sábado, 30 de janeiro de 2010

Combustíveis irão aumentar novamente

É pequena a concorrência entre os postos de combustíveis no Distrito Federal e os preços vão ficar ainda mais elevados. Um levantamento feito pelo Procon de terça-feira até ontem mostra que é mínima a diferença de preços entre os 136 postos pesquisados. Dos pontos de venda verificados, dois terços deles cobram o mesmo valor pelo álcool e pela gasolina: R$ 2,23 e R$ 2,77, respectivamente. A partir da próxima segunda-feira, os preços devem ficar ainda mais salgados.

Ontem, o Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis do DF (Sinpetro) divulgou uma nota alertando que o valor do álcool deve aumentar entre R$ 0,03 e R$ 0,04 e o da gasolina subirá R$ 0,01 a partir de 1º de fevereiro. O Sinpetro avisa que o novo reajuste decorre do repasse para os consumidores dos preços cobrados pelas distribuidoras.

Não só os preços altos, mas a proximidade dos valores é uma "coincidência que prejudica o consumidor", segundo o diretor do órgão, Ricardo Pires. O resultado será encaminhado ao Ministério Público do Distrito Federal e ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para que os órgãos abram investigação para levantar a possibilidade de os donos de postos do DF estarem combinando preços, o que caracterizaria cartel, prática criminosa. "Não podemos dizer se há cartel, mas vamos encaminhar para os órgãos analisarem se os postos do DF estão infringindo a lei", afirma Pires.




O levantamento mostra que na semana passada os postos cobraram de R$ 2,12 a R$ 2,77 pelo litro do álcool. Mas em 92% deles, o preço do litro de álcool estava entre R$ 2,21 e R$ 2,23. E em 96% dos postos, o litro da gasolina variou apenas de R$ 2,75 a R$ 2,77. Resultado: os consumidores ficam sem opção de pesquisa.

O morador da Ceilândia Solemar Martins Carneiro, 35 anos, enfrenta a falta de concorrência. Todos os dias ele se desloca de casa para o trabalho, uma livraria do Lago Sul, e ainda tem que fazer entregas de livros em escolas de todo o DF. No fim do mês, a conta com combustível é salgada: cerca de R$ 1,2 mil. E ele reclama: "O preço em Brasília é um só, nem adianta pesquisar. Nunca vejo variações que valham a pena." Tradicionalmente, Solemar abastecia com álcool. Com os últimos reajustes no preço do combustível, ele nem faz mais os cálculos e passou a abastecer o carro com gasolina.



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Fonte: Correio Braziliense

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