Sem dúvidas, o 70km de Ceilândia 2009 ainda é motivo de muita conversa por parte de todos os bikers do Brasil. As fotos e videos da chegada publicadas fazem partes de comentários sinceros e outros absurdos e injustos que não vem o caso revelar. Mas posso revelar uma coisa que fiquei sabendo: tinha atleta tomando até "veneno de rato" para ganhar o Celtinha.
Francamente, temos que rever os nossos conceitos de grandes provas no cenário nacional. Tem muita gente - que acha ser atleta - tomando porcarias em busca do primeiro lugar ou apenas premiações como esta.
Antes de fazer uma prova e com uma premiação grande, façam também o anúncio do exame anti-doping. Pelo menos amedontra aquele atleta que queira tomar qualquer coisa. Isso é válido não só para esta prova em destaque, mas para qualquer organização de prova realizada no território nacional.
O Brasil é um país com "cinco países dentro". Somos uma das maiores potências do ciclismo das Américas. Precisamos nos prevenir aqui dentro para não causar nenhum vexame lá fora. Mas o que está rolando nos bastidores é que muitos atletas estão tomando qualquer tipo de droga e achando que vai vencer algo. Uma hora a bomba explode dentro do corpo; e fora, no próprio convívio social e ciclístico.
Seria bom que todos os atletas pudessem seguir o excelente exemplo de Roberta Stopa, que deixa a disposição o seu exame médico realizado mensalmente para quem quiser ver. Não precisa falar mais nada.
Voltando ao assunto principal da crítica. Conversei com Ricardo Pscheidt na noite daquele domingo. Ele estava cansado e quis falar pouco. Claro, o fato de perder um carro em cima da linha de chegada deixaria qualquer um atordoado. Mas o atleta estava tranquilo com a situação.
Ele me pediu para que eu deixasse claro: "Espero que o pessoal entenda que foram as circunstâncias. Eu nunca iria comemorar antes, se não soubesse que iria vencer".
Quem conhece o atleta sabe muito bem o real depoimento - o caráter dele. Esse relato do catarinense corresponde ao fato do funil que foi feito a 50 metros da chegada com as grades de proteções. O vídeo do Pedal mostra o momento da chegada. É visível que Rubinho "perde" no sprint final momentos antes. Como se fosse uma corrida de speed.
Ambos atletas entraram no funil. Pscheidt na frente levanta os braços e comemora a possível vitória. Rubinho atrás, conforma-se pelo fato e segue-o. Quem vê o vídeo, dá a vitória para o catarinense.
Depois disto, fora do video e com as fotos visíveis, Rubinho ultrapassa e vence. Ninguém entendeu nada.
A realidade é que esse funil sempre causou confusão nas corridas aqui no Brasil porque sempre são colocados da forma errada. Vide Copa Internacional 2008 com Érika Gramiscelli e Jaqueline Mourão em Ouro Branco-MG.
Em muitas competições no exterior, a corrida termina no funil – depois da linha de chegada. O funil - que não existe antes - é do tamanho da rua, do percurso ou bem aberto para proporcionar uma chegada segura e clássica. Só verem as provas da própria World Cup.
Mas o que ficamos sabendo é que nesta competição, em destaque, o funil abria novamente, poucos metros antes da linha de chegada. Basta ver as fotos.
“Como eu iria saber que a poucos metros da chegada o funil iria abrir de novo? É óbvio que o cara da organização falou mais de uma vez que a corrida acaba na linha da chegada. Isso todos sabem, mas ele não falou que o funil abria novamente 5 metros da chegada. Então para que colocar o funil? Desse jeito ele não serve para nada.”
De quem é a culpa? De quem é o primeiro lugar? Quem deveria levar o "Celtinha" para casa?
Todos sabem que a corrida termina quando o primeiro cruza a linha de chegada, mas o que pareceu é que não foi feita uma chegada digna do tamanho da prova.
A prova com a premiação que teve não poderia pecar na chegada. Desde o anúncio da premiação, até equipes de speed se mobilizaram para participar. Já imaginaram uma chegada com mais de 10 atletas como nas provas de ciclismo?
Não quero nem imaginar. Mas a chegada no funil seria uma confusão total. Teria que fazer o tira–teima. Sem falar do perigo que poderia causar.
Não estou aqui querendo condenar a organização do 70km, mas que reveja para o próximo ano uma chegada melhor e um exame anti-doping. De qualquer forma, deixo meus parabéns por proporcionarem a maior premiação da história do MTB nacional.
Para ler o texto na íntegra e ver um vídeo da disputa, clique no link da fonte.
Fonte: PEDAL.com.br
Francamente, temos que rever os nossos conceitos de grandes provas no cenário nacional. Tem muita gente - que acha ser atleta - tomando porcarias em busca do primeiro lugar ou apenas premiações como esta.
Antes de fazer uma prova e com uma premiação grande, façam também o anúncio do exame anti-doping. Pelo menos amedontra aquele atleta que queira tomar qualquer coisa. Isso é válido não só para esta prova em destaque, mas para qualquer organização de prova realizada no território nacional.
O Brasil é um país com "cinco países dentro". Somos uma das maiores potências do ciclismo das Américas. Precisamos nos prevenir aqui dentro para não causar nenhum vexame lá fora. Mas o que está rolando nos bastidores é que muitos atletas estão tomando qualquer tipo de droga e achando que vai vencer algo. Uma hora a bomba explode dentro do corpo; e fora, no próprio convívio social e ciclístico.
Seria bom que todos os atletas pudessem seguir o excelente exemplo de Roberta Stopa, que deixa a disposição o seu exame médico realizado mensalmente para quem quiser ver. Não precisa falar mais nada.
Voltando ao assunto principal da crítica. Conversei com Ricardo Pscheidt na noite daquele domingo. Ele estava cansado e quis falar pouco. Claro, o fato de perder um carro em cima da linha de chegada deixaria qualquer um atordoado. Mas o atleta estava tranquilo com a situação.
Ele me pediu para que eu deixasse claro: "Espero que o pessoal entenda que foram as circunstâncias. Eu nunca iria comemorar antes, se não soubesse que iria vencer".
Quem conhece o atleta sabe muito bem o real depoimento - o caráter dele. Esse relato do catarinense corresponde ao fato do funil que foi feito a 50 metros da chegada com as grades de proteções. O vídeo do Pedal mostra o momento da chegada. É visível que Rubinho "perde" no sprint final momentos antes. Como se fosse uma corrida de speed.
Ambos atletas entraram no funil. Pscheidt na frente levanta os braços e comemora a possível vitória. Rubinho atrás, conforma-se pelo fato e segue-o. Quem vê o vídeo, dá a vitória para o catarinense.
Depois disto, fora do video e com as fotos visíveis, Rubinho ultrapassa e vence. Ninguém entendeu nada.
A realidade é que esse funil sempre causou confusão nas corridas aqui no Brasil porque sempre são colocados da forma errada. Vide Copa Internacional 2008 com Érika Gramiscelli e Jaqueline Mourão em Ouro Branco-MG.
Em muitas competições no exterior, a corrida termina no funil – depois da linha de chegada. O funil - que não existe antes - é do tamanho da rua, do percurso ou bem aberto para proporcionar uma chegada segura e clássica. Só verem as provas da própria World Cup.
Mas o que ficamos sabendo é que nesta competição, em destaque, o funil abria novamente, poucos metros antes da linha de chegada. Basta ver as fotos.
“Como eu iria saber que a poucos metros da chegada o funil iria abrir de novo? É óbvio que o cara da organização falou mais de uma vez que a corrida acaba na linha da chegada. Isso todos sabem, mas ele não falou que o funil abria novamente 5 metros da chegada. Então para que colocar o funil? Desse jeito ele não serve para nada.”
De quem é a culpa? De quem é o primeiro lugar? Quem deveria levar o "Celtinha" para casa?
Todos sabem que a corrida termina quando o primeiro cruza a linha de chegada, mas o que pareceu é que não foi feita uma chegada digna do tamanho da prova.
A prova com a premiação que teve não poderia pecar na chegada. Desde o anúncio da premiação, até equipes de speed se mobilizaram para participar. Já imaginaram uma chegada com mais de 10 atletas como nas provas de ciclismo?
Não quero nem imaginar. Mas a chegada no funil seria uma confusão total. Teria que fazer o tira–teima. Sem falar do perigo que poderia causar.
Não estou aqui querendo condenar a organização do 70km, mas que reveja para o próximo ano uma chegada melhor e um exame anti-doping. De qualquer forma, deixo meus parabéns por proporcionarem a maior premiação da história do MTB nacional.
Para ler o texto na íntegra e ver um vídeo da disputa, clique no link da fonte.
Fonte: PEDAL.com.br
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