Preservação do cerrado. Esta é a base de todas as aulas da Escola Classe Córrego das Corujas, situada na área rural de Ceilândia. Para mostrar os trabalhos realizados ao longo do ano, os 57 alunos da escola organizaram a 5ª Feira Cultural da Escola Classe Córrego das Corujas (Feiccor). Em estandes, eles colocaram à exposição alimentos feitos com produtos do cerrado, sementes e frutas. Realizada todos os anos, a feira contou desta vez com uma novidade: a casa de tijolo construída pelos alunos onde funcionará o Museu Rural. Aproveitando a festa, pais, alunos e pessoas da comunidade comemoraram os 30 anos da escola com um grande almoço e uma apresentação das crianças com músicas de várias décadas.
Os alunos responsáveis pelos estandes sabiam de cor o conteúdo. Sem precisar consultar qualquer livro, listavam os ingredientes dos alimentos e lembravam o que foi ensinado em sala sobre a importância do cerrado. O aluno do 5º ano João Anderson Lucas da Silva, 11 anos, andava por toda a festa e explicava todas as produções expostas, desde a produção do tijolo do museu, até como havia sido feita a farinha de pequi. “Cortamos 10 cabeças de alho e colocamos para dorar. Depois, acrescentamos farinha e óleo de pequi”, disse, sem titubear. Todos os trabalhos foram supervisionados pelos professores.
Higuistoy Rodrigues Aguiar, 10 anos, colega de sala de João, é conhecido como o prefeito da escola. Com calça jeans e blusa social, disse ser o responsável pela construção do Museu Rural. O grupo do qual ele faz parte construiu os tijolos de barro e assistiu à pequena casinha ser erguida pelas mãos de profissionais. Estantes montadas e pintadas pelos alunos ocupavam o pequeno quadrado do museu. Ali, estão expostos lampiões, sementes e fotografias do cerrado. (1). Uma aluna recebia os adultos, tirava dúvidas e servia doces típicos do Centro-Oeste. “Aprendemos a fazer tudo na construção da casinha. Demorou dois meses, mas valeu a pena. A escola sempre faz este trabalho de conservação do meio ambiente, como cuidar do cerrado”, explicou o prefeito.
Na área de terra batida em frente à casa, funcionários do Zoológico de Brasília davam explicações sobre alguns animais empalhados expostos no local. A escola está localizada em meio ao cerrado, ao fim de uma estrada de terra, sem construções em volta. A atual diretora, Suélia Gomes Moura Lopes, deu continuidade ao trabalho de preservação do bioma idealizado pelo avô, criador da escola ainda na década de 1960. “Falamos de todos os biomas, mas principalmente sobre o cerrado. É o que temos em volta de nós”, disse, enquanto apontava para o horizonte. A escola funciona em horário integral: das 7h30 às 15h30. Os alunos chegam ao local, distante da cidade e das chácaras da região, em um ônibus cedido pela Secretaria de Educação.
Em uma das salas de aula estavam expostos deveres de português, matemática e artes plásticas sobre o cuidado com o cerrado. Eram gráficos, textos e quadros com material reciclado. Todos os trabalhos contavam com algum detalhe, como sementes do bioma, desenho dos alunos, ou fotos dos bastidores da produção das crianças. O aluno do 5º ano Evandro Gonçalves, 10 anos, passou parte do dia responsável pela sala. Mais uma vez, o conteúdo estava na ponta da língua. A professora Maria Veralice Barroso, 42 anos, olhava orgulhosa. “Tentamos aproximar o conteúdo com a vivência deles. Eles vão viver aqui, precisam saber preservar e valorizar a região”, explicou. Algumas aulas são ministradas nas chácaras dos alunos para que eles possam vivenciar, na prática, o conteúdo passado na teoria.
Fonte: Correio Braziliense
Os alunos responsáveis pelos estandes sabiam de cor o conteúdo. Sem precisar consultar qualquer livro, listavam os ingredientes dos alimentos e lembravam o que foi ensinado em sala sobre a importância do cerrado. O aluno do 5º ano João Anderson Lucas da Silva, 11 anos, andava por toda a festa e explicava todas as produções expostas, desde a produção do tijolo do museu, até como havia sido feita a farinha de pequi. “Cortamos 10 cabeças de alho e colocamos para dorar. Depois, acrescentamos farinha e óleo de pequi”, disse, sem titubear. Todos os trabalhos foram supervisionados pelos professores.
Higuistoy Rodrigues Aguiar, 10 anos, colega de sala de João, é conhecido como o prefeito da escola. Com calça jeans e blusa social, disse ser o responsável pela construção do Museu Rural. O grupo do qual ele faz parte construiu os tijolos de barro e assistiu à pequena casinha ser erguida pelas mãos de profissionais. Estantes montadas e pintadas pelos alunos ocupavam o pequeno quadrado do museu. Ali, estão expostos lampiões, sementes e fotografias do cerrado. (1). Uma aluna recebia os adultos, tirava dúvidas e servia doces típicos do Centro-Oeste. “Aprendemos a fazer tudo na construção da casinha. Demorou dois meses, mas valeu a pena. A escola sempre faz este trabalho de conservação do meio ambiente, como cuidar do cerrado”, explicou o prefeito.
Na área de terra batida em frente à casa, funcionários do Zoológico de Brasília davam explicações sobre alguns animais empalhados expostos no local. A escola está localizada em meio ao cerrado, ao fim de uma estrada de terra, sem construções em volta. A atual diretora, Suélia Gomes Moura Lopes, deu continuidade ao trabalho de preservação do bioma idealizado pelo avô, criador da escola ainda na década de 1960. “Falamos de todos os biomas, mas principalmente sobre o cerrado. É o que temos em volta de nós”, disse, enquanto apontava para o horizonte. A escola funciona em horário integral: das 7h30 às 15h30. Os alunos chegam ao local, distante da cidade e das chácaras da região, em um ônibus cedido pela Secretaria de Educação.
Em uma das salas de aula estavam expostos deveres de português, matemática e artes plásticas sobre o cuidado com o cerrado. Eram gráficos, textos e quadros com material reciclado. Todos os trabalhos contavam com algum detalhe, como sementes do bioma, desenho dos alunos, ou fotos dos bastidores da produção das crianças. O aluno do 5º ano Evandro Gonçalves, 10 anos, passou parte do dia responsável pela sala. Mais uma vez, o conteúdo estava na ponta da língua. A professora Maria Veralice Barroso, 42 anos, olhava orgulhosa. “Tentamos aproximar o conteúdo com a vivência deles. Eles vão viver aqui, precisam saber preservar e valorizar a região”, explicou. Algumas aulas são ministradas nas chácaras dos alunos para que eles possam vivenciar, na prática, o conteúdo passado na teoria.
Fonte: Correio Braziliense
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