Na QNN 9 em Celiândia, um problema se arrasta há anos: os moradores reclamam de um bar e contam que, à noite, a rua fica tomada por centenas de pessoas. Para evitar que os carros fechem as garagens, foram improvisadas barreiras com tocos em alguns locais. Mas, agora, são os motociclistas que estacionam na área.
Com o barulho, quem mora próximo tem dificuldade para dormir, como a filha de um morador que não quer ser identificado. “Ela só dorme depois da meia-noite, uma hora da manha, quando ela está exausta de tanto barulho que, às vezes, começa às dez horas da manhã, meio-dia e se alastra até a madrugada. A gente é obrigado a ouvir porque a gente mora no local e não tem outro lugar para ir”, denuncia.
Os moradores têm medo de se identificar porque dizem que o local é ponto de venda e consumo de drogas. “As pessoas estão fazendo o uso drogas em qualquer local, indiscriminadamente. Como temos filhos, as crianças começam a observar e acham que isso é normal e podem fazer. Isso me incomoda muito. Usam a frente do lote como banheiro, a gente pede para sair e eles ficam agressivos e falam que ali é dos malandros e que eles que tomam conta”, relata o morador.
Um homem que vive na região reclama da falta de segurança. Ele diz que chegou a ter a casa depredada pelos frequentadores do bar. “Tentei fazer um abaixo-assinado com a vizinhança. Eles, com medo, não quiseram assinar. Não sei como isso foi parar no ouvido das pessoas lá e jogaram pedra na minha casa, quebraram telhas. Isso é muito constrangedor”, reclama.
Em 2009, três pessoas morreram no local após uma briga. Os moradores dizem que reclamam do bar desde 2007, quando ele foi aberto. Mas, mesmo assim, o estabelecimento conseguiu um alvará de funcionamento. Os vizinhos dizem que não foram consultados.
O administrador de Ceilândia, Ari de Almeida, promete analisar a situação. “Estamos fazendo todos os levantamentos, inclusive de como esta cervejaria conseguiu as autorizações de funcionamento, estamos vendo se está no modelo legal que deve ser. Automaticamente, já informamos a situação aos órgãos competentes que, esta semana, vão avaliar a situação desta cervejaria”, informa o administrador.
Desentendimentos parecidos acontecem em todo o DF. Quando o diálogo acaba, a situação, muitas vezes, vai parar na Justiça. Lá existe um serviço de conciliação. O coordenador substituto de Juizados Especiais do TJDFT, André Boratto, conta que quatro em cada dez casos acabam com um acordo entre as partes.
“Não adianta a Justiça determinar quem está certo ou quem está errado, sendo que amanhã, quando eles entrarem no elevador, um vai olhar para o outro e vai sentir raiva. Aí, fatalmente, eles vão arrumar outra briga depois. Então, se você fizer com que eles consigam se comunicar, você vai gerar a humanidade e a cidadania”, afirma André Boratto.
A dona do bar alvo das reclamações não quis gravar entrevista, mas disse que trabalha em um estabelecimento regular. Quem tem um problema parecido pode procurar o setor de conciliação do fórum mais próximo.
Fonte: Rede Globo
Com o barulho, quem mora próximo tem dificuldade para dormir, como a filha de um morador que não quer ser identificado. “Ela só dorme depois da meia-noite, uma hora da manha, quando ela está exausta de tanto barulho que, às vezes, começa às dez horas da manhã, meio-dia e se alastra até a madrugada. A gente é obrigado a ouvir porque a gente mora no local e não tem outro lugar para ir”, denuncia.
Os moradores têm medo de se identificar porque dizem que o local é ponto de venda e consumo de drogas. “As pessoas estão fazendo o uso drogas em qualquer local, indiscriminadamente. Como temos filhos, as crianças começam a observar e acham que isso é normal e podem fazer. Isso me incomoda muito. Usam a frente do lote como banheiro, a gente pede para sair e eles ficam agressivos e falam que ali é dos malandros e que eles que tomam conta”, relata o morador.
Um homem que vive na região reclama da falta de segurança. Ele diz que chegou a ter a casa depredada pelos frequentadores do bar. “Tentei fazer um abaixo-assinado com a vizinhança. Eles, com medo, não quiseram assinar. Não sei como isso foi parar no ouvido das pessoas lá e jogaram pedra na minha casa, quebraram telhas. Isso é muito constrangedor”, reclama.
Em 2009, três pessoas morreram no local após uma briga. Os moradores dizem que reclamam do bar desde 2007, quando ele foi aberto. Mas, mesmo assim, o estabelecimento conseguiu um alvará de funcionamento. Os vizinhos dizem que não foram consultados.
O administrador de Ceilândia, Ari de Almeida, promete analisar a situação. “Estamos fazendo todos os levantamentos, inclusive de como esta cervejaria conseguiu as autorizações de funcionamento, estamos vendo se está no modelo legal que deve ser. Automaticamente, já informamos a situação aos órgãos competentes que, esta semana, vão avaliar a situação desta cervejaria”, informa o administrador.
Desentendimentos parecidos acontecem em todo o DF. Quando o diálogo acaba, a situação, muitas vezes, vai parar na Justiça. Lá existe um serviço de conciliação. O coordenador substituto de Juizados Especiais do TJDFT, André Boratto, conta que quatro em cada dez casos acabam com um acordo entre as partes.
“Não adianta a Justiça determinar quem está certo ou quem está errado, sendo que amanhã, quando eles entrarem no elevador, um vai olhar para o outro e vai sentir raiva. Aí, fatalmente, eles vão arrumar outra briga depois. Então, se você fizer com que eles consigam se comunicar, você vai gerar a humanidade e a cidadania”, afirma André Boratto.
A dona do bar alvo das reclamações não quis gravar entrevista, mas disse que trabalha em um estabelecimento regular. Quem tem um problema parecido pode procurar o setor de conciliação do fórum mais próximo.
Fonte: Rede Globo
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