segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Equipes da cidade trazem bons resultados em competição

As seis finais do Torneio Arimatéia tiveram jogos eletrizantes. Mesmo debaixo de muito sol, as arquibancadas ficaram lotadas o dia todo e os torcedores deram um show de animação. A organização do campeonato contabilizou que, ao longo do domingo, 30 mil pessoas passaram pela arena para conferir as decisões. Apesar de algumas confusões na torcida e nos jogos, a 30ª edição do tradicional campeonato teve lances geniais, gols bonitos e defesas extraordinárias.




Na principal decisão da noite, os ânimos estavam exaltados. Apesar de o Cresspom ser o grande favorito — o time é o atual campeão da Super Liga de Futsal —, a torcida na arquibancada era toda do Contato Ceilândia. Mas os gritos de incentivo em favor dos adversários de nada adiantaram. Embora a vibração das arquibancadas tenha tornado a partida eletrizante do começo ao fim, dentro de quadra o Cresspom venceu fácil, por 5x0, em meio à confusões dentro e fora das quatro linhas.

Quando o placar mostrava 3 x 0, o clima entre os torcedores esquentou. Enquanto a plateia tentava se agredir e a organização pedia que os policiais interferissem, o tempo fechou entre os jogadores. Depois de Oberdan, do Ceilândia, ter cometido uma falta e rasgado a camisa do autor do primeiro gol do Cresspom, Dito, o jogador alviverde ainda chutou o camisa 9 do Cresspom, que estava caído no chão, e foi expulso. Dito não quis deixar barato, revidou e também tomou cartão vermelho.

O jogo ficou parado por alguns minutos e sobrou até para o comentarista da partida, que levou uma bronca de José Arimatéia, organizador do torneio, pelos comentários durante a confusão. Com a situação controlada dentro de quadra, o goleiro Cláudio, do Ceilândia, pediu calma para a torcida e Arimatéia se desculpou com o comentarista.

Com três em cada lado, a partida recomeçou. Fábio recebeu um cruzamento e acertou um tiro, de primeira, no lado direito do goleiro do Ceilândia, marcando 4 x 0 para o Cresspom. No banco de reservas do Ceilândia, um jogador passou mal e desmaiou. O Ceilândia decidiu usar o goleiro-linha e assistiu Fábio marcar seu segundo gol na partida, fechando o placar. “Nossa equipe é mais forte. Eles acabaram se alterando e, infelizmente, aconteceu esse episódio”, declarou Fábio, do Cresspom.





Para jogadores de até 17 anos, a categoria infantil reuniu na final Atlético de Santa Maria e Contato Ceilândia. Os atleticanos não tomaram conhecimento do adversário, goleando por 4 x 1 e garantindo o título logo na primeira competição que disputaram. Segundo o técnico da equipe, André Luiz Amâncio, o resultado tem um sabor especial. “Todos os jogadores são alunos do Centro de Ensino 404 de Santa Maria, da rede pública. Eles jogam juntos há apenas oito meses e já chegaram aqui vencendo. É muito gratificante”, comentou, emocionado.

Dentro da quadra, o grande responsável pelo título vestia a camisa 10. Com apenas 16 anos, João Pedro esbanjou categoria e oportunismo para comandar a vitória do time. Dos três primeiros gols do Atlético, dois vieram dos pés dele e outro de uma assistência do garoto. Mesmo sendo o destaque individual do triunfo, ele apontou a equipe como fundamental para o resultado. “Todos demonstraram muita vontade e união. Isso ajuda muito para conquistar as vitórias. Sem união o time não vai para a frente”, elogiou.

Destaque da equipe de Ceilândia, Davi lamentou o mau desempenho do time no fim da partida. “Não jogamos o que podemos hoje”, resumiu, desanimado.






Se na decisão da categoria infantil o Contato Ceilândia foi goleado, a equipe sub-20 da agremiação não deu chances ao azar e sagrou-se campeã ao vencer o Juventus/Zequinha por 4 x 2. Cotado como favorito até pelo adversário, os jovens ceilandenses não começaram bem a partida, levando pressão dos rivais. A vibração era marca registrada do Juventus, que comemorava até bico da defesa como se fosse um gol. Porém, a raça não foi o suficiente para a conquista.

Capitão do Contato, Bruno demonstrou muita calma, sempre organizando o posicionamento dos companheiros e distribuindo passes certeiros. O rapaz, no entanto, surpreendeu ao dizer que a quadra não é piso favorito. “Nosso time não treinou para o campeonato e eu nem gosto de futsal, prefiro jogar no campo”, revelou o camisa sete, que vai disputar o Campeonato Brasiliense de Futebol pelo Luziânia, como lateral esquerdo.

Mesmo com a superioridade técnica, o time de Ceilândia não teve vida fácil. Contando com a habilidade do camisa 10 William, o Juventus chegou a diminuir a vantagem do rival para 3 x 2. Mas uma falha da defesa matou qualquer chance de reação. Após lançamento do goleiro, Paulo Henrique foi esperto, desviou de cabeça e deu números finais à partida, selando a vitória.



Fonte: Correio Braziliense, Esporte Candango e Tribuna do Brasil

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