O policial civil de Goiás, F.L.A, de 41 anos, envolvido no tiroteio ocorrido na tarde do último sábado (26) em um encontro de motociclistas na Área de Desenvolvimento Econômico de Águas Claras, morreu na madrugada do domingo (27) no Hospital de Base do DF. A tragédia deixou um saldo de três mortos e um ferido após uma intensa troca de tiros. Cerca de 200 pessoas participavam do evento, já tradicional na região.
Segundo informações da polícia, os dois agentes da lei tiveram uma discussão e deram início à troca de tiros. Tudo teria ocorrido após a chegada do policial militar J.F.Q., 45 anos. Ele estava em um Fiat Uno preto e teria ligado o som do carro muito alto. As pessoas pediram para diminuir o volume. Inicialmente ele teria atendido à solicitação, mas sempre voltava a aumentar.
O barulho das caixas de som incomodava os motociclistas, entre eles o policial civil de Goiás F.L.A, lotado em Cristalina. Ele resolveu ir conversar com o PM. Nenhum dos dois sabia que o outro era policial. O que era para ser um entendimento entre dois homens supostamente civilizados, acabou em tragédia. Os dois teriam sacado as armas ao mesmo tempo, dando início a um intenso tiroteio.
Outras duas pessoas que não tinham nada a ver com a confusão foram atingidas por balas perdidas. R.B.S., 38 anos, chegou a ser levado ao Hospital de Base, mas não resistiu. Ele levou um tiro nas costas quando tentou proteger o filho. M.G.M.J., 35 anos, foi atingido na perna e não corre risco de morte.
Arma some misteriosamente
A pistola ponto 40 usada pelo sargento J.F.Q., lotado no 17º Batalhão da Polícia Militar (Águas Claras), foi apreendida, mas a pistola do mesmo calibre usada por F.L.A., policial civil de Cristalina, em Goiás, sumiu misteriosamente. As marcas do tiroteio ficaram no asfalto. Os participantes do encontro e os moradores do local ficaram em pânico.
Segundo testemunhas, o encontro de motociclistas ocorre há alguns anos no mesmo local e sempre foi pacífico, inclusive com a participação de mulheres e crianças. Todos são conhecidos e a maioria amigos. Por isso, a confusão é tida como uma fatalidade pelos participantes. Ainda de acordo com testemunhas, F.L.A. era uma pessoa considerada muito calma e não teria ido arrumar confusão, mas pedir para o motorista do Fiat Uno baixar o som.
Mas para os policiais da 21ª DP, responsáveis pela investigação, muitos fatos ainda precisam ser esclarecidos. Pelo menos sete testemunhas foram arroladas e vão ser intimadas a prestar depoimento. Outro fato importante para esclarecer a dinâmica do tiroteio é o laudo do Instituto de Criminalística (IC). Pelo menos uma cápsula de pistola ponto 40 foi encontrada no casaco de uma das vítimas, mas ainda são se sabe de qual das duas armas partiu o projétil.
Arlison Brito e Luís Augusto Gomes
Fonte: ClicaBrasília
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