quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Regularização está emperrada

É no período de chuva que os problemas aumentam no Sol Nascente, em Ceilândia. A falta de infra-estrutura toma conta da invasão. A maioria das ruas não tem asfalto. O jeito é fugir dos buracos.

“Todo ano é esse problema. É uma situação difícil”, diz um morador.


Mais de 60 mil pessoas moram no Sol Nascente. A rede de esgoto não está pronta. Tem lixo espalhado por toda parte. Gambiarra é comum na região. Mesmo na ilegalidade é possível ver sinais de novas construções. A falta de segurança é outro problema.

“Já tive a loja assaltada duas vezes. Os outros comércios já foram assaltados quatro vezes”, afirma uma comerciante.

A regularização do Sol Nascente enfrenta uma polêmica. O Ibama ainda não começou o estudo de impacto ambiental. Diz que só vai dar a licença depois que o governo transformar em área habitacional parte de uma unidade de conservação que também foi invadida pelos moradores.

Trata-se da Área de Relevante Interesse Ecológico Parque Jucelino Kubitchek (Arie JK), que nos últimos anos vem sendo tomada pelos invasores. O GDF não concorda com o Ibama. Diz que a redefinição da área pode ser feita junto com o estudo ambiental.

“O projeto urbanístico já está sendo feito, já foi contratado. Nós acreditamos que projeto vai ficar pronto em julho. Queremos regularizar toda aquela região até o fim do ano”, afirma o gerente de Regularização de Condomínios Paulo Serejo.

O governo acredita que fica pronto em dois meses o projeto de lei que vai alterar essa área para habitação. Só depois o Ibama vai poder preparar o estudo e a licença ambiental.



Fonte: Rede Globo

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