domingo, 7 de fevereiro de 2010

Ceilândia perde, não vencendo mais uma em casa

Já é a segunda derrota jogando no estádio Abadião. O time deveria consquistar, no mínimo, 12 pontos no 1º turno; conseguiu apenas 11.



O Ceilândia experimentou do seu próprio veneno. Por diversas vezes, neste campeonato, o CEC viu o adversário ter o controle da partida, mas foi eficiente e colecionou resultados importantes. Hoje, no Abadião, o Ceilândia mostrou o que já se acreditava: o time de melhor defesa da competição, o Ceilândia, teria dificuldades ao mudar o seu ritmo de jogo contra um time que marcasse no próprio campo. O jogo mostrou que a ansiedade trairia o Ceilândia, acostumado a esperar o adversario e contra-atacar.

Não há motivos para euforia, porque o time dominou o jogo inteiro, nem para tristeza até porque o time mostrou qualidades para estar entre os quatro e contará com o retorno de peças importantes no returno.

Antes do jogo começar Manoel Ferreira e Renilton, o Bodão, conversam animadamente. Falavam do passado e de seus tempos de Gama e Ceilândia. Bodão formou no primeiro time do Ceilândia, em 1980. Ao falarem do futebol moderno discutiam a dificuldade em encontrar armadores ou mesmo volantes com o toque refinado de Manoel Ferreira.

Quando Ceilândia e Brasilia começaram a partida tudo isso pode ser constatado em campo. O Ceilandia assumiu o controle da partida, mas era um domínio estéril, incapaz de produzir resultados. No primeiro ataque do Brasília, aos 11, Gauchinho aproveitou um cochilo que a defesa do CEC não tinha apresentado até agora e marcou o único gol da partida.

O Ceilândia partiu então para o abafa, mas dependia de Dimba até para armar as jogadas. Dimba retornava, fazia a tabela e a bola chegava ao ataque, mais precisamente para Cafu. Na essência, Cafu apareceu bem para a torcida, mas era incapaz de ser produtivo seja por limitações suas, seja porque o time do Ceilândia era incapaz de chegar com mais de três jogadores ao ataque.

No segundo tempo o Ceilândia manteve o domínio. Até teve três oportunidades de empatar: duas com Dimba e uma com Mica, mas foi o Brasília que assustou com uma bola no travessão.

Adelson até tentou mudar o panorama tático do jogo tirando Vieira e Cafu, mas o time piorou. Daniel e Tezelli passaram a ficar muito atrás e abriu um espaço enorme no meio de campo. Adelson tirou o apagado Tezelli para colocar Cassius, melhorou, mas não funcionou.

Com o resultado o CEC foi ultrapassado pelo Brasília na classificação geral, mas se mantem entre os quatro ao final do primeiro turno. No final das contas o resultado é positivo, mas o time precisa mostrar que sabe jogar de outras maneiras, afinal, no segundo turno, todo mundo já saberá como que os outros jogam.



Final: Ceilândia 0 x 1 Brasília


Fonte: Ceilândia Esporte Clube e Esporte Candango

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