conclui.
Márcio Machado, secretário de Obras do Distrito Federal, afirma que a obra de revitalização da praça central foi um serviço emergencial. "Tivemos a remoção dos ambulantes que ficavam naquele espaço, que estava muito estragado, mas ainda precisa do serviço complementar". Foram colocados pontos de ônibus, refeito o calçamento, mas ainda falta colocar as lixeiras, arborizar e gramar os canteiros.
De acordo com Márcio, a obra, apesar de quase completa, não tem prazo para ser finalizada, pois falta orçamento. Muitas pessoas transitam pelo espaço dos canteiros, que ultimamente só acumulam água e espalham lama pelo calçamento.
Outras várias obras movimentam a cidade. O quartel dos bombeiros foi reformado, dois galpões comunitários na M Norte foram construídos e uma série de outros serviços também podem ser vistos pela população, como afirma Adauri da Silva Gomes, administrador da cidade. Muitas obras já foram entregues, mas falta serem inauguradas. "Costumamos fazer a inauguração de um conjunto de obras para poder adequar à agenda do governador", acrescenta Adauri.
Problema continua
Perto das 12h e pouco depois das 16h, a região do Restaurante Comunitário da cidade fica abarrotado de gente. Como se seguissem o horário de uma feira comum, ambulantes se aglomeram para vender e trocar produtos. Há quase um ano, a Feira do Rolo foi retirada da QNM 15 da Ceilândia Sul e transferida para o Setor O, mas muitos ambulantes que atuavam na feira e na praça continuam na região atrapalhando o fluxo de pessoas que passam por lá diariamente. "Passar do mercado para cá está impossível. A gente tem medo de passar por ali com nossas bolsas", desabafa Simone Rosa, dona de casa.
Daniela Benites, feirante desde antes da remoção da feira para o novo espaço, explica a história da feira. "O Ministério Público retirou a feira. Esses ambulantes são os mesmos que freqüentam a feira do Setor O aos domingos. Não necessariamente são produtos de origem ilícita os que são comercializados, mas realmente falta local para eles e a fiscalização no local é precária". Apesar dos transtornos causados, Benites convida para que as pessoas conheçam a verdadeira Feira da Ceilândia. O secretário de Obras, entretanto, confirma a criação de espaços para os ambulantes. "Houve a remoção dos ambulantes cadastrados e para isso foram criados espaços próprios para esses comerciantes, como os shoppings populares", conclui Márcio."
Fonte: Tribuna do Brasil link 1 e link 2.
Nenhum comentário:
Postar um comentário