sábado, 8 de março de 2008

Abuso policial?

Seria mais um caso de abuso policial?

"Mais um policial do 8º Batalhão de Polícia Militar (Ceilândia) foi acusado de agredir uma pessoa. É o terceiro caso em menos de um mês, só que desta vez a vítima morreu. O motorista da Viação Pioneira, Gilmário Siqueira Meneses, 35 anos, faleceu assim que chegou ao Hospital Regional de Ceilândia (HRC). Ele teria sido espancado pelo soldado Leonardo Kleiton da Silva, 31, e o vigilante da empresa Confederal, Robson Clementino da Silva, 30. As polícias Civil e Militar investigam o caso.

Segundo o laudo preliminar da Polícia Civil, a morte foi causada por golpes que teriam sido dados com cabo da pistola do policial, nas regiões do pescoço e nuca da vítima. O crime, ocorreu na noite de anteontem, em frente ao posto de combustível Colina, localizado na QNO 15, do Setor O, de Ceilândia. O soldado, que estava à paisana e de férias, está detido na Corregedoria da PM.

Segundo a delegada-adjunta da 24ª Delegacia de Polícia, Tânia Maria Dias, uma discussão entre a vítima e os acusados teria motivado as agressões. De acordo com as testemunhas, incluindo as três pessoas que acompanhavam a vítima, o motorista estava, momentos antes, bebendo em um bar em Águas Lindas (GO) e parou no posto para usar o banheiro. Elas afirmaram que, ao estacionar e fechar a saída do carro do policial, se formou a confusão.

O PM teria pedido para a vítima tirar o carro. Gilmário disse que ele tinha de esperar, caso contrário "passasse com o carro por cima". O espancamento foi iniciado logo depois que o motorista repetiu a frase para o soldado e o vigilante.

"Eles mataram o Gilmário a coronhadas, sem dar chances para ele se defender. Foi muito rápido", disse Carla (nome fictício), que acompanhava a vítima. A arma utilizada por Leonardo foi apreendida pela 24ª DP. Segundo Tânia Dias, o advogado do PM ligou na delegacia avisando que Leonardo iria se apresentar. "Ele não foi preso porque se apresentou espontaneamente", afirmou. Ela, ainda, informou que os dois acusados responderão pelo crime de homicídio qualificado. Podem pegar até 30 anos de prisão.

Outros casos

Outros dois episódios envolvendo PMs do 8º BPM foram registrados, nas últimas duas semanas. No penúltimo final de semana, um comerciante de 48 anos de idade foi agredido a socos e pontapés após se recusar a baixar o volume do som, no quiosque de sua propriedade, na QNN 23/24, em Ceilândia. O outro ocorreu no último final semana, quando outro soldado da PM, ao perseguir um menor, teria acertado erroneamente um morador de 47 anos, que tocava violão ao lado pai no Bar União, no P Sul. Ele morreu na hora.
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Fonte: Jornal de Brasília aqui e aqui.

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