quinta-feira, 23 de setembro de 2010

E surge a Urbe...

Os jovens do Distrito Federal ganharam o direito a mais uma oportunidade gratuita de ingressar no curso superior com a criação da Universidade Regional de Brasília e Entorno (Urbe). O governador Rogério Rosso assinou ontem o decreto que dá início ao processo de implantação da instituição. O documento determina a criação de um grupo de gestores públicos que vão elaborar o processo de credenciamento da entidade. Segundo integrantes da cúpula do Buriti, a regulamentação da entidade passará pelo crivo do Legislativo local e do Conselho de Educação do DF.

A nova universidade ainda não tem data certa para começar a funcionar, nem previsão dos gastos necessários. De acordo com o governador, as aulas serão ministradas em colégios públicos e outros em espaços governamentais distribuídos em vários pontos do DF. “Em todas as cidades, a ideia é que tenham pelo menos um ou dois câmpus da Urbe aproveitando as escolas já construídas. Muitas delas não funcionam à noite. A gente quer aproveitar isso. Não gastar dinheiro com construção e não perder tempo”, explicou Rosso.

O projeto engloba também instituições educacionais já existentes no DF. Com a assinatura do decreto, a Fundação de Ensino e Pesquisa em Ciências da Saúde (Fepecs) passa a fazer parte da nova universidade. A Urbe inclui ainda as academias de formação de bombeiros e de policiais civis e militares. A estimativa é que as novas unidades espalhadas pelo DF comecem a funcionar no ano que vem.

Para o secretário de Educação, Marcelo Aguiar, a nova universidade é fundamental para os jovens da capital federal e do Entorno e também para a área educacional. “É importante também criarmos condições para os professores da rede pública. Assim, eles poderão se especializar”, comentou o secretário.

A secretária de Saúde, Fabíola Aguiar, prevê que a Urbe representará uma avanço para a Escola Superior de Ciências da Saúde (ESCS), que oferece gratuitamente cursos superiores de medicina e de enfermagem, que passará a pertencer a uma universidade.

Uma comissão executiva, coordenada pelo diretor-geral da ESCS, professor Mourad Ibrahim Belaciano, pelos secretários de governo, por um representante da Procuradoria-Geral do DF e por diretores das academias, terá 90 dias para organizar e implantar a Urbe. “Ter como coordenador o professor Mourad é muito bom, pois ele terá a preocupação de manter o vínculo entre o ensino, serviço e a comunidade”, comentou Fabíola Aguiar

Entre as que ainda não saíram do papel, Samambaia será a primeira cidade a abrigar a nova entidade de ensino superior do DF. Na região administrativa, está em andamento a criação de um programa governamental que também poderá sediar a universidade. “Lá, já existe uma lei aprovada da criação de uma Cidade do Conhecimento”, contou Rosso. “Vamos aproveitar essa área existente para que a gente não perca tempo.”

Saúde, biotecnologia, engenharia e outras áreas estarão entre os campos de atuação da Urbe. Os cursos que serão oferecidos ainda não foram definidos. O GDF pretende designar professores que já fazem parte da rede pública para conduzir as aulas da universidade.



Campos de atuação

- Saúde, biotecnologia e meio ambiente
- Educação e magistério
- Letras, línguas estrangeiras modernas
- Ciências e matemática
- Música, dança, artes cênicas e plásticas
- Educação física e esportes
- Segurança pública, defesa social, direitos humanos e cidadania
- Engenharias e áreas tecnológicas de setores produtivos
- Arquitetura e urbanismo
- Gestão governamental de políticas públicas e de serviços


Fonte: Correio Braziliense

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