quinta-feira, 17 de maio de 2012

Sem acordo

A reunião entre representantes do GDF (Governo do Distrito Federal) e integrantes do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto), na noite da última quarta-feira (16), terminou sem acordo. O grupo está acampado desde o final de março em um terreno do Setor de Indústrias de Ceilândia, região administrativa do DF, conhecido popularmente como Novo Pinheirinho. Os integrantes do movimento negociaram com um grupo de secretários da área social, administrativa e segurança do governo na tentativa de por fim ao impasse no local.

Uma equipe da Sedest (Secretaria de Desenvolvimento Social e Transferência de Renda) fará até sexta-feira (18) o cadastramento das famílias que ocupam o local em Ceilândia. O secretário da Sedest, Daniel Seidel, se comprometeu, conforme o resultado dos cadastros, a realizar o atendimento das famílias que se enquadrem nas exigências legais pelos programas sociais do governo, especialmente o benefício eventual e a inscrição no DF Sem Miséria, programa de distribuição de renda do GDF.

O governo propôs aos integrantes do grupo encaminhar, em agosto, o projeto de Plano Distrital de Habitação de Interesse Social (Plandhis) para a Câmara Legislativa do Distrito Federal. O plano deve conceder benefício para aluguéis, com os critérios necessários ao seu recebimento.

Os representantes do MTST recusaram as propostas apresentadas pelo governo e reivindicaram que as famílias permaneçam no local por prazo maior, para continuidade das negociações ou até a aprovação do Plandhis. No entanto, o governo não permitirá que os representantes do movimento permaneçam na área invadida.

Em audiência de conciliação do TJDFT (Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios) entre militantes do MTST e do GDF, realizada na última terça-feira (15), o juiz responsável pelo processo manteve a data de 20 de maio para que as famílias saiam voluntariamente do local. O GDF aguarda que os ocupantes deixem a área voluntariamente no prazo estipulado pela justiça, caso não aconteça, o governo deve retirar as famílias a força.


Fonte: R7.com

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