sábado, 5 de junho de 2010

Lembraram apenas de um lado...

O final, pelo menos na prática, do tumulto envolvendo jogadores do Flamengo e torcedores, no domingo, no Ginásio Nilson Nelson, após a vitória do Universo por 85 x 84, no terceiro duelo da melhor de cinco partidas do playoff decisivo do Novo Basquete Brasil (NBB), terminou com apenas uma das partes sendo efetivamente punida. Por meio de liminar, o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) interditou o Nilson Nelson para uma eventual quinta partida e, com isso, o ginásio não poderá ser palco da partida de amanhã, que foi transferida para o Ginásio Newton de Faria, em Anápolis.

O STJD também denunciou seis atletas do Flamengo que se envolveram nas brigas com torcedores. Wagner, Duda, Hélio, Jefferson, Vitor e Dedé corriam, assim, o risco de serem suspensos de uma a 12 partidas e ficar de fora da decisão. O caso deveria ter sido analisado ontem pelo Conselho Disciplinar da Liga Nacional de Basquete (LNB), primeira instância legal do NBB, mas a reunião acabou não ocorrendo porque o Flamengo pediu um adiamento (1)do encontro. O pedido foi acatado e, com isso, na prática, a confusão do último domingo termina com apenas um punido: o Universo, que terá que atuar a cerca de 150 quilômetros de distância, em um ginásio com capacidade para apenas 6 mil pessoas, contrastando com os 14.500 torcedores que lotaram o Nilson Nelson no domingo.

O diretor do Universo, Jorge Bastos, estava indignado. Ele viajou até São Paulo para uma reunião que durou apenas 20 minutos. “Foi uma sacanagem com Brasília”, desabafou. “Fizeram uma reunião e o único prejudicado foi Brasília. Agora só resta pedir que a torcida vá até Anápolis e incentive o Universo para que possamos ser campeões”, continuou, resignado.

O presidente da LNB, Kouros Monadjemi, também não gostou do desfecho da reunião e não escondeu sua decepção. “Se a lei faculta essas condições (de adiamento), que são contra a nossa vontade, não há nada que possamos fazer”. Kouros ressaltou que a última partida do campeonato até poderia ser realizada em Brasília. Mas declarou que não havia nenhum outro ginásio na cidade com capacidade para um grande público e que, por isso, optou por Anápolis, a cidade mais próxima da capital que oferecia essas condições.



Fonte: Correio Braziliense

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