Onde tem lixo, ele vê oportunidade. E transforma museus ambulantes em carros prontos para rodar nas vias da cidade. Dono de um ferro-velho em Ceilândia há 16 anos, Juvenil Sabino de Oliveira, 43 anos, usa três carros como meio de transporte. Dois da década de 1970 e um de 1980. Aparentemente, todos em bom estado de conservação — com cinto de segurança, pneus novos e parte elétrica em dia. Segundo o comerciante, nunca ficou na mão por causa de falhas mecânicas nos veículos, que se destacam pelo cuidado e limpeza em meio ao amontoado de ferros retorcidos. O segredo para não deixar que a antiguidade vire mais um vilão nas vias do DF? Manutenção constante. De seis em seis meses. E feita pelo próprio dono, que desde os 12 anos se diverte montando e desmontando carros.
Duas Caravans — uma dourada de 1979 e outra branca de 1989 — e uma Brasília de 1978 são os xodós do mecânico. Todas, um dia, foram relegadas ao ferro-velho, mas depois de uma dedicação exclusiva, com a escolha minuciosa de peças e lanternagem caprichada, voltaram à ativa. “Eu gosto de reviver os carros, mas é preciso cuidado redobrado”, alertou Juvenil. Apesar da paixão, ele admite que automóveis antigos requerem atenção especial. Um carburador entupido, uma vela queimada ou peças soltas podem ser uma constante no trintões. “Sempre dou uma olhada no motor e na parte elétrica. E, ao contrário do que pensam, a manutenção sai barata. Basta procurar lugares de confiança”, observou.
O chefe de fiscalização do Detran, Silvaim Fonseca, reconhece que há muitos carros da década de 1970 mais enxutos que os dos anos 2000. “Se o motorista toma cuidado na manutenção, não há problema em transitar. Mas carros em péssimas condições são um risco constante”, afirmou o fiscal, referindo-se ao acidente ocorrido na tarde do último domingo. Segundo testemunhas, a tragédia que tirou a vida de Gilcimar de Araújo, 29, Edilton Alves, 42, e José de Lima, 58, ocorreu quando o capô da Brasília 1976, de placa JDP 7397-DF, abriu e prejudicou a visão de Gilcimar. O motorista teria perdido o controle da direção, invadido a pista contrária e batido de frente com a caminhonete Silverado de placa BUM 1910. O laudo com as causas do acidente sai em 15 dias, mas os responsáveis pela 24ª Delegacia de Polícia (Ceilândia) apontam que a falha mecânica foi decisiva para o choque.
Fonte: Correio Braziliense e Jornal de Brasília de 17/02/09
Duas Caravans — uma dourada de 1979 e outra branca de 1989 — e uma Brasília de 1978 são os xodós do mecânico. Todas, um dia, foram relegadas ao ferro-velho, mas depois de uma dedicação exclusiva, com a escolha minuciosa de peças e lanternagem caprichada, voltaram à ativa. “Eu gosto de reviver os carros, mas é preciso cuidado redobrado”, alertou Juvenil. Apesar da paixão, ele admite que automóveis antigos requerem atenção especial. Um carburador entupido, uma vela queimada ou peças soltas podem ser uma constante no trintões. “Sempre dou uma olhada no motor e na parte elétrica. E, ao contrário do que pensam, a manutenção sai barata. Basta procurar lugares de confiança”, observou.
O chefe de fiscalização do Detran, Silvaim Fonseca, reconhece que há muitos carros da década de 1970 mais enxutos que os dos anos 2000. “Se o motorista toma cuidado na manutenção, não há problema em transitar. Mas carros em péssimas condições são um risco constante”, afirmou o fiscal, referindo-se ao acidente ocorrido na tarde do último domingo. Segundo testemunhas, a tragédia que tirou a vida de Gilcimar de Araújo, 29, Edilton Alves, 42, e José de Lima, 58, ocorreu quando o capô da Brasília 1976, de placa JDP 7397-DF, abriu e prejudicou a visão de Gilcimar. O motorista teria perdido o controle da direção, invadido a pista contrária e batido de frente com a caminhonete Silverado de placa BUM 1910. O laudo com as causas do acidente sai em 15 dias, mas os responsáveis pela 24ª Delegacia de Polícia (Ceilândia) apontam que a falha mecânica foi decisiva para o choque.
Fonte: Correio Braziliense e Jornal de Brasília de 17/02/09
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