As obras de reforma do Centro de Saúde nº 6, localizado na EQNP 10/14, do Setor P Sul, em Ceilândia, estão causando grande desconforto à população. São incontáveis o número de moradores que desaprovam a forma que as obras foram iniciadas. A unidade teria sido fechada sem aviso prévio e todos os atendimentos foram direcionados para o Centro de Saúde nº 9, localizado a cerca de dois quilômetros da CS nº 6.
A superlotação e o aumento da demanda do CS nº 9 é visível e as reclamações não cessam. Sebastião Mendes era um dos pacientes que aguardavam indignado pelo atendimento. “A situação do Posto de Saúde nº 9 merece atenção. Está superlotado e o atendimento demora muito. Vim medir a minha pressão arterial e tive que esperar um grande tempo”.
“Há uma demanda grande e os postos já estão sobrecarregados. Para melhorar o atendimento é necessário mais que uma reforma. É preciso que haja a expansão do sistema para livrá-lo do colapso”, sugere o presidente da Associação Comercial, Empresarial e Industrial de Ceilândia (Acic), Clemilton Saraiva.
Em sua visão, a precariedade da rede vem se acentuando com a grande expansão urbana e o atendimento das demandas do entorno do DF, oriundas principalmente de Águas Lindas de Goiás. Para ele, há urgentemente a necessidade da construção de Unidades de Pronto Atendimento (UPA) em vários pontos da cidade.
Não será a conclusão das obras no CS nº 6 que deve resolver a situação dos moradores da regional, uma vez que quando for reaberto o CS nº 9 deve ser fechado para obras semelhantes. A Assessoria de Comunicação da Regional de Saúde de Ceilândia informou que a reforma do Centro de Saúde nº 6 deverá ser finalizada em agosto próximo, quando o Centro de Saúde nº 9 também passará por reforma. O prazo de duração de cada obra é de 120 dias, devendo estar totalmente concluída em dezembro deste ano. Por meio de nota técnica, o diretor administrativo da Regional de Saúde, Sérgio Bezerra, alegou que “a sobrecarga do Centro de Saúde nº 9 foi inevitável e que as reformas realizadas no Centro de Saúde nº 6 são profundas e incluem a troca total dos sistemas de água/esgoto, eletricidade, banco de dados, revestimentos e a criação de barreiras de contenção de águas pluviais”.
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