sábado, 24 de abril de 2010

O Ceilândia se mantém vivo na final

O Ceilândia venceu a primeira batalha por 3 x 1. Foi um resultado épico e que pode deixar os guerreiros com um lugar cativo na história. Não é todo dia que se chega a uma final contra um gigante, hexacampeão do Distrito Federal. Não é todo dia qu se consegue um resultado, humilde é verdade, que lhe permita chegar a última partida com reais chances de ser campeão. Sonhar não custa nada, mas os sonhos somente se conquistam com trabalho, suor e lágrimas.

Foi um jogo atípico, como é todo jogo de decisão. Os primeiros movimentos demonstravam que o Brasiliense iria impor o seu volume de jogo. A sorte desta vez estava do lado do Ceilândia num dia em que tudo parecia que daria errado. Logo aos seis minutos, o lateral Edinho do Brasiliense errou a saída de bola. Allan Delon, que prometera ser decisivo, roubou a bola, saiu cara a cara com o goleiro Guto e abriu o marcador para a festa da torcida do Gato.

Após o gol o Brasiliense assumiu o comando da partida. Apesar do domínio, o time amarelo não foi capaz de criar situações claras de gol. Na verdade o árbitro Rodrigo Raposo apitava todas as jogadas em que o jogador do Brasiliense desistia da jogada e chamava a falta. Esse tipo de jogo facilitava para a defesa do Ceilândia porque a bola não corria. Aos 40, o Ceilândia mostrou como se faz. Allan Delon cobrou falta na lateral esquerda e Dimba, de nuca, ampliou para o Gato: 2 x 0.

Até aquele momento o Ceilândia desperdiçara as melhores chances de gol. O placar poderia ser maior. Aí veio a lição de sempre: não se deve cutucar os gigantes com vara curta. O Brasiliense diminuiu com Thiaguinho.

Já no segundo tempo, o panorama da partida foi o mesmo. O Brasiliense tinha o domínio da bola e o Ceilândia contra-atacava com perigo. Foi tudo tão igual que Allan Delon, aos 6, fez o terceiro gol do Gato em lance muito parecido com o primeiro: saiu cara a cara com o goleiro e tocou no canto: Ceilândia 3 x 1.


O que se viu até o final do jogo foi o Brasiliense insistindo nas mesmas jogadas de sempre e a defesa do Ceilândia ganhando todas pelo alto. O Ceilândia poderia ter ampliado, mas o Brasiliense também desperdiçou oportunidades para diminuir.

No final das contas ficou a sensação de que o Ceilândia poderia ter matado o campeonato hoje. Ninguém esperava por isso. O resultado é que o Ceilândia reverteu a vantagem, mas engana-se quem acreditar que o Brasiliense fará duas partidas seguidas como a de hoje. Em suma: os alvinegros estão contentes, mas sabem que o gigante pode se reerguer a qualquer hora.

Não importa. Há que se manter os pés no chão e o sonho vivo.



Placar final:
Ceilândia 3 x 1 Brasiliense


Fonte: Ceilândia Esporte Clube, Correio Braziliense e Esporte Candango

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