domingo, 24 de maio de 2009

Opinião: Cadê o Centro Metropolitano?

A partir de hoje, começa para o Distrito Federal, um tempo novo. Amanhã, iniciaremos o trabalho no novo centro administrativo do governo, em Taguatinga. Lá, governador, vice-governador e secretários trabalharão em uma mesma sala, sem divisórias. Repetiremos no setor público o que tem dado certo no setor privado, em total harmonia, em tempo integral, em contato permanente. “Estou muito consciente disso". Trecho do discurso de posse do governador José Roberto Arruda, às 10h, em 1º de janeiro de 2007, na Câmara Legislativa do DF.

Em 5 de janeiro de 2007, Arruda reúne os arquitetos do escritório de Oscar Niemeyer, com Maria Elisa Costa, Cássio Taniguchi e com Jaime Lerner, na casa do Silvestre Gorgulho e declara: "Eu estava na posse do deputado Benedito Domingos e um jornalista me perguntou por que eu trouxe o governo para Taguatinga. Eu respondi que tenho mil razões para isso: desafogar o Plano Piloto, inverter o fluxo de veículos. É um impulso que se dá na economia local. Brasília tem que crescer para cá, e o Plano Piloto têm que ser preservado como centro da capital. Com o Centro Administrativo totalmente concluído, podemos inverter o fluxo de até 50 mil veículos por dia. Em Taguatinga, em Ceilândia e em Samambaia vivem 1 milhão e meio de habitantes.

O atual governante baseou as suas ações fundadas em um propósito conceitual, por trás de cada ideia há um conceito que transmite a nova forma de governar. Ancora suas ações na preservação e na legalidade. Preservação sob a égide da sustentabilidade ambiental e social, garantida pelo respeito aos interesses públicos e privados da população sob o manto da legalidade.

Quase dois anos e meio já se passaram e diversos compromissos estão sendo implementados. Agora há um deles que representa a gênese conceitual do governo Arruda, que é o Centro Administrativo do GDF - CA-GDF a ser construído entre Ceilândia, Taguatinga e Samambaia, por meio de Parceria Público-Privadas (PPS), que até agora não passa de uma ideia.

O CA-GDF reduz os custos da gestão da máquina do GDF em R$ 120 milhões por ano. Arruda tem dito que o crescimento econômico e social do DF está voltado para Ceilândia, Samambaia e Taguatinga. O GDF tem 15 mil servidores, dos quais 70% residem na região do CA-GDF. O sistema viário está caótico e parte da solução do problema passa pela inversão do fluxo de veículos. Brasília (Plano Piloto), capital do Brasil, deve ser preservada. As cidades-satélites precisam de geração de emprego e renda.


Clemilton Saraiva


Fonte: Jornal de Brasília de 22/05/09

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