O Rio está em festa. E Brasília também. O anúncio do Comitê Olímpico Internacional (COI), na última sexta-feira, confirmando que a cidade do Rio de Janeiro venceu as gigantes Madri, na Espanha, e Chicago, nos Estados Unidos, nos encheu de orgulho. Em 2016, pela primeira vez, vamos sediar os Jogos Olímpicos e poderemos mostrar ao mundo que o nosso país é capaz.
Mas o sonho olímpico é antigo. Começou lá atrás, em 1990, quando sugeri ao então presidente da República, Fernando Collor, que nos debruçássemos sobre o projeto de trazer as olimpíadas de 2000 para a capital federal. Ele, prontamente, topou o desafio e deu-se início, então, a uma verdadeira saga rumo a Brasília Olímpica.
Sensibilizamos a iniciativa privada, os governos local e federal, os representantes esportivos, como o próprio presidente do COI, Juan Antonio Samaranch, o então presidente da Fifa, João Havelange, e o presidente da Confederação Brasileira de Vôlei, Carlos Arthur Nuzman. Ganhamos o apoio da população e avançamos no projeto.
E para elaborar cada detalhe do projeto a ser aprovado pelo Comitê Olímpico Brasileiro, contamos ainda com a ajuda do presidente do Comitê Organizador de Atlanta, William Porter Payne, que organizava, em 1991, as olimpíadas que aconteceriam em 1996. Me impressionou o engajamento da comunidade com o evento, pois havia 20 mil voluntários envolvidos com as Olimpíadas.
Depois de muito trabalho, ainda em 1991, vencemos a primeira batalha. Poderíamos levar, oficialmente, nossa candidatura para o mundo. Mas, como sabemos, a vitória não foi completa. Muitos não compreenderam meu empenho e minha vontade de trazer um evento deste porte para uma cidade que tinha apenas 30 anos de existência.
Os Jogos Olímpicos trariam prosperidade para o Brasil, sem falar no grande volume de investimento em infraestrutura, que ficaria de legado para toda a comunidade local. Brasília seria o assunto principal durante um mês nos quatro cantos do mundo e todos poderiam conhecer um pouco mais da história da cidade que foi erguida em mil dias no meio do Planalto Central, onde só havia cerrado.
Outro forte argumento a favor do projeto era a possibilidade de desenvolver a economia não só de Brasília, mas também do Brasil. O turismo, que hoje é uma das atividades mais rentáveis do planeta, era o ponto principal do nosso projeto, pois receberíamos 45 milhões de turistas no ano dos jogos. O comércio, os produtos e serviços do Distrito Federal passariam por ampla reforma e seguiriam o padrão de qualidade dos países de primeiro mundo. O ganho seria inevitável. E imagine se cada turista gastasse U$S 1 mil na viagem, o que isso não significaria em um ano.
Uma pesquisa recente do Sebrae mostra que apenas 7% dos brasileiros conhecem Brasília. Este dado sofreria uma drástica mudança, caso o espetáculo fosse realizado aqui no ano 2000. No Rio de Janeiro, a realidade é um pouco diferente. O mundo conhece suas belezas naturais, o samba, o carnaval, mas a partir de 2016, saberá que todo o país tem essas mesmas qualidades. Mas o melhor é que o planeta conhecerá também todo o potencial dos nossos quase 200 milhões de habitantes.
O coração de todos nós bateu mais forte nesta sexta-feira. Primeiro, porque fomos reconhecidos internacionalmente, segundo porque teremos a possibilidade de receber o maior evento esportivo e, por último, porque esperávamos por isso há muito tempo.
Não importa que Brasília não tenha vencido a disputa em 2000. O importante é que lançamos a semente olímpica lá atrás, e que o nosso país estará bem representado por cada brasiliense e por cada brasileiro que gritará forte: “É do Brasil!”.
Paulo Octávio
Veja o vídeo: CorreioWeb / Tv Brasília
Fonte: Tribuna do Brasil e Jornal Local
Mas o sonho olímpico é antigo. Começou lá atrás, em 1990, quando sugeri ao então presidente da República, Fernando Collor, que nos debruçássemos sobre o projeto de trazer as olimpíadas de 2000 para a capital federal. Ele, prontamente, topou o desafio e deu-se início, então, a uma verdadeira saga rumo a Brasília Olímpica.
Sensibilizamos a iniciativa privada, os governos local e federal, os representantes esportivos, como o próprio presidente do COI, Juan Antonio Samaranch, o então presidente da Fifa, João Havelange, e o presidente da Confederação Brasileira de Vôlei, Carlos Arthur Nuzman. Ganhamos o apoio da população e avançamos no projeto.
E para elaborar cada detalhe do projeto a ser aprovado pelo Comitê Olímpico Brasileiro, contamos ainda com a ajuda do presidente do Comitê Organizador de Atlanta, William Porter Payne, que organizava, em 1991, as olimpíadas que aconteceriam em 1996. Me impressionou o engajamento da comunidade com o evento, pois havia 20 mil voluntários envolvidos com as Olimpíadas.
Depois de muito trabalho, ainda em 1991, vencemos a primeira batalha. Poderíamos levar, oficialmente, nossa candidatura para o mundo. Mas, como sabemos, a vitória não foi completa. Muitos não compreenderam meu empenho e minha vontade de trazer um evento deste porte para uma cidade que tinha apenas 30 anos de existência.
Os Jogos Olímpicos trariam prosperidade para o Brasil, sem falar no grande volume de investimento em infraestrutura, que ficaria de legado para toda a comunidade local. Brasília seria o assunto principal durante um mês nos quatro cantos do mundo e todos poderiam conhecer um pouco mais da história da cidade que foi erguida em mil dias no meio do Planalto Central, onde só havia cerrado.
Outro forte argumento a favor do projeto era a possibilidade de desenvolver a economia não só de Brasília, mas também do Brasil. O turismo, que hoje é uma das atividades mais rentáveis do planeta, era o ponto principal do nosso projeto, pois receberíamos 45 milhões de turistas no ano dos jogos. O comércio, os produtos e serviços do Distrito Federal passariam por ampla reforma e seguiriam o padrão de qualidade dos países de primeiro mundo. O ganho seria inevitável. E imagine se cada turista gastasse U$S 1 mil na viagem, o que isso não significaria em um ano.
Uma pesquisa recente do Sebrae mostra que apenas 7% dos brasileiros conhecem Brasília. Este dado sofreria uma drástica mudança, caso o espetáculo fosse realizado aqui no ano 2000. No Rio de Janeiro, a realidade é um pouco diferente. O mundo conhece suas belezas naturais, o samba, o carnaval, mas a partir de 2016, saberá que todo o país tem essas mesmas qualidades. Mas o melhor é que o planeta conhecerá também todo o potencial dos nossos quase 200 milhões de habitantes.
O coração de todos nós bateu mais forte nesta sexta-feira. Primeiro, porque fomos reconhecidos internacionalmente, segundo porque teremos a possibilidade de receber o maior evento esportivo e, por último, porque esperávamos por isso há muito tempo.
Não importa que Brasília não tenha vencido a disputa em 2000. O importante é que lançamos a semente olímpica lá atrás, e que o nosso país estará bem representado por cada brasiliense e por cada brasileiro que gritará forte: “É do Brasil!”.
Paulo Octávio
Veja o vídeo: CorreioWeb / Tv Brasília
Fonte: Tribuna do Brasil e Jornal Local
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