sábado, 27 de fevereiro de 2010

Incêndio no Cave e empate

Dimba foi caçado em campo. Não satisfeito, Reinaldo Gueldini, ainda no primeiro tempo, sacou um defensor para colocar Adriano. Parecia que Adriano tinha uma missão muito clara e sob olhos complacentes do árbitro Rogério Bueno: caçar Dimba. Nas duas primeiras entradas, Adriano procurou intimidar o atacante do Ceilândia. O resultado não poderia ser outro: confusão, muita confusão.

Para o Botafogo era uma decisão. O clima dentro e fora de campo foi preparado com esse enfoque. Apesar disso o jogo começou ao sabor do Ceilândia. Congestionando a entrada da área logo no início da partida, o CEC impediu o Botafogo de tomar as rédeas do jogo e, melhor, tinha amplo espaço para contra-atacar. Num desses contra-ataques e logo aos 4 minutos, Dimba recebeu livre dentro da pequena área e só escorou para abrir o marcador.

O CEC manteve o domínio da partida até os 16 minutos, quando o Botafogo chegou pela primeira vez, com Carlos Alberto cobrando falta. Na verdade o Botafogo chegava apenas em decorrência das seguidas cobranças de faltas apitadas por Rogério Bueno. O problema é que Rogério Bueno não tinha um critério explícito: ao menor contato os jogadores do Botafogo se atiravam e a falta era apitada. O contrário nem sempre era verdade.

Sentindo que os ataques do Ceilândia eram perigosos, Reinaldo Gueldini colocou Adriano na defesa. Nas duas primeirase entradas Adriano foi claramente no calcanhar de Dimba. Na primeira o árbitro apitou a falta, na segunda não. Na sequencia do lance Dimba dava toda a pinta de que iria revidar. Por sorte chegou atrasado. O árbitro havia mudado o jogo. O Ceilândia era um time intranquilo.

Aos 23 o Botafogo por pouco empatou com Adriano. A bola bateu na trave e sobrou para Edinho. O cai-cai do Botafogo deu resultado aos 43. No mesmo lance dois jogadores se jogaram ao chão. Na área é penalti. Zé Carlos bateu mas Edinho defendeu. o CEC foi para o intervalo com a vantagem.

Veio o segundo tempo e o panorama não mudou. O Botafogo tinha a iniciativa da partida. Para azar do Ceilândia o xerife Panda saiu machucado logos aos 3 minutos. Aos 10 o Botafogo empatou com Alcione de cabeça. Após o gol o Ceilândia saiu um pouco mais. Sob esse aspecto a arbitragem até que beneficiou o Gato. O Botafogo chegava na área do CEC apenas nas bolas paradas, enquanto que o Gato tinha o contra-ataque. Tudo parecia melhorar quando Thompson foi expulso após matar um contra-ataque do Ceilândia. A vantagem foi perdida logo em seguida quando Dimba foi expulso após reclamar da não marcação de uma falta que em lances idênticos tantas vezes foi marcada a favor do Botafogo.

Apesar dos problemas o CEC poderia ter vencido a partida. As chances mais claras estiveram nos pés de Tezelli, Allan Delon e de Deivi. No final da partida os jogadores do Botafogo partiram para cima do árbitro. Cobravam dele o cumprimento de uma expectativa que ele, o árbitro, havia gerado com a sua arbitragem equivocada, a expectativa de que na dúvida o Botafogo seria beneficiado. Do outro lado do campo, o corre-corre. Torcedores do Botafogo subiram no alambrado e no muro. Foi necessário segurar os que estavam com os ânimos mais exaltados. É uma pena.



Final: Botafogo-DF 1 x 1 Ceilândia


Fonte: Ceilândia Esporte Clube, Futebol Interior e Correio Braziliense

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