terça-feira, 12 de maio de 2009

Falso médico atuava em posto de saúde

A foto que aparecia no crachá é de Egberto Alves dos Santos, de 45 anos, mas as informações não. O homem diz ter encontrado o crachá na rodoviária, e não pensou duas vezes. “Sempre tive desejo de ser médico, de ser alguém no meio da sociedade”, confessa.

“Um funcionário identificado com crachá e jaleco passa por nós com facilidade”, conta o vigilante do hospital Vanderlei Bento da Silva.

Egberto Alves dos Santos diz que tinha um jaleco de quando trabalhou no Hospital da Ceilândia (HRC) pela Fundação de Amparo ao Preso. Ele se passou por ginecologista e obstetra, mas negou que tenha atendido.

“Houve dois comentários de que duas mulheres tinham sido apalpadas por ele”, revela a chefe do Núcleo de Apoio Operacional do Centro de Saúde Nº 1 de Ceilândia, Chirlene do Amaral.

O falso médico foi descoberto por uma funcionária. Ela teve o celular roubado há 15 dias, depois que Egberto passou na sala dela. Nesta terça-feira, dia 12, quando ela o viu novamente dentro do hospital e perguntou pelo aparelho, Egberto tentou fugir, mas acabou preso por vigilantes e policiais militares.

“Vamos averiguar se existem ocorrências de furtos de pessoas que transitaram pelo hospital, e vamos submetê-lo a reconhecimento pra saber se ele já andou por lá em outras oportunidades”, diz o delegado Plácido Rocha Sobrinho.

Egberto vai responder por uso de documento falso e pode pegar até seis anos de prisão.



A equipe do DFTV passou pelas quatro portas do Hospital da Ceilândia, e nas quatro eles encontraram seguranças e algumas câmeras de vídeo que, segundo os funcionários, ainda estão sendo instaladas.

A Secretaria de Saúde informou que o ex-presidiário tentou entrar no Centro Obstétrico hoje, mas foi barrado. Disse que não houve falha e que o esquema de segurança do hospital já foi revisto no início do ano e não precisa de reforço.



Fonte: Rede Globo, Correio Braziliense, Band Cidade, Jornal Local e Rede Record

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