segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Opinião: Pensando no amanhã

Não importando quem seja o campeão, Ceilandense e Botafogo-DF cumpriram com êxito suas campanhas e merecem subir para a primeira divisão. Se verdade que a Ceilandense empatou com o Unaí, em Minas, o empate não desmerece o trabalho que realizou. Disse aqui, há semanas, que jogando em Unaí, também o Botafogo de Túlio Maravilha correria perigo. A tabela, convenhamos, foi generosa para o alvinegro.

Numa entrevista concedida ao repórter Vidigal Barbosa (Rádio Redentor) pelo entusiasmado e dinâmico presidente do alvinegro do Distrito Federal, Walter Teodoro, apraz-me vê-lo declarar que, financeiramente, o clube está plenamente em ordem, não deve nada a ninguém e que tem plena consciência de que, doravante o trabalho será maior e mais árduo; e financeiramente, mais pesado também. Primeira divisão é outra história. Ele sabe que cumpriu apenas a primeira etapa do trabalho. Sabe que na nova etapa, pegar um Brasiliense pela proa será uma tarefa bem mais complicada daquela que assistiu o seu clube superar até agora.

Preocupa-me, porém, a situação da Ceilandense. Claro que são situações diferentes. O Botafogo, a meu ver está mais ou menos na linha do extinto Ceub Esporte Clube e, mais para cá, do Brasiliense - tem recursos próprios. Na Ceilandense, a começar pelo elenco, já antevejo problemas. Claro que, de fora, desconheço maiores detalhes sobre a vida financeira do clube. De repente, existem aspectos positivos que desconheço. Mas considerado o fato de que entrou na competição com cerca de 5 ou 6 jogadores emprestados pelo Gama - e um ou outro do Brasília Esporte Clube-, não sei o que sua diretoria fará para manter as condições atuais e realizar uma campanha à altura dessa que cumpre na Segundona.

O problema da maioria dos times do Distrito Federal sempre foi o amanhã, o difícil "The Day Aftter". Foi assim com o Brasília, Taguatinga, Sobradinho, Guará, etc. Nos últimos anos, convenhamos que foram poucas as exceções. Temos o Brasiliense à frente. No mais, o Gama (até 2 anos) e o Ceilândia (enquanto teve á frente o combatido presidente Sergio Lisboa - o Serjão).

Pelo menos até aqui, o Botafogo-DF impressionou-me pela liquidez das suas contas, pelo bom elenco que montou (com Túlio Maravilha à frente) e pelas pretensões expostas, mas com os pés no chão. Com relação à Ceilandense , não sei o que a sua diretoria tem na cartola para 2010. Mas receio que realmente não tenha como cumprir metade do que conseguiu nesta Segundona.



Fonte: blog Crocodilo, BloGama e Tribuna do Brasil

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