segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Links da notícia - Sobre as denúncias contra últimos governos do DF e suas bases aliadas

Ceilândia.com - aqui e aqui

Correio Braziliense - aqui, aqui e blog do CB

Rede Globo - aqui

IG - Tv IG

Jornal Local - CorreioWeb / Tv Brasília

Estudante destaque

Com uma redação crítica sobre problemas de estrutura de Brasília, Wesley Coelho da Silva, 13 anos, aluno do Centro Educacional 11 de Ceilândia, ficou em 1º lugar na categoria 7ª série do concurso Leio e Escrevo meu Futuro, promovido pelo Correio Braziliense em parceria com a Secretaria de Educação.

Cerca de 62 mil alunos das 14 regionais de ensino escreveram redações sobre temas ligados a Brasília. Os autores dos melhores textos ganharão computadores, celulares, máquinas fotográficas e outros produtos, no total de 1.008 prêmios.

O concurso cultural contemplou as 240 melhores redações de cada série — alunos de 5ª a 8ª série puderam participar. Professores, diretores de escolas, de regionais de ensino e supervisores que se destacaram também serão presenteados. A seleção, realizada pelo Instituto Quadrix, aconteceu em outubro nas 192 escolas participantes.

Os alunos se prepararam para a prova com a leitura de exemplares do Correio, que chegam diariamente às escolas públicas do DF. A partir das reportagens, eles colheram informações sobre a cidade e puderam ter material para a dissertação. O primeiro lugar de cada série ganhará uma bolsa completa no curso de inglês da Wizard, além de notebook e assinatura do Correio. Entre os prêmios, estão celulares iPhone Vivo 3G 8GB e produtos da rede Ricardo Eletro.



Fonte: Correio Braziliense de 29/11/09 e Ceilândia.com

Cruzeiro 50

O melhor do Cruzeiro se revela nas pequenas coisas. Nas conversas com os vizinhos a caminho da padaria, no jogo de dominó nos bancos da praça, no companheirismo das pessoas. “Aqui, o povo se ajuda. Dia desses, esqueci minha carteira em um quiosque e um rapaz que nem me conhece veio correndo atrás de mim. Fiquei emocionado”, conta o servidor aposentado do Ministério da Saúde Armando Antunes, 72 anos, um dos milhares de cariocas transferidos na marra para o Planalto Central no início dos anos 60. Como a maioria, ele não gostou nada do que viu quando chegou, mas acabou criando raízes e transformou a cidade naquilo que sonhava. Hoje, “seu” Armando e outros 44 mil brasilienses dão parabéns ao Cruzeiro. Lá se vão 50 anos desde que as primeiras casinhas geminadas em uma rua de terra foram ocupadas por famílias recém-chegadas do moderno e consolidado Rio de Janeiro. E hoje é dia de apagar as velinhas, a partir das 10h, em frente ao ginásio de esportes da cidade.

Os atualmente orgulhosos moradores de um local bem localizado, valorizado e com baixos índices de criminalidade já tiveram medo do que os esperava. “Imagina você sair de uma cidade como o Rio de Janeiro e vir morar no meio do mato, vendo aquela poeira vermelha. Deu um desânimo quando eu vi!”, lembra a aposentada Ivone de Araújo Eduardo, 78, que ganhou dos demais pioneiros o título de primeira moradora do Cruzeiro. “Eu cheguei em 30 de março de 1959. Tinha 27 anos na época. Meu marido, funcionário do Ministério da Fazenda, havia sido transferido, e eu, que trabalhava no INSS, também tive que vir . Trouxemos nossa filha de cinco anos”, conta ela. “Quando conhecemos nossa casa (na Quadra 4, onde vive até hoje), não tinha ninguém ainda. Era desolador. E eu recebi as chaves da casa para mostrar a quem chegava. Em uns dois meses já tinha 10 mil pessoas aqui”.

As casas eram todas iguais nas primeiras ruas. Logo de início, os cariocas compararam o cenário com cemitérios de Rio de Janeiro, em especial o do Caju, e nasceu o primeiro apelido da cidade ainda sem nome: Cemitério. Com o tempo, um grupo de aves que sobrevoavam diariamente a entrada do local, onde hoje fica a 3ª Delegacia de Polícia, garantiu um nome mais simpático para o local — Gavião, animal que também virou símbolo da escola de samba mais tradicional do DF. O nome definitivo da cidade seria inspirado na praça onde havia sido celebrada a Primeira Missa — a Praça do Cruzeiro.

Dona Ivone, que nunca abandonou o posto de enfermeira do INSS, se aposentou há 10 anos. Viu as quadras serem construídas, os serviços públicos serem instalados e a cidade se consolidar. Ama o Cruzeiro, mas aproveita para pedir a ação do governo na cidade. “Está muito feio. O mato está tomando conta, as praças estão abandonadas. Espero que essa data sirva para nos ajudar, já que Brasília está sendo toda reformada”, reclama ela, que se emociona com a história do lugar. “Eu vi o sonho de Brasília ser construído. Vi as cidades crescendo: o Cruzeiro, o Plano Piloto, o Núcleo Bandeirante… Eu vi muita coisa. Acho que isso é importante né?” Certamente.



Fonte: Correio Braziliense

domingo, 29 de novembro de 2009

Governador e vice se defendem

Segue abaixo a nota divulgada pelos dois políticos:



Ainda perplexos pelo ato de torpe vilania de que fomos vítimas por parte de alguém que, até recentemente, se mostrava um colaborador, vimos externar à população do Distrito Federal nossa indignação pela trama de que estamos sendo vítimas, engendrada por adversários políticos, valendo-se de pessoa que, à busca das benesses da delação premiada, por atos que praticou nos 8 anos do Governo anterior, urdiu, de forma capciosa e premeditada, versão mentirosa dos fatos para tentar manchar o trabalho sério e bem sucedido que tem sido feito pela nossa Administração.

Queremos dizer que estamos tranqüilos, porque sabemos de nossa inocência, e confiamos no sereno e isento trabalho da Justiça de nosso País, onde a verdade sempre acaba se afirmando.

Repelimos os açodados juízos que, muito mais que atingir o princípio constitucional da presunção de inocência, colocam em risco a soberania da verdade democrática.



Fonte: ClicaBrasília e Correio Braziliense aqui e aqui

sábado, 28 de novembro de 2009

Pode existir mais envolvidos

O ex-secretário de Relações Institucionais do Distrito Federal Durval Barbosa diz que decidiu delatar à Polícia Federal o esquema de corrupção envolvendo a cúpula do governo José Roberto Arruda (DEM) após se sentir perseguido pelo governador, em operação que, segundo ele, estava sendo orquestrada em conjunto com o presidente do jornal Correio Braziliense, Álvaro Teixeira da Costa.

A justificativa aparece nos autos do Inquérito 605, que corre no Superior Tribunal de Justiça (STJ), no qual Durval colaborou com as investigações, no intuito de reduzir sua pena. No documento, Durval alega que, em acordo com Arruda, o presidente do Correio Braziliense se uniu ao governador com o objetivo de mover uma “campanha difamatória” contra ele. Trata-se do mais importante jornal da capital federal e um dos principais veículos do grupo Diários Associados.

Segundo Durval, um amigo em comum entre ele e uma jornalista do Correio Braziliense foi a fonte da informação quanto à decisão de mover a tal "campanha difamatória" contra o ex-secretário. Ele conta que, ao tomar conhecimento do assunto, procurou o governador Arruda na casa de transição do governo, na QI 5 do Lago Sul. Na ocasião, sempre conforme o relato de Durval, Arruda se comprometeu a poupá-lo.

Mas o ex-secretário acrescenta que, ainda assim, Arruda pediu empenho de alguns membros do Ministério Público para desmoralizá-lo. E, em seguida, pediu o auxílio de membros do Tribunal de Contas do Distrito Federal para apurar todas ações e projetos feitos por Durval durante sua gestão na Companhia de Desenvolvimento do Planalto (Codeplan), autarquia que o ex-secretário de Relações Institucionais comandou durante o governo Joaquim Roriz.

Segundo Durval, Arruda começou a persegui-lo desde o fim das eleições de 2006, após eleger-se governador, com a finalidade de se livrar do compromisso de preservar seu ex-secretário. No caso da "campanha difamatória", Durval afirma que a intenção era minimizar a importância dele na campanha vitoriosa de Arruda ao governo do DF.

Nem o governador Arruda nem o presidente do Correio Braziliense se posicionaram até agora sobre as alegações de Durval. O Congresso em Foco entrou em contato com o jornal Correio Braziliense e tentou, por várias vezes, contato com a assessoria do governo Arruda.



Fonte: Congresso Em Foco e blog Sou de Ceilândia

Imagem: Escadas rolantes paradas

Os políticos e o "Governo" sempre prometem melhorias ao transporte do Distrito Federal, propagandas, viadutos, ônibus novos, entre tantas ofertas algumas realmente são realizadas, porém, como pode-se ver na foto, após o que fora prometido estar pronto não há uma continuidade do serviço; já há alguns meses as escadas rolantes do metrô da estação Metropolitana da Ceilândia estão trancadas, não funcionam, é a verdade por trás dos trilhos: a promessa foi cumprida, mas os passageiros, idosos, e todos aqueles que precisam de utilizá-las têm apenas as escadas comuns, isso quando o elevador não está em conserto.



Fonte: Alvo Público

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

O Ceilândia se prepara para 2010

A sexta colocação do Ceilândia no Candangão de 2009 deixou a sensação de que o time poderia brigar por algo melhor. Para não repetir os erros do passado, o Gato vem montando uma equipe forte para a disputa do Candangão 2010.

Após uma passagem pelo Legião, na última temporada, Adriano Coelho retorna ao Ceilândia disposto a fazer um time para brigar pelo título. “O Ceilândia ta montando uma boa equipe, agora temos que ver na prática”.

Apesar de não confirmar nem um nome, o dirigente afirma já ter um grande elenco contratado.“Já foram contratados 20 atletas, jogadores conhecidos, são rodados, disputaram campeonatos importantes nos seus estados, tenho confiança neles”, destacou Adriano Coelho, que já trabalhou no Gato em 2008.

Mesmo com os 20 atletas já contratados, Adriano Coelho segue viajando para acertar os último detalhes. “Eu sai ontem de Brasília, estou no Paraná, vou a São Paulo, Porto Alegre, Santa Catarina e Bahia. Assim que tivermos novidades vamos divulgar”, despistou.

O novo técnico será Adelson Almeida, que já dirigiu o juniores do Brasiliense e está atualmente no Capital. “Ele (Adelson) ganhou tudo no Brasiliense e também vem ganhando tudo no Capital, não tem nada que desabone o seu trabalho. Adelson será o nosso técnico em 2010”, garante Adriano Coelho.

O Gato se apresenta no dia 7 de dezembro para iniciar a pré-temporada, que pode ser feita fora de Brasília. “Existe essa possibilidade, mas isso vai ser feito com muita cautela, ainda não está decidido”, comentou Adriano.

A estréia do Ceilândia será no dia 16/1 (sábado), ás 16h, no estádio Abadião, diante do Gama.



Fonte: Esporte Candango

Base aliada do governo é investigada

A Polícia Federal investiga a suposta distribuição de recursos ilegais à base aliada do Governo do Distrito Federal. As investigações tiveram o apoio do secretário de Relações Institucionais do GDF e ex-delegado da Policia Civil, Durval Barbosa, que aceitou colaborar em troca de uma punição mais branda em outro caso de corrupção, revelado pela Operação Megabyte, ainda na gestão de Joaquim Roriz. Barbosa está envolvido, ainda, em outros escândalos, como irregularidades na terceirização de serviços prestados pelo Instituto Candango de Solidariedade (ICS) e pela Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan).

Segundo despacho do Superior Tribunal de Justiça (STJ), o ex-secretário aceitou que fossem instalados em suas roupas equipamentos de escuta ambiental. Em função disso, foi aberta a ele a participação no programa de proteção de testemunhas da Polícia Federal.

De acordo com o STJ, uma quantia de R$ 400 mil teria sido entregue pelo governador José Roberto Arruda para Barbosa, em 21 de outubro de 2008, a fim de que fosse repassada ao chefe da Casa Civil do GDF, José Geraldo Maciel. De lá, ainda de acordo com o despacho, o dinheiro "seria dissipado em diversos pagamentos menores a pessoas ainda não identificadas". Outros R$ 200 mil teriam o mesmo destino.



Para ler na íntegra, visite o site da fonte.


Fonte: Correio Braziliense

Vídeo: Circulares estacionam onde querem

Os veículos que circulam em Ceilândia estão parando em qualquer lugar. Desta vez o flagrante foi em frente a estacionamentos da área residêncial, impedindo a entrada e saída de veículos. Os comerciantes também estão reclamando de tais motoristas. Veja!


CorreioWeb / Tv Brasília


Fonte: Jornal Local

domingo, 22 de novembro de 2009

Vídeo: Na falta de cinema, improviso...

Não existem salas de cinema em Ceilândia. Para amenizar o problema, uma funcionária inova e leva a sétima arte às escolas públicas. Veja!

CorreioWeb / Tv Brasília


Fonte: Jornal Local de 20/11/09

Protesto em favor de agilidade na construção de campus

Cerca de 200 estudantes e professores do ensino médio de Ceilândia fizeram protesto na Reitoria da UnB na última sexta-feira (19). O grupo estuda no Centro de Ensino Médio 4 da cidade, onde funciona temporariamente a UnB Ceilândia. Eles pediram uma posição da administração sobre a conclusão das obras no campus definitivo da UnB. Uma cópia de abaixo assinado com 6 mil assinaturas da comunidade foi entregue ao reitor durante o ato.

O reitor José Geraldo de Sousa Junior recebeu os manifestantes e lembrou que as obras de Ceilândia são de responsabilidade do GDF. “A nossa expectativa é que os prédios sejam entregues a tempo”, ressaltou José Geraldo. O prazo inicial estabelecido para a finalização dos dois novos edifícios era julho deste ano, mas foi prorrogado para março de 2010. Sobre as dificuldades com espaço físico dividido entre os alunos da UnB e da escola, o reitor afirmou que, se necessário, buscará alternativas em outros locais.



Fonte: Tribuna do Brasil e Jornal de Brasília

sábado, 21 de novembro de 2009

Imagem: 100 Muros Mil Cores

O projeto passou pela Guariroba e os grafiteiros modificaram o ambiente do bairro.




Fonte: Alvo Público, Correio Braziliense, Rede Globo, Jornal Local e Tribuna do Brasil

Sujeira e buracos nas ruas

Em Ceilândia, o que não falta é sujeira pelas ruas. “Tem muito lixo na rua. O que não falta é poluição”, reclama uma mulher.

Mas, cadê a lixeira? “Eu nunca vi lixeira por Ceilândia. O lixo sempre ficou pela rua mesmo”, conta um rapaz.

Maria Limpa percorreu as vias públicas da cidade atrás de lixeiras públicas. E olha o que ela achou? Um amontoado de lixo jogado na calçada. Em vez de guardar em sacos, restos de comida, papel, copos, garrafas da lanchonete vão para o chão. Que mau exemplo!

“Uma cidade pra ser limpa vai da consciência da população. Mas as pessoas jogam o lixo na rua. Isso é um descaso dos moradores”, destaca o vigilante Ataisio dos Santos.

Mau exemplo também na conservação das poucas lixeiras em Ceilândia. De que adianta uma que está furada? Sem utilidade. Em outro ponto da cidade só restou o ferro de sustentação. “Muitas vezes fico com um papel de balinha na mão, por uns 100 metros. Ando, mas não acho uma lixeira. O jeito é levar pra casa e jogar fora”, fala o vendedor Fabrício Pereira.

Embaixo da grade, um depósito de sujeira. O lixo acumulado acaba entupindo os bueiros, e alagando as ruas. “Há dez anos que a gente procura a Administração Regional, mas eles só retiram o lixo, não desentopem os bueiros. Então, quando chove entope novamente”, enfatiza o empresário Eliênio de Souza.




Em uma passagem rápida por Ceilândia, é possível ver que as pistas estão cheias de buracos. Um deles é até sinalizado com um pedaço de madeira. Mais adiante, uma boca de lobo sem tampa.

"Pode cair uma pessoa dentro do buraco, e até um carro. Um bicicleteiro pode ir passando, cair e se machucar", diz o músico Adilson Lopes.

Perto do terminal de ônibus, os motoristas são obrigados a passar por dentro de uma cratera que tomou conta da pista. Não há por onde desviar. "É falta de manutenção ou serviço mal feito", diz o motorista Antônio de Souza. “É arriscado uma criança ou um idoso passar e acontecer um acidente com eles”, comenta uma moça.

E não faltam reclamações. Os moradores dizem que, apesar de pagarem o IPTU, são esquecidos pelas autoridades. “Tem buraco pra todo lado, lixo pra todo lado”, afirma outra moça.



Fonte: Rede Globo aqui e aqui

Campenonato 2010 vai começar com Ceilandense mudando de nome

A Federação Brasiliense de Futebol anunciou na última terça-feira (17) a abertura do Candangão 2010. A festa do futebol da Capital da República começará no dia 16 de janeiro.

O Candangão 2010 terá oito equipes em disputa. Além dos tradicionais Brasiliense, Gama, Ceilândia, Brasília e Dom Pedro II, três outros clubes completam as equipes do Campeonato Brasiliense do ano que vem.

São eles: o Luziânia, que representa o Entorno do Distrito Federal, o Atlético Ceilandense (numa parceria do Ceilandense com o Atlético Goianiense-GO), e o Botafogo-DF do matador Túlio Maravilha.



Fonte: Futebol Interior

Natal promissor

A preparação para o Natal já começou na Feira Central de Ceilândia. Os feirantes e vendedores se preparam para as promoções, novidades e um aumento considerável de visitantes. Segundo o presidente da Associação da Feira Permanente (como também é conhecida), Francisco Nogueira, 61 anos — o França —, em dezembro, cerca de 15 mil pessoas devem visitar o local por fim de semana. Em períodos normais, esse número é de 12 mil.

Embora o foco seja dezembro, a rotina da feira começou a mudar no início deste mês. Anteriormente em funcionamento das quartas-feiras aos domingos, nesse período as lojas abrirão as portas todos os dias. A mudança poderá render um lucro maior aos feirantes — em alguns casos, o rendimento mensal de R$ 10 mil pode chegar a R$ 30 mil. A feirante Nilda Vieira, 33, conta que, no mês do Natal, consegue aumentar seu ganho em até 300%. “Ano passado tivemos um aumento muito bom nas vendas nesse período. Pelo movimento que estou vendo já neste mês (novembro), acredito que o saldo positivo será equivalente ou ainda melhor”, diz, entusiasmada.

Mas para chegar a tal patamar é preciso investir e conquistar o cliente. Nilda tem uma banca de vestidos com diversos modelos. Capricha no preço e no fim do ano sempre reserva uma surpresa para as mulheres que querem uma roupa nova para a comemoração natalina. “Já comprei alguns vestidos mais sofisticados e vou colocá-los à venda no primeiro dia de dezembro”, avisa, lembrando: “Sempre há uma procura de algo especial para as festas de fim de ano”.

Já o proprietário do box 195/196, Luciano Cléber da Silva, 32, vai aproveitar as vantagens que só as feiras livres podem oferecer aos consumidores. “Vou negociar, fazer desconto, dependendo da quantidade da compra. Aqui a gente também divide. Só na feira, as pessoas podem encontrar as possibilidades de negociar o preço”, ressalta.

As placas espalhadas pela feira já mostram as tabelas diferenciadas. Números grandes estampados em cartolinas ou em papel branco pendurado nas roupas anunciam: blusas por R$ 5, shorts por R$ 10. É possível encontrar ainda calças jeans por R$ 50. Quem imagina que por esse preço só dá para comprar tecidos de má qualidade se engana. O material tem boa textura e está sincronizado com as tendências atuais. É possível fazer combinações interessantes e sair de lá preparado para as comemorações.

A loja de Nilda vende vestidos de todos os modelos. Os figurinos variam — com manga, tomara que caia ou mula manca, de um só ombro — e podem ser de viscolycra ou liganete, um tecido mais mole, materiais utilizados na confecção de diversas marcas. “A maioria dos vestidos da loja está na faixa de R$ 27. Já vi alguns em lojas fora da feira, bem parecidos com os meus, que custam R$ 80”, compara a feirante.



Fonte: Correio Braziliense

Imagem: Bonecos do Meninos de Ceilândia

Abaixo um exemplo da arte que é feita pelo projeto Meninos de Ceilândia, em Ceilândia Sul.




Fonte de imagem: Zuleika de Souza do Correio Braziliense

sábado, 14 de novembro de 2009

Opinião: O que é Brasília

Prestimoso, bem-informado e educado leitor envia e-mail puxando as orelhas do Correio Braziliense por conta da suposta confusão que o jornal faz entre o que é Brasília e o que é Distrito Federal.

Brasília, ele explica, é a Região Administrativa de Brasília. Ou seja, Brasília é: a Asa Norte, a Asa Sul, o Setor Militar Urbano, o Setor de Garagens e Oficinas, a Área de Camping, o Eixo Monumental, a Esplanada dos Ministérios, o Setor de Embaixadas Sul e Norte, a Vila Planalto, a Granja do Torto, a Vila Telebrasília, o Setor de Áreas Isoladas Norte. Ponto.

Distrito Federal é todo o quadradinho, ou seja, Brasília mais as 29 outras regiões administrativas, a saber (se você tiver paciência): Gama, Taguatinga, Brazlândia, Sobradinho, Planaltina, Paranoá, Núcleo Bandeirante, Ceilândia, Guará, Cruzeiro, Samambaia, Santa Maria, São Sebastião, Recanto das Emas, lago Sul, Riacho Fundo, Lago Norte, Candangolândia, Águas Claras, Riacho Fundo II, Sudoeste/Octogonal, Varjão, Park Way, Setor Complementar de Indústria e Abastecimento, Sobradinho II, Jardim Botânico, Itapoã, Setor de Indústria e Abastecimento e ufa! Vicente Pires.

Do ponto de vista normativo e legal, o leitor está pleno de razão. Uma cidade, porém, não se contém em normas, regras e leis. Uma cidade é formada por um caldo de cultura que seu povo vai criando junto com as camadas do tempo. Quem denomina uma cidade é quem nela vive. A título de ilustração: quando foi inaugurado, em 1978, o Parque da Cidade ganhou o nome oficial de Parque Rogério Pithon Farias, em homenagem ao filho do governador Elmo Serejo de Farias, morto em acidente de trânsito. Mais adiante, passou a se chamar Parque Sarah Kubitschek. Por mais merecedora da homenagem que seja a primeira-dama, a cidade ainda assim preferiu chamar a sua mais nobre área de Parque da Cidade.

Brasília é o nome mítico dado ao desejo de uma nação de ocupar todo o seu território, de voltar-se para o interior, de perder seu complexo de vira-lata, de mostrar ao mundo que tinha gênio, criatividade e vontade para construir uma nova capital onde o sertão se escondia. Brasília era o nome do destino desenhado no alto das jardineiras que saíam do Sudeste, e da voz dos motoristas dos paus-de-arara que saíam do Nordeste. Brasília era o nome da esperança que moveu a gente brasileira que procurava o futuro, que alimentou os que buscavam prosperidade.

Pergunte a um morador do Recanto das Emas onde ele mora. É em Brasília. Quando ele volta pro Nordeste e leva presentes e conta como conseguiu o lote, a casa e o emprego e diz que é amigo do ascensorista do ministério, que já foi ao Congresso, já viu o Lula, quando ele conta tudo isso, com o peito inchado de orgulho, ele diz que mora em Brasília.

Brasília é o nome mítico de um território que reinventou o Brasil e que, na letra da lei, se chama Distrito Federal. Mas esse é um nome para os registros oficiais. E uma cidade é mais cidade quanto menos oficial ela for. Brasília é todo o quadradinho, mesmo que ele se chame Distrito Federal.


Conceição Freitas


Fonte: Correio Braziliense

Onde estão as árvores?

A Novacap anuncia que, até março de 2010, 170 mil mudas de espécies nativas e não-nativas (árvores, palmeiras e arbustos de 32 mil espécies) serão plantadas ao longo de quatro rodovias, 24 parques e unidades de conservação de 30 Regiões Administrativas do DF. O primeiro local a receber o plantio será o Taguaparque, neste sábado (14).

Até aí, tudo bem: árvores são benvindas onde quer que sejam plantadas. Mas não se deve perder de vista que os lugares onde elas fazem mais falta são as ruas e praças de nossas cidades.

A empresa afirma que em 2008 teriam sido plantadas 190 mil mudas em todo o DF. Pelo que se observa nas ruas, Ceilândia não figura entre as beneficiadas por esse plantio.



Fonte: Ceilândia.com

Morte na barragem

Um homem se afogou, na tarde de ontem, enquanto mergulhava na barragem do Rio Descoberto. Flávio Cristiano Oliveira Silva, 34 anos, nadava no local quando mergulhou e não voltou à superfície. Ele foi retirado da água pelo Corpo de Bombeiros sem vida.

Segundo a polícia civil da 24ª DP, uma possibilidade seria a consequência do uso abusivo de bebidas alcoólicas associada aos mergulhos, prática comum na região. O corpo foi encaminhado para Instituto Médico Legal para averiguar se a causa da morte foi mesma por afogamento.



Fonte: ClicaBrasília

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Otaloukos 2009

O Otaloukos 2009 vai agitar este fim de semana na cidade nos dias 14 e 15 de novembro, apartir das 9h00, no Centro Educacional 06 de Ceilândia, na QNP 16 - setor P Sul (próximo ao Supermercado Veneza). Entre as atrações:


Concurso Miss Otaku
Torneios de jokempo
Teatro cosplay
Salas com videos games(free play)
Sala de RPG
TCGS
Stands de vendas
Apresentação de artes marciais
Comidas tipicas


Ingressos a venda no local a R$ 10,00.


Fonte: Otaloukos e Ceilândia.com

Agenda 21

As comunidades de Taguatinga, Ceilândia, Samambaia, Brazlândia, Águas Claras e Vicente Pires estarão reunidas neste sábado, dia 14 de novembro, das 8h às 18h, no Centro de Ensino Médio n° 3 da Ceilândia (QNM 13 – Área Especial ao lado da Administração) para a realização do 3° Seminário Regional da Agenda 21 no Distrito Federal.

Promovido pelo Instituto Brasília Ambiental (IBRAM), por meio da Superintendência de Estudos, Programas, Monitoramentos e Educação Ambiental (SUPEM), o encontro visa discutir estratégias de planejamento para a construção de sociedades sustentáveis com a participação do governo, sociedade civil e empresas.

Com o tema “Discutir o presente. Melhorar o futuro” os seminários regionais integram a programação do Programa Brasília Cidade 21 e funcionam como pré-conferências para que cada Região Administrativa possa eleger seus delegados e compor as diretrizes e ações estratégicas a serem consideradas em sua gestão nos próximos cinco anos.



Fonte: Social Blog, ClicaBrasília e Ceilândia.com

Motorista de caminhão é condenado

O Tribunal de Júri de Delitos de Trânsito de Ceilândia condenou no início da noite desta quinta-feira (12), o caminhoneiro Marcio Carlos Batista Fontanele a 19 anos e 6 meses anos de reclusão em regime fechado. O caminhoneiro invadiu a pista de contramão e colidiu de frente com o Santana, onde estavam as seis vítimas. Ao dirigir embriagado o motorista provocou a morte de três pessoas em junho do ano passado na DF-190, próximo ao Córrego Belchior.

O Laudo de Exame de Corpo de Delito atestou que o motorista do caminhão estava embriagado. O teste do bafômetro, realizado minutos após o acidente, registrou teor alcoólico de 1,24 mg/l. Além disso, o motorista teria se abaixado para alcançar um maço de cigarros, quando adentrou na via contrária.

O juiz da causa aceitou a denúncia do Ministério Público que pediu o julgamento do réu pela prática de crimes dolosos (com intenção) contra a vida, junto ao Tribunal do Júri. No entendimento do magistrado, o motorista assumiu o risco de causar um acidente fatal ao dirigir sob efeito de álcool.

O acusado foi preso em flagrante e aguardava o julgamento na prisão. Ele respondeu por homicídio qualificado por emprego de meio que possa resultar perigo comum e ainda por tentativa de homicídio qualificado, em relação aos três passageiros que escaparam com vida. O crime foi tipificado nos artigos 121, § 2º, inciso III (três vezes) e 121, § 2º, inciso III, c/c artigo 14, inciso II (três vezes), todos do Código Penal.



Fonte: ClicaBrasília, Jornal de Brasília e Correio Braziliense

Problemas nas escrituras

A Associação Comercial, Empresarial e Industrial de Ceilândia - ACIC-DF - encaminhou correspondência ao Ministério Público do DF expondo a atual realidade no que diz respeito a escrituração dos imóveis em Ceilândia. Do imóvel do simples morador, aos órgãos públicos e setor privado, todos padecem de legalidades das suas ocupações. Não dispondo, inclusive, de habite-se.



Para além deste assunto, agora, o setor empresarial vem se deparando com a questão da não autorização para emissão de alvará de funcionamento, sem a correspondente apresentação do habite-se dos estabelecimentos comerciais. Só para se ter uma idéia grande parte dos imóveis em Ceilândia não possuem habite-se. Para complicar a situação a Administração Regional não está liberando alvarás com a correspondente apresentação do mesmo. É impossível abrir uma empresa e gerar emprego em Ceilândia.



De posse destas questões a ACIC encaminhou correspondência ao Procurador Geral do MPDFT solicitando o agendamento de reunião com vistas a detalhar em pormenores os problemas que o setor empresarial vêm enfrentando.



Fonte: ACIC-DF

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Imagem: Shopping da M Norte dá as caras

Abaixo, a reprodução de duas imagens (colhidas no site Skyscrapercity) do que seria o material promocional de lançamento do “Tailândia Shopping”.
...

O conceito arquitetônico não apresenta inovações em relação aos outros shopping-caixotes do DF.

A construção não seria feita toda de uma só vez (a torre de escritórios ficaria para uma segunda etapa).




O shopping center estava previsto para ser construido em Ceilândia, mas os compradores "erraram" de endereço e acabaram pegando a área em Taguatinga (como os constantes exemplos de reportagens que confundem Ceilândia com Taguatinga, e vice-versa). Bom para o setor imobiliário, que terá grande valorização na dita cidade.







Fonte: Ceilândia.com e fórum Skyscrapercity

Regiões com renda satisfatória terão internet gratuita

A Secretaria de Ciência e Tecnologia (SECT) lança mais um programa que visa beneficiar todo o Distrito Federal. Em parceria com a Universidade de Brasília (UnB), a ideia é disponibilizar internet sem fio (wireless) para todos, gratuitamente. A SECT prevê que a novidade chegue ao brasiliense em 2010. O Plano Piloto será a primeira região contemplada.

Conforme o secretário de Ciência e Tecnologia, Izalci Lucas, o projeto foi elaborado em 2007 e já está em fase de assinatura com o governo federal. Por questões de infraestrutura já existente, a primeira fase do programa começará pelo Plano Piloto. “Essa fase vai englobar todas as cidades no caminho do Plano Piloto a Taguatinga, como Guará, Vicente Pires e Águas Claras”, disse o secretário.

Essas cidades já possuem cabos ópticos, o que facilita o projeto. A secretaria irá complementar o sistema implementando as torres para o sinal em todo o DF. Acredita-se que a implementação total da rede deve ficar pronta em um ano. “A expectativa é celebrar o convênio até o fim do ano, pois o projeto já está pronto e se tivermos os recursos necessários disponíveis, dentro de seis meses a um ano todo o DF estará coberto pela rede”, calcula Izalci.

Além das facilidades para a população, o principal objetivo do projeto é fazer a integração dos órgãos governo, como: Educação, com a implementação da Escola Digital na rede pública do DF; Segurança, com instalação de vídeo-câmara e identificação online do cidadão pelas rondas da PM; Transporte, com a identificação de carros; Saúde, com o Cartão-Saúde, monitoramento de creches e telemedicina; Agricultura, por meio de inclusão digital rural; e comércio eletrônico, dentre outros.

O secretário estima que para pagar a manutenção, investimentos e ferramentas durante cinco anos serão gastos cerca de R$ 200 milhões.



Fonte: Tribuna do Brasil

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Problema de terminal

Em Ceilândia, a situação do terminal é de improviso. Há lama por toda parte. O local onde os ônibus param tem cascalho, mas as pedras não são suficientes para impedir que os veículos atolem. Outro problema grave é a falta de uma parada, um abrigo para os passageiros, porque eles esperam os ônibus sem um lugar para ficar, o que fica complicado principalmente nesta época de chuva.

Os problemas começam antes mesmo de os ônibus chegarem ao terminal da QNR, em Ceilândia. O retorno está interditado e os motoristas precisam pegar um desvio improvisado.

No terminal, falta estrutura para receber seis empresas de ônibus. Passam pelo local, todos os dias, 100 coletivos. Entre uma viagem e outra, motoristas e cobradores descansam em salas sem bebedouros. O encanamento até existe, mas os equipamentos estão encostados. A rede elétrica está exposta. “Está faltando abrigo, pavimentação”, fala um funcionário.

No total, 900 mil pessoas dependem do transporte coletivo. Mesmo assim, o Distrito Federal tem apenas 13 terminais. De acordo com a Secretaria de Transportes, quatro serão reformados no primeiro semestre do próximo ano.

“Reconhecemos que o estado dos terminais é deplorável. Estamos com 14 terminais em licitação. E, no máximo dentro de 15 a 20 dias, vamos dar início a construção de novos terminais”, garante o secretário de Transportes Alberto Fraga.

O secretário informou ainda que as obras nos terminais de Ceilândia, que são maiores, vão durar até seis meses. Três terminais novos foram inaugurados em Brazlândia, Riacho Fundo I e São Sebastião.



Fonte: Rede Globo

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Atitude cidadã

O Centro de Ensino Médio 03 de Ceilândia sediará nesta quarta, dia 10 de novembro, as 14h, as apresentações dos alunos da própria cidade e também de Brazlândia que concorrem na primeira etapa do concurso “Atitude Cidadã: Reconhecimento das Melhores Práticas – Festival de Talentos Artísticos”, promovido pela Secretaria de Educação, em parceria com a UNESCO.

O objetivo do concurso é incentivar alunos a se expressarem sobre o tema cidadania e promover a integração da comunidade escolar.

O concurso está sendo organizado pela AEPC – Assessoria Especial para a Política de Promoção da Cidadania e já tem inscritos 116 grupos de dança, teatro e música, formados 1.141 por alunos e 73 professores das escolas públicas. São alunos do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental, do Ensino Médio e da EJA – Educação de Jovens e Adultos.

Os melhores talentos serão selecionados em duas etapas. Na primeira, que será eliminatória, os trabalhos serão apresentados em espetáculos à comunidade. Um júri escolherá quem passará para a segunda etapa.

A grande final será realizada no dia 03 de dezembro às 14hs, no auditório do MPDFT, com os 12 finalistas.

Os seis espetáculos da primeira etapa acontecerão de 5 a 26 de novembro em Ceilândia, Sobradinho, Plano Piloto e Taguatinga, cidades que vão juntar concorrentes de 12 regionais de ensino.



Fonte: Ceilândia.com

O jogo das donas

Todo domingo, por volta das 14h, a casa de Maria da Paz, 44 anos, na Quadra 8 de Ceilândia Sul, começa a encher. O quintal vira vestiário para quase 40 mulheres que se preparam para trocar a rotina de dona de casa por um campo de futebol de terra batida. A organizadora Francinete Moura Lima, 31, é sempre a primeira a chegar. Com a prancheta em mãos, vestindo meião e chuteira, distribui os uniformes de todas as participantes e divide os dois times: Mulheres de Hoje e Quebrando a Rotina. Às 16h em ponto, o juiz apita o início da partida. E, a partir daí, a diversão não tem hora para acabar. Seis meses depois do primeiro jogo, a mudança de vida das jogadoras é perceptível pelo sorriso sem fim no rosto de cada uma.

Francinete teve a ideia de organizar os jogos para oferecer às mulheres da comunidade um momento de diversão. Grande parte delas passava a semana inteira, inclusive os sábados e os domingos, em casa, trabalhando. Aos fins de semana, enquanto os maridos saíam para jogar futebol ou conversar em bares, elas ficavam sem opções. “As mulheres ficavam dentro de casa pedindo socorro, enquanto os maridos iam para barzinhos beber e assistir a jogos de futebol”, contou Francinete. Agoniada com a situação, saiu pela cidade em busca de opção de diversão. O campo de futebol, utilizado pelos jovens, tornou-se a opção mais acessível. Mesmo sem gostar do esporte, bateu de porta em porta para recrutar mulheres. O sucesso foi imediato.

No início, os jogos eram realizados a cada 15 dias. Mas as mulheres não conseguiam manter o ritmo de jogo e o condicionamento físico em dia. Animadas, passaram o compromisso para todo domingo. A comunidade não acreditava que o ânimo das donas de casa perduraria. Mas, aos poucos, elas conquistaram a credibilidade dos vizinhos e firmaram o horário e o local de todos os jogos. Hoje, contam até mesmo com espectadores e torcedores. “Os maridos são os maiores fãs. Eles torcem, incentivam e dão dicas. Quando fazemos gols, saem correndo para dar beijo”, contou Francinete.

As inscrições para os jogos são feitas durante a semana no bar localizado bem em frente ao campo de futebol. O dono do estabelecimento, Francisco Vieira Neto, tornou-se um dos principais investidores das mulheres. Patrocinou uniformes, oferece água e banheiro às jogadoras e ainda paga o caminhão-pipa para molhar o campo de terra batida em época de seca. O juiz Marcos Antonio de Oliveira, jogador profissional no Distrito Federal, também apoia a diversão das mulheres. A cada 15 dias, ele fica responsável pelas regras do jogo. “A gente ajuda ao máximo. O objetivo delas foi alcançado. Elas começaram mal, mas merecem parabéns. Melhoraram 100%”, contou. Ele brinca com todas, dá dicas durante o jogo e deixa a brincadeira correr solta. “Só tenho dó da minha mãe”, brincou, referindo-se às reclamações das jogadoras.

A animação é tanta, que as mulheres jogam bola até mesmo embaixo de chuva. Ainda assim, todas fazem questão de arrumar o cabelo, passar sombras coloridas e batons brilhantes. “Deixamos a chapinha de lado para nos divertir”, garantiu uma delas. A maioria carrega os filhos para os jogos. Mas muitas foram obrigadas a deixar o campo para amamentar ou tirar crianças que subiram em árvores e se recusam a descer. “O jogo serve também como resgate do valor da família. Os filhos nos ensinam algumas coisas de futebol e a gente sai de casa para assisti-los jogar. Além de melhorar a disposição para o dia a dia”, contou a dona de casa e frequentadora assídua dos jogos Marinete Moura Lima, 34 anos.


Leia mais no link da fonte.


Fonte: Correio Braziliense

Capacidade de barragem diminui

Ano de 1974. De longe, era possível ver a imensidão e fartura de água da Barragem do Descoberto, responsável por dois terços (65%) do abastecimento do Distrito Federal. Naquele tempo, as construções começavam a surgir em grande escala e o verde das matas ciliares acabou sendo esmagado com a ocupação humana, fator que contribuiu para o assoreamento do lago e, consequentemente, a degradação ambiental. De lá para cá, o cenário mudou drasticamente. Em 25 anos, o volume de água caiu 18% e a vazão, que era de 6 mil metros cúbicos por segundo, baixou para 5,4 mil. A perda é de 600 litros por segundo ou 36 mil litros por minuto, 2,1 milhões de litros por hora e 51,8 bilhões ao ano. O líquido perdido diariamente é mais do que suficiente para abastecer toda Taguatinga, onde há mais de 300 mil habitantes.

A Barragem do Descoberto está localizada às margens da
BR-070 (rodovia que liga o Plano Piloto a Águas Lindas), a poucos metros da divisa do DF com Goiás. Inicialmente, a área inundada era de 14,8km², mas hoje são 12,4km². O maior problema fica na região de Águas Lindas, onde diversas moradias se fixaram nas últimas décadas sem que houvesse preocupação com infraestrutura. O resultado não poderia ser outro: durante o período de chuvas, com a perda de vegetação natural, o solo fica desprotegido e a água acaba escorrendo pela superfície em vez de se infiltrar na terra e abastecer o lençol freático. Além de provocar erosões, a força da água também carrega para dentro dos mananciais todo tipo de resíduos, como barro, areia e lixo, o que dificulta ainda mais o processo de vazão.

De acordo com o supervisor de meio ambiente da Companhia de Saneamento de Brasília (Caesb), Maurício Luduvice, o crescimento urbano desordenado em cidades próximas do manancial não é o único vilão da história, embora contribua significativamente para a escassez de água. “Além dessa ocupação não planejada, temos também a questão da educação das pessoas. Muitas acham que lago é depósito de lixo. Temos de mudar essa consciência”, explicou, mencionando ainda fatores climáticos e geológicos que podem ter parcela de culpa na diminuição do volume da barragem.

A situação do manancial ainda passa despercebida pela maioria população. O comerciante Valdigne Ferreira, 53 anos, por exemplo, mora há três anos em uma região de chácaras de

Brazlândia, próximo à Barragem do Descoberto. Ele avalia que é importante o cuidado com o manancial, mas diz não ter notado a diminuição do volume de água no lago que abastece mais de um milhão de pessoas em Ceilândia, Taguatinga, Plano Piloto, Samambaia e Recanto das Emas. “Na época da seca, é normal baixar um pouco, mas nunca vi faltar água na região”, disse.

Embora nem todos percebam, o Lago do Descoberto agoniza, como se a morte viesse lentamente, com o passar dos anos. Em razão desse risco, especialistas correm contra o tempo para evitar que o nível do reservatório baixe ainda mais e comece a afetar a distribuição de água nas cidades do DF. Para isso, o Instituto Brasília Ambiental (Ibram), em parceria com a Agência Reguladora de Águas e Saneamento (Adasa), Caesb e outros órgãos de proteção ambiental trabalham para recompor a vegetação perdida, a fim de reduzir os impactos provocados pelas invasões. Um deles é o projeto de plantio de 130 mil mudas de espécies nativas ao longo da orla do lago e a realização de um trabalho de conscientização com os moradores e agricultores da região.


Leia na íntegra visitando o link da fonte.


Fonte: Correio Braziliense

domingo, 8 de novembro de 2009

Escola continua sendo destaque

Tolerância zero para o vandalismo no Centro de Ensino Médio 2, em Ceilândia. Com 1.800 alunos do primeiro, segundo e terceiro ano do ensino médio e a classe aceleração, a escola é referência no quesito conservação. Lá, os estudantes dão exemplo. Antônio Wilson Venâncio, diretor da instituição de ensino, diz que para mudar a escola é preciso, primeiramente, mudar a cabeça do aluno. Para isso, é feito um trabalho de conscientização com os estudantes.

Há 10 anos na direção do educandário, Antônio Wilson conta que diariamente, em todos os turnos, é verificado se há alguma pichação ou carteira ou cadeira quebrada. “Quando aparece, é localizado o responsável. A partir daí fazemos uma negociação para que ele mesmo limpe o que fez, para que os alunos do próximo turno não vejam. Se não der tempo de apagar, a sala fica fechada até que seja limpo. Quando localizamos alguma carteira ou cadeira quebrada, o conserto é feito na própria escola, com a ajuda dos alunos”, comentou.

O diretor especifica que os estudantes são responsáveis por várias atividades no educandário, como o projeto de jardinagem. “Se eles limpam, não vão destruir”, ressalta. “Se quebrarmos alguma coisa, sabemos que nós é que vamos ficar prejudicados”, diz uma estudante.

Para Atílio Mazzoleni, chefe da Assessoria Especial para Políticas de Promoção à Cidadania, da Secretaria de Educação, não adianta criar regras e proibições, os estudantes têm que aprender a gostar da escola. Segundo ele, uma das alternativas para evitar a depredação nas instituições de ensino é a realização de programas de conscientização, o incentivo a cultura da arte e o aumento da formação de grêmios estudantis.

Atualmente, a secretaria tem mais de 100 programas de teatro, música e dança, além da parceria com a Secretaria de Esportes para distribuição de kits esportivos para as escolas que formarem o Conselho de Segurança Escolar. “Existem apenas 35 grêmios na rede de escolas públicas do DF, quando esse número poderia ser de 228”, exemplifica.

Mazzoleni especifica que quando os alunos trabalham em programas nas escolas eles se mantêm voltados para a cobrança do Estado, e não para a destruir dos bens escolares. No depósito da Secretaria de Educação estão 20 mil carteiras quebradas, a maior parte delas destruída pelos próprios estudantes. O governo perde anualmente cerca de R$ 13 milhões com a destruição de bens escolares.



Fonte: Tribuna do Brasil

O arquiteto capilar

Se aquela cadeira falasse... Nela, sentou-se muita gente importante. Gente que mudou a história deste país. Era um tanto de excelência, tanto meritíssimo, tanto coronel, tanto doutor, tanta autoridade, tanto artista... Hoje, na mesma cadeira, bem longe do glamour, uma outra gente se refestela. E como se solta, como se espreguiça. Não há metáforas, nem mais nem meio mais. É um tal de Tião, Zezinho, Macalé, Mundico, Tonho, Toinho, Pedrão, Anastácio, Benedito, Chico... E o dono da cadeira diz, com sinceridade impressionante: “Aqui me sinto mais feliz. As relações são mais verdadeiras. É como se a gente fosse uma grande família. Descobri que a vida aqui é mais emocionante”.

Que história é essa? Vamos lá. Ao comecinho dela. Lá de Parnaíba, no Piauí, partiu um garoto de 14 anos, a bordo de uma velha Rural Willys. Dentro dela, o pai e a mãe do garoto e seus sete irmãos. Era dezembro de 1959. O pai, o destemido mestre de obras Francisco, catou a família e vislumbrou a possibilidade de “ser alguém” na cidade que nasceria. Foram oito dias e oito noites sacolejando dentro daquela Rural. Até que chegaram. Pararam na Vila Planalto. O mestre de obras se virou em mil. Ali mesmo, com as economias que juntou no Piauí e vendo a carência do lugar, montou um comércio e uma barbearia.

O menino de 14 anos via o pai cortar o cabelo do povo com navalha. Pediu para exercer o mesmo ofício. No ano seguinte, meses antes da inauguração (começava 1960), o pai lhe disse que era ele quem tomaria conta da barbearia. E o garoto desembestou a cortar cabelos. Com navalha e tesoura. “Aprendi tudo treinando nos cabelos dos peões”, ele conta. Brasília foi inaugurada. O menino do Piauí viu toda a festa. Da Vila Planalto, enxergava aquele mar de gente e ainda muita terra vermelha na Esplanada dos Ministérios.

Naquele mesmo dia, deu calo no dedo. O magricela nunca cortou tanto cabelo de peão querendo ir à festa do nascimento de Brasília. A festa durou o dia todo. No outro dia também. Foi festa a semana toda. A vida seguiu. O barbeiro completara 15 anos. Já era conhecido no lugar. Em 1962, mais “velho”, ele teve uma grande chance na vida: foi trabalhar na barbearia do Tribunal Federal de Recursos. “Com 17 anos, cortava o cabelo dos 13 ministros da casa”, ele lembra. E a memória não o trai: “Cortei cabelo de Cândido Lobo, Oscar Saraiva, Cunha Vasconcelos...”

Ficou ali, aparando as madeixas daquela gente de toga, durante seis anos. Em 1968, mais um convite. E seria irrecusável. Apareceu uma vaga para ser um dos barbeiros do Hotel Nacional, um dos poucos da capital. E certamente o mais elegante da época. Hospedar-se ali era sinônimo de sofisticação máxima. Coisa de rei e rainha. E lá se foi o rapaz, agora com 21 anos, para o então salão mais chique da terra de JK. Eram quatro barbeiros. Ele era o mais jovem. E foi naquele lugar que Ediberto Galisa das Chagas colocou as mãos nas cabeças mais famosas do país à época.



Primeiro, ele viu o ponto. Acertou o preço. E alugou o imóvel por R$ 350. Casado pela quinta vez, agora com a professora Joana Galisa, 53, o arquiteto capilar batizou o estabelecimento com o nome da mulher: Barbearia JG. E é ali, na QNO 5 do Setor O de Ceilândia, que há um ano e meio Ediberto abriu seu derradeiro salão. Mas ele queria a mesma cadeira do Hotel Nacional. Descobriu que ela estava numa barbearia do Setor Hoteleiro de Brasília.

Ao chegar lá, descobriu que, além da cadeira dele (reconhecida pela alavanca), havia mais uma da mesma época. Comprou cada uma por R$ 3 mil. As cadeiras têm mais de 50 anos e foram fabricadas especialmente para o Hotel Nacional. Levou-as para Ceilândia. Lá, de segunda a sábado, exerce o único ofício que conhece na vida. “Já teve gente que me ofereceu R$ 5 mil por cadeira e eu recusei”, ele diz. O corte é feito com a mesma e velha tesoura.

Hoje, o homem de 64 anos, pai de cinco filhos, avô de cinco netos, cabelos bem grisalhos, calça de risca de giz, camisa branca, sapatos pretos e meias combinando com a calça, virou barbeiro num salão modestíssimo, ao lado de uma loja que vende frango assado. O corte custa R$ 10, há uma rosa de plástico decorando o balcão (presente da mulher) e o piso é de um material emborrachado que lembra os assoalhos dos antigos salões dos anos 1960.



Para ler na íntegra, visite o site da fonte.


Fonte: Marcelo Abreu do Correio Braziliense

Imagem: Ambulantes comandam no centro

A imagem já diz tudo. O GDF não consegue a retirada dos ambulantes e dos "vendedores" da Feirinha do Rolo no centro da cidade.




Fonte: Genivaldo Dias do blog Ceilandiando

Novo batalhão da polícia será construído

Maior cidade do Distrito Federal, Ceilândia contará com mais uma unidade da Polícia Militar. Durante a inauguração da reforma e ampliação da 15ª DP (Centro), nesta quinta-feira (5), o governador José Roberto Arruda autorizou o investimento de R$ 4,3 milhões na construção do 10º Batalhão de Polícia Militar, no Setor de Indústrias da região administrativa.

“A cidade cresceu muito. Precisamos de dois batalhões para dividir a Ceilândia, somando esforços e melhorando estrategicamente a presença da Polícia Militar”, observou o governador. “A nova unidade da PM proporcionará uma maior integração entre as policias militar e civil, o que refletirá diretamente na redução dos índices de criminalidade”, completou o comandante geral da PMDF, Luís Sérgio Lacerda Gonçalves.

De acordo com o diretor geral da Polícia Civil, Cléber Monteiro, as novas instalações da 15ª DP contribuirão para a melhoria do trabalho policial e do atendimento ao cidadão. “O serviço em um ambiente agradável e com acomodações adequadas apresenta resultados mais positivos, além de um tratamento diferenciado à comunidade”, ressaltou Monteiro. O diretor geral informou que ainda neste mês será inaugurada a reforma e ampliação da 19ª DP (P Norte).

O agente Wanderley Lucena de Oliveira, chefe da seção de policia comunitária da 15ª DP, acredita que as novas instalações da unidade tornarão o atendimento mais humanizado. “A qualidade dos serviços oferecidos ao cidadão será mil vezes melhor, com cadeiras e banheiros para uso público”, assegurou.



Fonte: Ceilândia.com, Polícia Militar do DF e Tribuna do Brasil

Tiros no hospital

Um tiroteio no estacionamento do Hospital Regional de Ceilândia assustou os pacientes na manhã de ontem. Francisco Barreto dos Santos, 25 anos, furtava objetos de veículos no local quando trocou tiros com um policial civil. O ladrão tentou fugir em um Fiat Premium, mas acabou ferido por um disparo do policial e machucado após bater o carro. No carro foram encontrados objetos pessoais de várias vítimas e sons de veículos. Francisco já tem passagem por furto. Ele está internado no HRC para cirurgia de retirada da bala e, quando sair, será autuado por tentativa de furto, resistência à prisão e, se confirmados os disparos contra o policial, tentativa de homicídio.


Fonte: Correio Braziliense

Os barulhos que incomodam

Os fiscais da Secretaria de Ordem Pública do Distrito Federal (SOP) e do Parque Sarah Kubitschek estão em alerta para coibir as festas que varam a noite no estacionamento do Parque. O motivo é um abaixo-assinado feito por moradores do Sudoeste. Cerca de 150 pessoas resolveram apelar para a Administração Regional um limite de horário para o som automotivo. A reclamação é que nas quadras 100, 101, 102 e 103 é impossível dormir com o barulho dos jovens durante a madrugada.

O documento organizado pela comunidade pede que os estacionamentos III e IV sejam fechados a partir das 22 horas até as 5 horas. Durante esse período o estacionamento deve ser vigiado pelos fiscais para evitar a aglomeração de pessoas em busca de diversão nas áreas. Caso as medidas não dêem certo, os moradores pedem que a grade de limite do parque recue para afastar o point de festas dos edifícios.

O documento tem o apoio do administrador da cidade, Nilo Cerqueira. Segundo ele, o incômodo atinge, aproximadamente, 7,5 mil pessoas. Para auxiliar a operação sossego, o administrador se reuniu ontem com o secretário de Ordem Pública, Roberto Giffoni, a fim de tratar da fiscalização. “Levamos a ideia para ele. Ainda não sabemos se será aprovada, mas aceitaram como uma boa sugestão”, disse. Embora esteja do lado dos moradores, Cerqueira só não concordou com a mudança da grade. “Para isso teríamos que mexer na poligonal. Não precisamos chegar a esse ponto.”

A opinião é compartilhada por Giffoni. Segundo o secretário a mudança não é necessária no momento. “Precisamos é conscientizar essas pessoas sobre os direitos da coletividade. É mais uma questão de orientação”, comentou. Segundo Giffoni, equipes de fiscais já começaram o trabalho. A ideia é que eles permaneçam em rondas durante a noite. “Já tivemos notícias de uma festa que foi impedida, ontem. Só a presença dos fiscais já inibe os jovens.”

Segundo a administradora de Brasília, Ivelise Longhi, a proibição de som alto à noite não é novidade. “De qualquer forma, pedi ao Ibram (Instituto Brasília Ambiental), e à Agencia de Fiscalização (Agefis) que reforcem a vigilância nos finais de semana”, disse.



Em Ceilândia, mais um mau exemplo. Só que de uma padaria...

Uma padaria tem tirado o sossego de moradores da cidade, pois as máquinas do estabelecimento fazem muito barulho. Assista ao vídeo:


CorreioWeb / Tv Brasília



Fonte: Tribuna do Brasil, Correio Braziliense e Jornal Local

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Opinião: Brasiliense. Ou não...

Li o texto “Os muito brasilienses” da Conceição Freitas, que foi publicada no Correio Braziliense de 28 de outubro de 2009 e não agüentei, precisei comentar, pois ela tocou justamente num tema que nunca consegui engolir: a naturalidade brasiliense dos nascidos nas cidades-satélites de Brasília.

Na minha opinião a Conceição tem uma visão romantizada, para não dizer equivocada das coisas. Longe de mim querer tirar os méritos da jovem cidade criada para ser a capital do país, mas acredito que reduzir a naturalidade de tantas cidades diferentes, com características históricas e culturais singulares à única categoria de brasiliense é no mínimo pretensioso. Pretensioso, além de geográfica e culturalmente impossível, pois tanto Brasília quanto suas "satélites" pertencem a um único todo, que é o Distrito Federal.

Não há porque chamar ceilandenses, taguatinguenses, sobradinhenses de brasilienses. Isto é, de certa forma, usurpar a identidade cultural dessas pessoas. Pensemos bem: o que são as cidades-satélites? São cidades ao redor de Brasília, ou seja, são de Brasília, mas não são Brasília. E para quê chamar de brasiliense quem não nasceu em Brasília? Soa como uma forma de transmitir a idéia de democracia da nova capital federal. O velho papo-furado do regime democrático, onde todos têm voz. Uma idéia que pelo jeito funciona bem no plano do discurso, mas quem mora nas cidades-satélites sabe que a realidade é bem diferente disto. Experimente perguntar a qualquer um que mora em Brasília: você considera Samambaia, Gama, Recanto das Emas e as outras cidades-satélites parte de Brasília? Adivinha o que eles vão te responder...


Este assunto me lembrou uma tira em quadrinhos dos personagens “O padre e o anjo” do artista ceilandense Sidiney Breguedo, da qual transcrevo o diálogo a seguir.

Padre: - O Breguedo me criou, me criou na Ceilândia.
Anjo: - O que é a Ceilândia?
Padre: - A Ceilândia é uma cidade satélite!
Anjo: - Por que satélite?
Padre: - Porque tem que ficar lá no espaço, bem longe de Brasília!


O Breguedo disse tudo.
Os nascidos nas satélites só são aclamados como brasilienses quando ganham algum prêmio que possa trazer destaque à capital, como exemplo mais recente a Ketleyn Quadros, judoca campeã nas Olimpíadas de Pequim em 2008. Procure alguma notícia que a denomine ceilandense, como de fato ela é. Na hora da glória, todo mundo vira brasiliense...

Se nós, das satélites, fôssemos considerados realmente brasilienses como a Conceição diz, teríamos os mesmos direitos que a população de Brasília tem: jardins bem cuidados, mais segurança nas ruas, iluminação decente da cidade, asfalto em todas as vias, parques ecológicos para lazer da população, teatros, espaços culturais, museus, escolas públicas decentes, ah! Escolas-parque também...
Preciso falar mais alguma coisa?


Adriano Carvalho


Fonte: Por email.

domingo, 1 de novembro de 2009

Sem agá, nem caô

“Conceição, li sua crônica sobre a Ceilândia e não resisti. O que a Ceilândia tem? A Ceilândia hoje tem cinema, você sabia? Rap, um canto da Ceilândia, ganhador do festival de Cinema de Brasília. A Ceilândia também tem teatro, música, Terno Elétrico, Ferrock, e outras miçangas mais. A Ceilândia tem vizinhos que vão levar pão para o outro, que cuidam dos que precisam. Vigora ainda uma lei oculta de ajuda mútua, talvez originada na sobrevivência.

Mas a Ceilândia também corre risco. Há quadras em que a lei é outra. Mesmo você, que anda por aí, se assustaria percorrendo uma dessas ruas. Acho que você sabe do que falo. É triste ver aquilo. No meu tempo não era assim. Alguns lugares de Ceilândia parecem mais o Rio. Moro nessa cidade de H, mas sou ceilandense de coração. O cinema de Ceilândia está novamente em cartaz. O cineasta Queiroz, por sinal meu antigo vizinho, vai estar no Festival novamente. Evoé!

Ceilândia não tem cinema, mas faz cinema? Que país, hein? Ceilândia não tem teatro. Faz teatro. Só mesmo sendo ceilandense para entender esse orgulho. Orgulho de fazer com o nada, no seco, na força, na marra. Mas acho que aí reside a graça: fazer com o que não se tem. O ceilandense é um forte, ah se é! Posso mandar um disco do Terno Elétrico para você? Poesia eletrificada!

Bom, eu daqui, estou torcendo ainda para colocar minhas coisas para funcionar: o Armando o Coreto — utilização dos espaços desta cidade; o livro livre circulando por aí; o lixo no lugar certo. Ontem fui à 315 Sul cortar o cabelo de um dos meus catarrentos — uma amiga chamava os filhos dela assim, carinhosamente. Pois bem, mesmo aqui, alta renda per capita, vejo o lixo na calçada. Poste seus olhos no chão. Ao lado da Mercedes, o copo de água jogado.

Ande por aí e anote, mesmo que mentalmente, o que enxergar. Depois me conte. Não podemos, Conceição, chegar em outro nível de humanidade se continuarmos fazendo isso. Jogamos papel na rua, mais tarde jogaremos colchão velho no Paranoá, e por aí vai. Eis minha campanha solitária como você, Quixote contra Sancho, sonho contra realidade.

Vamos espalhar pela cidade a seguinte pergunta: Por que você joga lixo na rua? A consciência desperta, a pergunta que traz várias respostas. Já falei demais. Abraço e continue por aí, revelando o oculto. Mas o melhor mesmo, para mim, é andar como um estrangeiro. Quando faço isso, consigo entender por que, como disse o poeta, tudo aqui é construção e já é ruína. Abraço do leitor Josenilton.”


...

A carta do ceilandense de coração veio com um enigma: “cidade de H”. Ele me esclareceu o que parece óbvio, H são as duas torres do Congresso Nacional. Agá também pode ter o sentido de contar muito lero, jogar um papo, ser cheio de onda. Um agá adora um caô. Em Ceilândia, o agá não faz verão. Como diz o Josenilton, se o ceilandense quiser fazer alguma coisa que valha a pena, tem de fazer “com o nada, no seco, na força, na marra”. Sem agá e nem caô.


Conceição Freitas


Fonte: Correio Braziliense de 30/10/09

Time no regional de handebol

Com a desistência do Marista, de Palmas, campeão da etapa estadual da Copa Petrobras de Handebol, a equipe feminina do CEF 13, de Ceilândia, participará da fase regional da competição, em Primavera do Leste (MT). Os jogos serão realizados de quarta-feira a domingo da semana que vem. O time candango tinha ficado em terceiro lugar na etapa estadual e somente o campeão e o vice vão para o regional.


Fonte: Correio Braziliense