domingo, 30 de maio de 2010

O que não gostaríamos de ver na escola

Uma brincadeira de mau gosto e perigosa no Centro de Ensino Fundamental 15, no Setor O. O professor José Ulisses havia interrompido a aula para levar dois alunos que corriam dentro da sala para a direção, quando ele voltou, pegou a garrafa de água que tinha ficado em cima da mesa e deu um gole. “Quando bebi, senti o mau gosto na água e quando eu abri a garrafa, garrafa branca, eu não vi, estava aquela água toda branca”, explicou o professor.

O que estava na água era corretivo líquido, popularmente conhecido com liquid paper. José Ulisses ficou nervoso e começou a passar mal. Ele é hipertenso e diabético - a pressão chegou a 17x10 e o nível de glicose ficou quase três vezes acima do limite. “O médico falou que poderia ter afetado o meu rim e dado uma parada cardíaca”, relatou.

O professor registrou ocorrência na 14ª DP, em Ceilândia. A garrafa está no Instituto Médico Legal, onde vai passar por perícia e o responsável já foi identificado. Ele tem 16 anos e foi levado para a Delegacia da Criança e do Adolescente, mas, como a Polícia Civil está em greve, o jovem ainda não foi ouvido.

O caso ocorreu na mesma escola em que uma professora foi agredida em outubro do ano passado. Ela entregava os resultados do bimestre e um aluno não gostou da nota que recebeu. O menino, de 14 anos, a atingiu com uma cadeira. Foram dois golpes, no rosto e no braço. A diretora do Sindicato dos Professores, Rosilene Correa, aconselha que toda violência seja denunciada.

“Por mais que tenha sido um adolescente que tenha feito isso, mas ele tem condições de medir essas consequências. E é preciso então que denuncie, que faça o registro, sim, a ocorrência, para que providências sejam tomadas. Lembrando sempre: temos que também pensar no aluno, é preciso que a gente entenda essa ação violenta como um todo”, afirmou a diretora do Sinpro.

A subsecretária para educação integral, Ivana Santana, diz que quer conversar com o professor e garante que o governo trabalha para estabelecer a paz nas escolas. “São ações que não devem ser pontuais, né? Mas são ações que devem ser contínuas, permanentes nas nossas escolas. E essa integração das ações da escola com outras instituições, com a Polícia Civil, com a Polícia Militar, com a Secretaria de Justiça, com outros programas que o próprio governo tem. Isso também é uma ação fundamental pra que a gente consiga estabelecer essa cultura de paz, dentro de uma cultura pacífica nas nossas escolas”, explicou.

O professor José Ulisses recebeu dois dias de atestado médico. Ele disse que não quer voltar a dar aulas na escola onde aconteceu a violência.





Bullying contra adolescente

Jovem de 12 anos diz que há meses é xingada por colegas de escola, que teriam inclusive jogado lixo na cabeça dela. Por conta das agressões, ela ficou doente e abandonou a escola.

O delegado do P Norte ouviu na última quinta-feira, dia 27, o depoimento da estudante de 12 anos que afirma ser vítima de bullying - que é perseguição por parte dos colegas do Centro de Ensino Fundamental 24, da QNQ.

A menina disse que era xingada há meses por três alunos, que teriam também virado um saco de lixo na cabeça da estudante. Ela ficou doente por causa das agressões e abandonou o colégio. A mãe e testemunhas também foram ouvidas hoje.

Agora, o delegado do P Norte disse que os meninos serão identificados e levados para a Delegacia da Criança para responder por difamação e injúria.



Fonte: Rede Globo aqui, aqui e aqui

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