sábado, 21 de novembro de 2009

Natal promissor

A preparação para o Natal já começou na Feira Central de Ceilândia. Os feirantes e vendedores se preparam para as promoções, novidades e um aumento considerável de visitantes. Segundo o presidente da Associação da Feira Permanente (como também é conhecida), Francisco Nogueira, 61 anos — o França —, em dezembro, cerca de 15 mil pessoas devem visitar o local por fim de semana. Em períodos normais, esse número é de 12 mil.

Embora o foco seja dezembro, a rotina da feira começou a mudar no início deste mês. Anteriormente em funcionamento das quartas-feiras aos domingos, nesse período as lojas abrirão as portas todos os dias. A mudança poderá render um lucro maior aos feirantes — em alguns casos, o rendimento mensal de R$ 10 mil pode chegar a R$ 30 mil. A feirante Nilda Vieira, 33, conta que, no mês do Natal, consegue aumentar seu ganho em até 300%. “Ano passado tivemos um aumento muito bom nas vendas nesse período. Pelo movimento que estou vendo já neste mês (novembro), acredito que o saldo positivo será equivalente ou ainda melhor”, diz, entusiasmada.

Mas para chegar a tal patamar é preciso investir e conquistar o cliente. Nilda tem uma banca de vestidos com diversos modelos. Capricha no preço e no fim do ano sempre reserva uma surpresa para as mulheres que querem uma roupa nova para a comemoração natalina. “Já comprei alguns vestidos mais sofisticados e vou colocá-los à venda no primeiro dia de dezembro”, avisa, lembrando: “Sempre há uma procura de algo especial para as festas de fim de ano”.

Já o proprietário do box 195/196, Luciano Cléber da Silva, 32, vai aproveitar as vantagens que só as feiras livres podem oferecer aos consumidores. “Vou negociar, fazer desconto, dependendo da quantidade da compra. Aqui a gente também divide. Só na feira, as pessoas podem encontrar as possibilidades de negociar o preço”, ressalta.

As placas espalhadas pela feira já mostram as tabelas diferenciadas. Números grandes estampados em cartolinas ou em papel branco pendurado nas roupas anunciam: blusas por R$ 5, shorts por R$ 10. É possível encontrar ainda calças jeans por R$ 50. Quem imagina que por esse preço só dá para comprar tecidos de má qualidade se engana. O material tem boa textura e está sincronizado com as tendências atuais. É possível fazer combinações interessantes e sair de lá preparado para as comemorações.

A loja de Nilda vende vestidos de todos os modelos. Os figurinos variam — com manga, tomara que caia ou mula manca, de um só ombro — e podem ser de viscolycra ou liganete, um tecido mais mole, materiais utilizados na confecção de diversas marcas. “A maioria dos vestidos da loja está na faixa de R$ 27. Já vi alguns em lojas fora da feira, bem parecidos com os meus, que custam R$ 80”, compara a feirante.



Fonte: Correio Braziliense

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