terça-feira, 24 de maio de 2011

O naufrágio que abalou Brasília

Onze pessoas da mesma família participavam da festa de confraternização de fúncionários de um buffet, no barco Imagination, que naufragou no último domingo (22), no Lago Paranoá.

Hoje (24), seis dos integrantes dessa família prestaram depoimento na 10ª Delegacia de Polícia: Hilton Carlos Soares, de 34 anos; sua esposa Luciane Santana, de 39 anos; o filho dela, Stephano Santana, de 20 anos; o irmão de Hilton, Allan Gonçalves, de 27 anos; a irmã Margó Soares, de 30 anos; e a prima Elsiane Oliveira, de 24 anos.

“Creio que foi um milagre todos terem sobrevivido, pois meu marido [Hilton Carlos] não sabe nadar, porém estava na parte que afundou por último", disse Luciane. Ela estava no segundo andar do barco e disse que só conseguiu se salvar porque seu filho conseguiu pegar um colete para ela. "Se tivesse sem colete teria morrido, pois,quando caí na água, muitas pessoas caíam em cima de mim", contou.

O eletricista Hilton Carlos trabalhou na noite de sábado, como barman no Imagination. Ele relatou que, por várias vezes, o barco apresentou problemas elétricos. “Apagava todas as luzes da embarcação e o motor parava por alguns segundos”, afirmou. No domingo, ele disse que o problema persistiu.

Elsiane, que é auxiliar de enfermagem, disse que não houve orientação para os passageiros na hora de embarcar e que, durante uma hora e meia, as luzes se apagavam por alguns segundos. Como ela nunca esteve em um barco antes, pensou que fosse normal. “Só percebi que havia algo errado quando estava na pista dançando e alguém anunciou no microfone para irmos para a proa”.

Já Allan Gonçalves, que é professor, relatou que ouviu dos organizadores da festa a orientação para que, na parte de cima do barco, só ficassem 30 pessoas. Depois, continuou o professor, os organizadores pediram para as pessoas passarem para o lado direito do barco para equilibrar o peso da embarcação. “Foi tudo muito rápido. Algumas pessoas pegaram os coletes que caíram na água, eu achei uma boia e fiquei agarrado a ela com mais oito pessoas”, contou.

Para ele, o momento mais angustiante foi quando estava na água sem saber como estava a família. "Nunca imaginei que isso pudesse acontecer, pensava que o passeio seria seguro. [Na hora] Pensei que fosse morrer, mas fiquei aliviado ao encontrar toda a família após o resgate".


Fonte: Agência Brasília e ClicaBrasília

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