O estudante Gabriel Gomes do Nascimento, 18 anos, e seu pai, o professor da rede pública Oldair do Nascimento, 42, viveram momentos de perigo após os shows promovidos na Esplanada dos Ministérios em comemoração ao Dia do Trabalhador.
Os dois, segundo o irmão do docente, o corretor de imóveis Geraldo Francisco do Nascimento, "foram atacados sem motivo por cinco jovens". Em conseqüência, Oldair sofreu traumatismo craniano encefálico com coágulo global e, após cirurgia de emergência, escapou da morte. Porém, “está correndo o risco de ficar sem voz", revelou Geraldo.
De acordo com o irmão, Oldair, com medo da violência, decidiu acompanhar o filho, onde foram e voltaram do evento de metrô. Após descerem na estação da Praça do Relógio, em Taguatinga, por volta das 3h, um Peugeot 206 de placa JFX 8606 (DF) parou repentinamente na frente deles. Do interior do veículo, saíram cinco jovens e, sem dizer uma única palavra, aplicaram um golpe certeiro no peito de Oldair, jogando-o ao chão.
Após a agressão, o grupo correu atrás de Gabriel, que logo encontrou uma viatura da Polícia Militar e narrou o ocorrido. Os três agressores maiores de idade foram detidos e levados para 12ª DP (Taguatinga). Os outros dois, ambos com 17 anos, foram fichados na Delegacia da Criança e do Adolescente II (DCA II). Oldair foi levado para o Hospital Regional de Taguatinga, mas, em virtude da gravidade do ferimento, foi encaminhado ao Hospital de Base.
De acordo com o delegado-chefe adjunto da 12ª DP, Alberto Passos, os cinco jovens moram em Ceilândia e voltavam de uma festa em Vicente Pires. "Eles alegaram que xingaram os dois e ouviram um deles devolver os xingamentos. Resolveram parar o veículo e tirar satisfação. Foi nesse momento que um do grupo partiu para cima de Oldair e praticou o crime", detalhou o delegado.
Caso a vítma venha a sofrer alguma incapacidade temporária, Thiago da Silva Costa, 18, Allan Lincon Alves Silva, 19, e Bruno Gonçalves Dias, 18, responderão por lesão corporal grave e poderão pegar de um a cinco anos de cadeia. Caso o dano seja permanente, a lesão será gravíssima e a pena sobe para de dois a oito anos de detenção.
Fonte: Correio Braziliense
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