domingo, 8 de novembro de 2009

Escola continua sendo destaque

Tolerância zero para o vandalismo no Centro de Ensino Médio 2, em Ceilândia. Com 1.800 alunos do primeiro, segundo e terceiro ano do ensino médio e a classe aceleração, a escola é referência no quesito conservação. Lá, os estudantes dão exemplo. Antônio Wilson Venâncio, diretor da instituição de ensino, diz que para mudar a escola é preciso, primeiramente, mudar a cabeça do aluno. Para isso, é feito um trabalho de conscientização com os estudantes.

Há 10 anos na direção do educandário, Antônio Wilson conta que diariamente, em todos os turnos, é verificado se há alguma pichação ou carteira ou cadeira quebrada. “Quando aparece, é localizado o responsável. A partir daí fazemos uma negociação para que ele mesmo limpe o que fez, para que os alunos do próximo turno não vejam. Se não der tempo de apagar, a sala fica fechada até que seja limpo. Quando localizamos alguma carteira ou cadeira quebrada, o conserto é feito na própria escola, com a ajuda dos alunos”, comentou.

O diretor especifica que os estudantes são responsáveis por várias atividades no educandário, como o projeto de jardinagem. “Se eles limpam, não vão destruir”, ressalta. “Se quebrarmos alguma coisa, sabemos que nós é que vamos ficar prejudicados”, diz uma estudante.

Para Atílio Mazzoleni, chefe da Assessoria Especial para Políticas de Promoção à Cidadania, da Secretaria de Educação, não adianta criar regras e proibições, os estudantes têm que aprender a gostar da escola. Segundo ele, uma das alternativas para evitar a depredação nas instituições de ensino é a realização de programas de conscientização, o incentivo a cultura da arte e o aumento da formação de grêmios estudantis.

Atualmente, a secretaria tem mais de 100 programas de teatro, música e dança, além da parceria com a Secretaria de Esportes para distribuição de kits esportivos para as escolas que formarem o Conselho de Segurança Escolar. “Existem apenas 35 grêmios na rede de escolas públicas do DF, quando esse número poderia ser de 228”, exemplifica.

Mazzoleni especifica que quando os alunos trabalham em programas nas escolas eles se mantêm voltados para a cobrança do Estado, e não para a destruir dos bens escolares. No depósito da Secretaria de Educação estão 20 mil carteiras quebradas, a maior parte delas destruída pelos próprios estudantes. O governo perde anualmente cerca de R$ 13 milhões com a destruição de bens escolares.



Fonte: Tribuna do Brasil

Nenhum comentário: