quarta-feira, 12 de março de 2008

Feira do P Norte - a nova Feira dos Importados?



Na entrada da feira tem uma placa indicando ser a Feira dos Importados. A Feira dos Importados funcionou por muito tempo ao lado da igreja universal em Ceilândia Centro.


Há cinco meses o GDF removeu a feira que ficava na região central da Ceilândia para o P. Norte, com a intenção de desafogar o centro da cidade e revitalizar as feiras nos bairros. Os feirantes retirados tiveram espaço assegurado onde já funcionava a antiga feira do produtor, na QNP 9/13, que vendia apenas frutas e verduras. O novo local conta hoje com cerca de 400 bancas, entre produtos importados, pirateados, lanchonetes e verdureiros.

A feira ainda não está completamente montada. As bancas do fundo estão sem acabamento e ainda faltam melhorias na infra-estrutura. Reformas em banheiros e na calçada também são realizações que a Associação da Feira do Setor P. Norte pretende fazer nos próximos meses. Uma das maiores dificuldades dos associados são os recursos para as obras. Segundo Emílio Freire, diretor administrativo da feira, foi dado pouco tempo para a transferência. "A gente aproveitou portões, metalão, e quando chegamos tivemos que demolir os balcões de pedra", afirma.

O governo assegurou o espaço e também a regularização dos feirantes, no entanto todas as benfeitorias do lugar são de responsabilidade dos próprios comerciantes. Emílio estima que cerca de R$ 450 mil foram gastos, tudo com recursos dos associados. "Tem gente que chegou a vender o carro pra ajudar", afirma.

O surgimento da feira começou nas calçadas do centro de Ceilândia, na gestão de Cristovam Buarque. De lá, os feirantes foram removidos para o antigo endereço na QNM 15, pelo projeto do governo da época de acabar com os camelôs nas ruas. O que não funcionou nas gestões seguintes, quando as calçadas foram ocupadas por novos ambulantes. O local destinado deveria ser provisório, mas ficou como sede da feira por 12 anos, até sua nova transferência para a QNP.

Apesar da regularização e do apoio da Administração Regional, o local ainda enfrenta dificuldades. Mesmo com investimentos em publicidade por parte da associação, alguns feirantes reclamam da falta de movimento. "Desde que nos mudamos, piorou. O lugar aqui é muito parado, muita gente nem sabe que tem uma feira nova. E também é difícil chegar", comenta Marcelo Ricardo, que trabalha em uma banca de jogos eletrônicos.
Quem arcou com as despesas e mudou de lugar, teve o trabalho duplicado. Para muitos, a mudança trouxe prejuízo e transtornos. Segundo Wesley Nascimento Xavier, a mudança atrapalhou os negócios. "Não tivemos tempo de avisar aos nossos clientes, pois a transferência foi rápida. Sumiram todos e o lugar ainda é muito isolado, mas a estrutura é com certeza muito melhor", afirma Wesley.

Para os antigos feirantes do lugar, a mudança foi boa, apesar de terem desaprovado os novos inquilinos no início. "Antes só tinha verdura por aqui, e só ficava cheio mesmo no domingo. Agora com os importados o movimento aumentou, a feira ficou arrumadinha. Melhorou uns 90%", afirma Zulmiro Araújo, proprietário da mesma banca há dois anos. Ele acompanhou a chegada dos feirantes do centro da cidade.

Quem atua junto à feira e coordena o cadastro de quem pretende trabalhar é a Coordenação de Feiras do Distrito Federal. Muitos dos antigos feirantes são considerados permissionários: pessoas que mesmo com a baixa atividade da antiga feira pagavam regularmente as taxas de ocupação. O restante das bancas existentes foram divididas com a intenção de abrir espaço para a quantidade de feirantes que seriam transferidos. "Ainda falta estrutura como calçada e uma melhor divulgação do nosso trabalho. A construção demorou porque muitas pessoas não tinham dinheiro", afirma Albino Pereira Lima, dono de uma das bancas.

A feira ainda está em fase de evolução, com a reforma das bancas e divulgação junto aos moradores. A Associação dos Feirantes irá transformar o fundo da feira em uma nova entrada, valorizando o ambiente. "Aqui na cidade temos oito feiras. A nossa será a melhor da Ceilândia em um ano", garante Emílio.


Fonte: Tribuna do Brasil

4 comentários:

Anônimo disse...

Oi eu estou entereçado é em ver os produtos e os preços da feira dos importados. Por que vcs não colocam os produtos da feira e se possível os preços!!!!

Produtos importados disse...

Concordo que falta muita informação sobre os produtos importados no Brasil. Deve ser pelo medo existente ao comercio com tais produtos. A lei brasileira não esta sabendo se adaptar.

Lord disse...

Concordo, talvez com divulgações a feira poderia até receber mais clientes.

Lord disse...

Concordo, talvez com divulgações a feira poderia até receber mais clientes.