O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou ontem que o cálculo do rendimento da poupança precisa e vai mudar, mas ponderou que o assunto será discutido “com carinho” para que os poupadores que têm seu dinheiro aplicado na modalidade não saiam prejudicados. “Vou ter uma conversa com o ministro Guido (da Fazenda) e vamos discutir sobre isso com carinho. Precisamos proteger os poupadores, mas não podemos permitir que pessoas que tenham muito dinheiro apliquem tudo na poupança”, disse o presidente durante solenidade de apresentação dos novos oficiais generais, no Palácio do Buriti.
O presidente disse, ainda, que a poupança existe para salvaguardar os interesses da maioria da população que não tem muito dinheiro. “Para que eles não tenham prejuízo, vamos fazer isso (mudança) com muito cuidado porque queremos preservar o que temos de mais sagrado, que são os poupadores”, completou.
O governo estuda mudanças na poupança porque, com a queda dos juros, hoje em 11,25% ao ano, a rentabilidade tende a ficar muito maior que a dos fundos. Com a queda nas taxas de juro, o presidente defendeu que haja equilíbrio, “porque senão não é mais poupança, passa a ser investimento”. O governo quer mexer na poupança para evitar a migração do dinheiro hoje depositado nos fundos de investimentos. No início deste mês, em Londres, durante o encontro do G-20, grupo dos países mais ricos e emergentes, Lula acenou com a possibilidade de mudança.
Por enquanto, a poupança ainda não lidera o ranking de investimentos no país, mas isso pode mudar nos próximos meses com a queda na taxa básica de juros. Em março, a liderança foi da Bovespa (7,18%), seguida pelo fundos DI e de Renda Fixa, com retornos de 0,87% e 0,91%, respectivamente. Logo após, a caderneta de poupança permitiu um retorno de 0,64%.
Na expectativa de novas tesouradas na taxa básica de juros (Selic) — em níveis que podem variar entre 2 e 2,5 pontos porcentuais até junho —, a equipe econômica estuda agora a possibilidade de limitar as aplicações na mais popular aplicação do país até o patamar de R$ 5 mil. Segundo levantamento da equipe econômica, 92% dos depósitos da poupança não ultrapassam a faixa de R$ 5 mil.
Outra proposta em estudo é a da tributação dos rendimentos da poupança para grandes aplicadores. Assim, diluiria a Taxa Referencial (TR) para reduzir os ganhos da caderneta. O limite estudado para iniciar a tributação é de R$ 100 mil, mas o valor sofre oposição dentro do próprio governo e poderá ser elevado. A mudança deve sair por meio de medida provisória nos próximos dias.
O governo, no entanto, teme que ela seja barrada no Congresso, como aconteceu com a CPMF. Se for confirmada, será a primeira intervenção na caderneta desde o confisco da poupança promovido pelo Plano Collor, em março de 1990.
Fonte: Correio Braziliense e Jornal de Brasília
O presidente disse, ainda, que a poupança existe para salvaguardar os interesses da maioria da população que não tem muito dinheiro. “Para que eles não tenham prejuízo, vamos fazer isso (mudança) com muito cuidado porque queremos preservar o que temos de mais sagrado, que são os poupadores”, completou.
O governo estuda mudanças na poupança porque, com a queda dos juros, hoje em 11,25% ao ano, a rentabilidade tende a ficar muito maior que a dos fundos. Com a queda nas taxas de juro, o presidente defendeu que haja equilíbrio, “porque senão não é mais poupança, passa a ser investimento”. O governo quer mexer na poupança para evitar a migração do dinheiro hoje depositado nos fundos de investimentos. No início deste mês, em Londres, durante o encontro do G-20, grupo dos países mais ricos e emergentes, Lula acenou com a possibilidade de mudança.
Por enquanto, a poupança ainda não lidera o ranking de investimentos no país, mas isso pode mudar nos próximos meses com a queda na taxa básica de juros. Em março, a liderança foi da Bovespa (7,18%), seguida pelo fundos DI e de Renda Fixa, com retornos de 0,87% e 0,91%, respectivamente. Logo após, a caderneta de poupança permitiu um retorno de 0,64%.
Na expectativa de novas tesouradas na taxa básica de juros (Selic) — em níveis que podem variar entre 2 e 2,5 pontos porcentuais até junho —, a equipe econômica estuda agora a possibilidade de limitar as aplicações na mais popular aplicação do país até o patamar de R$ 5 mil. Segundo levantamento da equipe econômica, 92% dos depósitos da poupança não ultrapassam a faixa de R$ 5 mil.
Outra proposta em estudo é a da tributação dos rendimentos da poupança para grandes aplicadores. Assim, diluiria a Taxa Referencial (TR) para reduzir os ganhos da caderneta. O limite estudado para iniciar a tributação é de R$ 100 mil, mas o valor sofre oposição dentro do próprio governo e poderá ser elevado. A mudança deve sair por meio de medida provisória nos próximos dias.
O governo, no entanto, teme que ela seja barrada no Congresso, como aconteceu com a CPMF. Se for confirmada, será a primeira intervenção na caderneta desde o confisco da poupança promovido pelo Plano Collor, em março de 1990.
Fonte: Correio Braziliense e Jornal de Brasília
3 comentários:
É impressionante, mesmo que isso acabe sendo apenas uma especulação, já fica claro que a notícia pode acabar causando um grande pânico nos poupadores. É com esse tipo de atitude que começam as grandes crises. Diminuir o rendimento da poupança para que as pessoas migrem para outros investimentos é uma estratégia "burra" de finanças.
Anônimo, você não entendeu a estratégia. A proposta é PERFEITA E LÚCIDA!
A poupança foi feita para resguardar o dinheiro de quem, num ato heróico, consegue guardar com suas economias diárias; não para servir de especulação para os GRANDES INVESTIDORES. Estes devem procurar outras formas de GANHAR COM OS JUROS !!!
PARABÉNS AO GOVERNO LULA... a oposição continua tentando achar uma brecha para minar seu governo, tentando comparar esta decisão acertada com uma decisão desastrosa de um governo anterior.
VOU CONTINUAR COM MEU DINHEIRINHO NA POUPANÇA, SIM!
Quando o governo divulga que pretende alterar o rendimento da caderneta de poupança , que é sabiamente estabelecido em lei, pelo
legislador, exatamente para proteger a poupança nacional contra a especulação financeiro, dando mais estabilidade ao sistema financeiro, demonstra que não tem mais interesse em preservar um sistema financeiro estável, o qual tanto nos protegeu na atual crise, incentivando de forma inconsequente os Brasileiros a deixarem de fazer poupança. O Presidente LULA declara abertamente que poupança não é investimento e que deve apenas proteger o capital aplicado da inflação, ou seja, quem faz poupança deve deixar o seu dinheiro de graça para os Bancos movimentarem e ganharem os seus lucros nas costas dos poupadores. Na verdade a intenção do governo é forçar o Brasileiro que tem poupança aplicar suas economias em fundos de investimento os quais não dão nenhuma garantia ao poupador, pois no ato da aplicação os gerentes dos Bancos, inclusive Bancos públicos, Banco do Brasil e Caixa, apresentam um documento onde o aplicador issenta o Banco de qualquer responsabilidade por perdas na aplicação, ou seja, o Banco só embolso os lucros, os prejuizos são do poupador. Com essa politica o gover-
no LULA pode fazer com que muitos Brasileiros percam suas suadas economias adquiridas, na maioria das vezes, fazendo poupança durante
toda uma vida para ter algum recurso nos dias difíceis pois, neste pais, quem não é Grande Empresário ou alto funcionário público com
seus empregos e aposentadorias integrais garantidas, necessita ter uma poupança segura e incentivada pelo governo.
O que o governo LULA está fazendo é terrorismo. Isso é muito perigoso para uma nação como o Brasil, onde ainda temos uma sociedade muito
desigual e injusta.
O governo só se preocupa com a saúde financeira das empresas, Bancos e Grandes Empresas, mas a saúde financeira dos Brasileiros que necessitam fazer poupança, essa, está sendo negligenciada. Será que as pessoas, ou seja, o ser humano não tem mais importância? Será que tudo pode ser feito com a desculpa de mais crescimento econômico?
Em relação aos Juros no pais, o que está diminuindo é a remuneração que os Bancos pagam ao poupador (investidor), basta ver as taxas médias que são cobradas pelos bancos para emprestarem dinheiro para as pessoas. Se o governo estivesse interessado em baixar as taxas de juros no Brasil teria começado diminuindo o spreed Bancário.(Diferença entre a taxa paga aos poupadores e a taxa cobrada pelos bancos).
O governo está é aumentando, cada vez mais, o lucro dos Bancos as custas das economias de quem necessita fazer poupança no Brasil.
Ao incentivar as pessoas a sairem da poupança para aplicações de risco (que ele chama de setor produtivo), também beneficia os Bancos, pois eles dispom do dinheiro dos poupadores (investidores) para gerar seus próprios lucos, e não se responsabilizam por esse dinheiro.
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