domingo, 19 de setembro de 2010

Ceilândia ganhará centro de atendimento ao idoso

A partir de outubro, o Hospital Regional da Ceilândia atenderá pacientes idosos em um centro de referência médica. No local diversos profissionais multidisciplinares farão o acompanhamento desses pacientes, procurando atender melhor e implementar políticas de saúde voltadas para a terceira idade. Este será o 4º Centro de tratamento específicos à idosos implantados em hospitais da rede pública do DF.

Em comemoração ao dia nacional do Idoso, celebrado no 1º de outubro, vários mutirões serão organizados por entidades ligadas às políticas de saúde da pessoa idosa. Nos centros de referência e nos ambulatórios do DF, serão realizadas atividades voltadas ao público e exames específicos como o ultrassom de calcâneo, que investiga o desenvolvimento da osteoropose, doença comum nos idosos.

Ceilândia tem uma população com aproximadamente 27 mil idosos. No centro, profissionais multidisciplinares, como geriatras, ortopedistas e fisioterapeutas, terapeutas e psicologos voltados ao atendimento do público da terceira idade. Além de profissionais específicos, o centro de referência também realizará a capacitação de profissionais da saúde, palestras educativas e outros serviços de socialização dos idosos.

A necessidade da criação de uma área específica para atendimento desse público é percebida por uma série de estatísticas que comprovam que os idosos precisam de um atendimento especial Segundo o médico ortopedista especializado em politraumatizados, José Humberto, o segundo maior índice de atendimento nos hospitais da rede pública hoje de acidentes domésticos envolvendo pessoas de idade, perdendo apenas para números de acidentes com motociclistas.

"Os acidentes que acontecem com pessoas idosas são muito sérios, grande parte das vítimas quebram o fêmur, podendo até falecer em decorrência do trauma" afirma José Humberto. Atualmente, o número de pessoas neixa faixa etária vem aumentando no Distrito Federal, como consequência do aumento da expectativa de vida. Segundo o médico, grande parte dos idosos não tem assistência da família e ainda sofrem de doenças que causam enfraquecimento dos ossos, como a osteoporose. "Esses dois motivos explicam o grande número de acidentes domésticos que resultam em traumatismos", salienta José Humberto.

Os outros três centros de atendimento específico aos idosos estão localizados no Hospital Regional da Asa Norte, no Guará e em Taguatinga. Para a coordenadora do núcleo de saúde de idoso da 10ª Feira de Saúde de Brasília, Adriene Vieira, a implantação desses segmentos de prestação de auxílio médico dentro dos hospitais é de suma importância para a melhor qualidade de vida da população mais velha. "A sociedade como um todo tem que pensar em implementar políticas para atender aos idosos nas áreas de saúde, justiça e assistênncia social", ressalta Adrienne.

Moradora da Asa Sul, região do DF com o maior número de idosos, a aposentada Maria Aparecida Stein, 76 anos, comemora a implementação de políticas para a terceira idade, mas critica os baixos números de projetos voltados a esse público em específico. "Ainda é insuficiente e falta muita coisa a ser concretizado quando falamos dos idosos no Brasil. Existem várias leis que visam melhorar a qualidade de vida para quem já está chegando ao fim da vida, mas falta vontade política para atender melhor dos velhinhos", critica Stein.



Fonte: ClicaBrasília

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