sábado, 21 de fevereiro de 2009

Opinião: Terra e dinheiro

Aluisio Moura, fundador do site Ceilândia.com, comenta o pronunciamento do governador do DF, José Roberto Arruda, que ofereceu as "bordas" de Ceilândia para que o presidente Lula construísse casas populares:


Quantos hectares tem a Granja do Torto? Não haveria por lá umas bordinhas onde possam ser construídas casas populares? Sim, porque em Ceilândia, até onde sei, sobraram, no máximo, alguns barrancos (veja aqui).

E já que andam tão cheios de boa vontade e aparentemente há dinheiro sobrando (embora eu ache que o que está sobrando mesmo é interesse politiqueiro de fazer de dona Dilma presidente a qualquer custo), por que não aproveitam e consertam antes as favelas que deixaram surgir na cidade? Neste momento, só em Ceilândia há quase cem mil pessoas jogadas à própria sorte em áreas sem asfalto e saneamento básico. Lugares onde não há sequer ruas.

Não estou falando aqui em simplesmente asfaltar e colocar esgoto nessas favelas. É necessário fazer um planejamento urbanístico decente, botando abaixo as casas que impeçam a criação de um traçado minimamente racional (indenizando devidamente os seus ocupantes). Coisa parecida com o que o governador Sérgio Cabral está tentando fazer nas favelas cariocas. E que custa muito dinheiro.

Caso contrário, nossas réplicas da Rocinha, do jeito que estão, tornarão o próprio Distrito Federal ingovernável, se é que já não está.





Já o blog do Chico Vigilante exorta que o GDF tem uma dívida de 200 milhões com a cidade de Ceilândia. Aluisio também comenta esta notícia:


Posso estar enganado, mas a dívida a que se refere Chico Vigilante diz respeito ao fato de Ceilândia ser a cidade onde o GDF mais arrecada impostos. E receber de volta, em obras e investimentos, bem menos do que seria justo.

Se este for o caso, é bom não esquecer que a dívida vem de outros carnavais. E que o PT, quando governou o DF e teve a chance de corrigir essa injustiça, nunca tocou no assunto.



Fonte: Ceilândia.com aqui e aqui e Blog do Chico Vigilante

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