Repente é a poesia improvisada; é o verso elaborado na hora, por provocação de um assunto escolhido. Ele pode ser entoado em “desafio”, quando dois poetas populares ensaiam uma espécie de disputa em cantoria. Por isso, assim que se depara com um grupo desses artistas, o que mais impressiona é a velocidade de raciocínio e a sagacidade na hora de versar. Religiosamente, um grupo de repentistas e cantadores de Brasília se reúne todos os domingo no Recanto dos Poetas, na Feira da Guariroba, em Ceilândia, um dos principais redutos nordestinos do DF. Além de Francisco das Chagas e Chico de Assis, participam os poetas repentistas Zé do Cerrado, 45 anos, Valdenor de Almeida, 45, José Mílson Ferreira, 59, Cícero Monteiro, 55, Geraldo Queiroga, 49, Messias de Oliveira, 50, e Francisco Félix da Silva, 61.
É um encontro informal em que, entre uma cervejinha e um tira-gosto, eles contam causos, e claro, fazem repentes e muita cantoria. “Não temos um mercado muito bom em Brasília para a nossa classe. Há uma evasão muito grande desses profissionais. Quase não temos eventos por aqui e, por isso, a gente acaba se reunindo de vez em quando”, conta o repentista paraibano Zé do Cerrado.
Não é muito comum também encontrar um repentista na cidade que vive exclusivamente desse ofício, justamente por falta dessa opção de eventos. O cearense Messias de Oliveira, 50, é um desses raros exemplos. Ele revela que é cada vez mais difícil se deparar com esses poetas em lugares públicos como praças, ruas e praias, e que, para muitos, nesses locais não se encontra uma cantoria e uma poesia de qualidade. “A gente viaja muito sim, somos nômades, participamos de feiras, encontros, festivais do setor. Eu, particularmente, acho que se apresentar em praia é vulgar”, diz.
“Apresentações em locais públicos só acontecem quando somos convidados, por exemplo, a participar de alguma manifestação ou algo do gênero”, acrescenta o poeta repentista Valdenor de Almeida, há 20 anos na estrada.
Fonte: Correio Braziliense
É um encontro informal em que, entre uma cervejinha e um tira-gosto, eles contam causos, e claro, fazem repentes e muita cantoria. “Não temos um mercado muito bom em Brasília para a nossa classe. Há uma evasão muito grande desses profissionais. Quase não temos eventos por aqui e, por isso, a gente acaba se reunindo de vez em quando”, conta o repentista paraibano Zé do Cerrado.
Não é muito comum também encontrar um repentista na cidade que vive exclusivamente desse ofício, justamente por falta dessa opção de eventos. O cearense Messias de Oliveira, 50, é um desses raros exemplos. Ele revela que é cada vez mais difícil se deparar com esses poetas em lugares públicos como praças, ruas e praias, e que, para muitos, nesses locais não se encontra uma cantoria e uma poesia de qualidade. “A gente viaja muito sim, somos nômades, participamos de feiras, encontros, festivais do setor. Eu, particularmente, acho que se apresentar em praia é vulgar”, diz.
“Apresentações em locais públicos só acontecem quando somos convidados, por exemplo, a participar de alguma manifestação ou algo do gênero”, acrescenta o poeta repentista Valdenor de Almeida, há 20 anos na estrada.
Fonte: Correio Braziliense
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